sábado, 14 de dezembro de 2013

Eduardo ataca falta de diálogo da gestão Dilma

Governador vê pacto político mofado e "amadorismo"

Bruna Serra

Pouco mais de um mês depois de o senador Aécio Neves (PSDB) realizar um almoço com as principais centrais sindicais do Brasil, o governador-presidenciável Eduardo Campos (PSB) seguiu pelo mesmo caminho. Pediu ao braço sindical de seu partido que organizasse um almoço com lideranças sindicais, a missão coube ao vice-presidente do partido, Roberto Amaral.

O encontro ocorreu ontem em uma casa de eventos de Boa Viagem. Campos foi o anfitrião de um encontro em que criticou a falta de diálogo do governo federal e disse que vai "superar essa falsa polarização" do debate eleitoral entre PT e PSDB.

"Nenhuma das outras forças pode dar a segurança que a população precisar para melhorar o país. Nós vamos superar uma falsa polarização. A sociedade não aceita mais o pacto político de Brasília, que está mofado", disparou, sob aplausos de 12 confederações sindicais e três sindicatos nacionais que representam mais de 40 milhões de trabalhadores.

Afirmando que tem chance de "vencer o jogo", o presidenciável do PSB disse que conhece as queixas em relação à falta de diálogo do governo federal e se mostrou preocupado com as dificuldades que isso pode gerar nas ações de retomada do crescimento.

"Não é só de vocês que eu tenho escutado reclamações sobre a falta de diálogo, eu também tenho conversado com empresários e eles falam sobre isso. Eu tenho falado com políticos, prefeitos governadores, parlamentares. Não é um privilégio dos senhores. Eu acho que o diálogo é muito importante porque quando um governo fecha os ouvidos, ele fecha junto os olhos", destacou. Para Eduardo Campos a retomada do crescimento "não é serviço para amadores".

Ao final do encontro, cada um dos representantes dos sindicatos ganhou de brinde uma sacola da Fundação João Mangabeira - entidade que o PSB criou para realizar formação política - com três livros. Campos recebeu um documento dos sindicalistas defendendo, entre outras questões, mais espaço para os sindicatos nas políticas de governo.

Financiamento
Questionado sobre a votação em curso no Supremo Tribunal Federal que analisa o fim da contribuição de empresas para campanhas eleitorais, Campos disse ser favorável ao fim das contribuições privadas. "Tudo que vier a diminuir a presença do dinheiro na campanha política ajuda forças como a nossa, que nunca tiveram estrutura para fazer campanha. Torço para que isso seja um ponto de um grande debate da reforma sistêmica. Agora tem que vir um forte processo de repressão ao caixa 2 e ao dinheiro sujo", disparou.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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