sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Política – Claudio Humberto

• Cardozo e Receita silenciam sobre caso St. Peter
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) repetiu ontem o mantra “toda denúncia será investigada”, mas ressaltou por assessores não ter sido “acionado” para apurar a suspeita de sonegação e ocultação de sócios do Hotel St. Peter, onde o mensaleiro José Dirceu pretendia trabalhar. Cardozo tampouco reagiu ao desafio da oposição de usar seu “espírito desengavetador” para mandar a Polícia Federal investigar o caso. Indagada pela coluna, a Receita Federal também fez silêncio.

• Cala-te boca
A Secretaria da Receita Federal informou não se pronunciar “sobre investigações em curso, encerradas ou procedimentos investigatórios.”

• Denúncia grave
O “Jornal Nacional” revelou que o ex-futuro “patrão” de José Dirceu era um “laranja” que mora em um bairro pobre na Cidade do Panamá.

• ‘Sofrimento’
Ao desistir de trabalhar no hotel, Dirceu alegou que pretende “diminuir o sofrimento” dos donos do hotel. Ou para esvaziar a curiosidade?

• Mira fixa
Apresentando-se agora como dono do hotel St. Peter, o empresário Paulo Abreu sabe que dificilmente sairá da mira da SRF, PF, MPF etc.

• Brasil dá vexame ao lavar roupa suja no Parlasul
Habituados à desordem que é o Congresso, parlamentares brasileiros geraram constrangimento na eleição da Mesa Diretora do Parlamento do Mercosul, na segunda (2), em Montevidéu. O deputado Dr. Rosinha (PT) parou a reunião para acusar senador Roberto Requião (PMDB) de ter sido escolhido vice-presidente do Parlasul de forma ilegal, alegando que ele não poderia ter presidido, no Brasil, a votação que o elegeu.

• Sem noção
Boquiaberto com a cena, o presidente do Parlasul suspendeu a sessão para que parlamentares brasileiros se reunissem e tentassem acordo.

• Barraco armado
Dr. Rosinha ameaçou renunciar ao Parlasul se Requião tomasse posse, mas acabou cedendo à pressão da turma do deixa-disso.

• Civilizados
Já Argentina, Uruguai e Paraguai cumpriram o rito e levaram nomes de consenso para serem aclamados representantes no Parlasul.

• Esse é o Brasil
Para completar o vexame, o senador-sorvete Eduardo Suplicy (PT-SP) cantou Bob Dylan e Geraldo Vandré, em um coquetel no Parlasul.

• Linchamento adiado
A renúncia do ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), ontem, serviu para poupar ele próprio de um linchamento histórico no plenário da Câmara. Seu estilo “motoniveladora”, que esmagava qualquer um à sua frente, construiu uma numerosa e ressentida bancada de inimigos.

• Puro sangue
Que Eduardo Campos (PSB) que nada. O PV bate o pé e planeja lançar o médico sanitarista Eduardo Jorge à Presidência, em 2014, tendo na vice Célia Sacramento, atual vice-prefeita de Salvador.

• Guerra de dossiês
Deputados experientes do PT pediram ajuda a Lula para acabar a “guerra de dossiês”. Atribuem a “fogo amigo” tanto a denúncia contra o Hotel St. Peter, que teria o objetivo de atingir o ex-ministro José Dirceu, quanto o dossiê contra o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).

• E a solidariedade?
Enquanto José Dirceu não se conforma com demora do ex-presidente Lula de defender a companheirada presa, o presidiário José Genoino coloca panos quentes e diz a amigos que entende os motivos do chefe.

• País sério é isso aí
A “festa de confraternização” fez o sindicato dos policiais rodoviários federais no DF cancelar o atendimento ao público de quarta (4) a sexta (6). Enforcou toda semana, uma especialidade no setor público.

• Polícia frouxa
Qualquer grupo, ainda que reduzido e o protesto irrelevante, agora obstrui sem cerimônia, com a ajuda acovardada das polícias militares, avenidas por onde trafegam centenas e até milhares de pessoas. Em nome do “direito à manifestação”, as PMs cancelam o direito de ir e vir.

• Enchendo linguiça
Com a pauta trancada por determinação do governo Dilma, os deputados – já em ritmo de férias – deverão iniciar o ano de 2014 com pelo menos cinco projetos em regime de urgência constitucional.

• Mudou de nome
Valdemar Costa Neto agora diz ser vítima de “déspotas poderosos”. Deve ser como chama os R$ 8,8 milhões embolsados para votar a favor de matérias do interesse do governo Lula.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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