Brasília-DF – Denise Rothenburg

O mar, quando quebra na praia...

A presidente Dilma Rousseff está na base da Marinha em Aratu, na Bahia. Já virou costume mergulhar nas águas baianas e, mais uma vez, é um sinal de cortesia ao governador do estado nordestino, Jaques Wagner (PT), sempre cotado para algum cargo após deixar o Palácio de Ondina, daqui a um ano.

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Eduardo Campos reunirá a família — a esposa, grávida, e os quatro filhos — na residência de praia em Candeias, Jaboatão dos Guararapes (PE). Segundo a assessoria, passar o ano-novo próximo dos parentes fortalece o governador de Pernambuco.

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Aécio Neves está no Rio de Janeiro, mas ainda tem dúvidas se passará o réveillon à beira mar ou na casa de amigos. Deve decidir em cima da hora.

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Além da proximidade com o mar, os três presidenciáveis farão o mesmo pedido ao pular as sete ondinhas: ter mais votos do que os adversários para subir a rampa do Planalto em 1º de janeiro de 2015.

No Planalto

Provável vice de Eduardo Campos, Marina Silva deixa para o colega de chapa a tarefa de pular as ondinhas. Ela preferiu passar a virada do ano em Brasília, bem distante do mar.

Tem que ser útil

O deputado Walter Feldmann (PSB-SP) apresentou uma proposta de emenda à Constituição definindo que pronunciamentos de rádio e televisão devem ser regidos pelos princípios da utilidade pública. "Não dá para fazer como a Dilma: usar o recurso para alardear o próprio governo e esquecer as manifestações de junho, o principal evento político e social do século 21".

Cada um no seu quadrado

O PSDB reclama que o ministro Fernando Pimentel sobrevoou Minas, às vésperas do Natal, ao lado da presidente Dilma Rousseff, para ver os estragos da chuva. "Ele é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Por que não cuida do PIB, que desmancha, e da balança comercial, que está desequilibrada?", protestou o deputado Marcus Pestana (MG).

Bingo!

Pestana reclama que isso só aconteceu porque o petista é candidato do PT ao governo mineiro. "Se ele fosse superministro da chuva, deveria também estar ao lado de Dilma quando ela visitou o Espírito Santo, que também sofre com as tempestades."

Fio a fio/ Em tempos de retrospectiva, a deputada Manuela D"Avila (foto), do PCdoB-RS, fez a dela de uma maneira diferente: em uma rede social, mostrou fotos de todos os cortes de cabelo com os quais desfilou pelo Congresso no ano que passou.

Bolsos vazios/ Pelo menos por enquanto, a presidente Dilma Rousseff segue decidida a não levar em frente o projeto que altera o indexador das dívidas de estados e municípios, já aprovado na Câmara e que continua parado no Senado. É uma péssima notícia para o prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad.

Ressaca de réveillon/ Com popularidade em baixa desde as manifestações de junho, com chances remotas de conseguir renegociar as dívidas, e com a Justiça bloqueando o aumento de IPTU, Haddad tem poucas razões para dizer "feliz ano-novo".

Fonte: Correio Braziliense