sábado, 24 de agosto de 2013

OPINIÃO DO DIA – Eduardo Campos: compromisso

Hoje temos problemas? Temos, mas podemos resolvê-los se mantivermos um compromisso. O que a gente precisa é preservar o que construímos ao longo desses 30 anos. Democracia, estabilidade econômica, um olhar para as desigualdades. Essas foram conquistas que custaram muito à sociedade brasileira. Não podemos colocar tudo isso em risco em nome de um projeto de qualquer força política ou qualquer pessoa.

Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB. In “Campos pede que agenda econômica supere a eleitoral”. O Globo, 24/8/2013.

Presidenciáveis se apresentam ao país

Prováveis protagonistas da disputa de 2014 participam de eventos em diversos estados, especialmente em grandes redutos eleitorais dominados por adversários

Juliana Braga, Adriana Caitano

A menos de um ano do início oficial da campanha eleitoral de 2014, três dos presidenciáveis têm intensificado agendas de viagens a lugares onde não são conhecidos ou dominados por adversários. O destino mais frequente tem sido São Paulo — o maior colégio eleitoral do país. A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, esteve quatro vezes nas últimas duas semanas no estado. O senador tucano Aécio Neves também começa sua odisseia em terras paulistas, assim como o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Marina Silva e José Serra (PSDB) têm concentrado esforços para resolver entreveros relacionados às suas possíveis candidaturas.

Desde 10 de agosto, a presidente teve seis agendas: Itapira, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo e São Paulo, no estado paulista, além de Porto Alegre (RS) e São João del-Rei, em Minas Gerais, berço político do ex-presidente Tancredo Neves e seu neto, Aécio. Na cidade mineira, ela anunciou liberação de recursos para o PAC Cidades Históricas, que beneficiará outros 44 municípios, justamente na Rua Tancredo Neves.

Já Aécio, que fez questão de deixar claro o desconforto com a ida de Dilma a Minas, começou ontem em Ribeirão Preto uma série de viagens pelo interior de São Paulo. Hoje, ele aproveita para ir a Barretos. A agenda do senador prevê ainda encontros regionais com lideranças e prefeitos do partido. O primeiro será em Curitiba, em 13 de setembro, e reunirá representantes do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A ideia é fazer encontros semelhantes em Maceió, Manaus e Goiânia.

Apesar da movimentação, ele nega que as viagens tenham relação com a candidatura. “Como presidente do partido, inicio esta semana um roteiro de viagens pelo Brasil. Essa é a minha agenda para este ano, 2013. No ano de 2014, aí sim o PSDB definirá quem vai conduzir as suas bandeiras.”

O governador de Pernambuco , Eduardo Campos, também anda concentrando esforços em São Paulo. Ele esteve na capital na última quinta-feira para participar de uma palestra com sindicalistas da área de habitação e volta à cidade na segunda, estendendo a viagem até Santos.

Enquanto os pré-candidatos rodam o país preparando o terreno para a campanha, o ex-governador de São Paulo José Serra briga para realizar prévias no PSDB. Na última terça-feira, ele se reuniu com lideranças no Senado e jantou com 11 parlamentares. Já Marina Silva ainda pena para conseguir o registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade. A Justiça Eleitoral questionou as assinaturas coletadas em cinco estados e os organizadores da legenda alegaram irregularidades na verificação. Após pedido de informações da Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os cartórios eleitorais responderam ontem que a reclamação não procede. Mesmo com os contratempos, o grupo que comanda a criação da legenda entregará os documentos para registro ao TSE na segunda-feira.

Avaliação
Todos os pré-candidatos têm como desafio ainda conter as chances de Dilma se reeleger. Depois de meses tendo de lidar com a baixa popularidade, a presidente ganhou novo fôlego para a disputa: pesquisa divulgada ontem pelo Ibope apontou a avaliação de seu governo em ótimo ou bom cresceu 7% desde a última sondagem, de 12 de julho, chegando a 38% do total de entrevistados. A pesquisa, feita em parceria do Ibope com o jornal O Estado de S. Paulo, foi entre 15 e 19 de agosto, com 2.002 entrevistas em 143 municípios de todas as regiões do Brasil.

Dilma recebe Fernando Morais
Autor das biografias mais conhecidas de Assis Chateaubriand e de Olga Benário, o escritor Fernando Morais foi recebido ontem em audiência pela presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. Morais está trabalhando em um livro sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, centrado no período compreendido entre 1980 — quando Lula, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi preso pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) — até 2010, último ano de seu mandato presidencial.

Lula ironiza Alckmin no Acre
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao dizer, em tom de brincadeira, que o tucano não saberia cantar o hino do próprio estado. “Pergunte ao governador de São Paulo se ele sabe cantar o hino de São Paulo, que ele não sabe”, disse Lula, ontem, ao participar de solenidade em Rio Branco a convite do governador do Acre, Tião Viana (PT). Em clima de comício, o ex-presidente aproveitou os compromissos no estado para rebater críticas a governos petistas.

Fonte: Correio Braziliense

Lula não está entre os bilionários do ano, diz Forbes

Lilian Venturini

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está entre os bilionários da lista dos mais ricos do mundo elaborada pela revista Forbes. Um artigo publicado no site da revista nesta sexta-feira, 23, ajuda a esclarecer informações que circulam pela internet desde 2012 que atribuem ao petista uma fortuna de US$ 2 bilhões.

Uma suposta edição traz Lula na capa da revista. A imagem foi republicada em diversos blogs desde maio do ano passado. "Um leitor querido me perguntou se a Forbes investigou a fortuna de Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil. Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para explicar metodologia Forbes ''para compilar fortunas", começa o artigo, assinado por Ricardo Geromel. Em março, a revista publicou a nova relação dos mais ricos, que não traz o petista entre os listados.

O autor explica quais os bens são considerados, como é verificado o patrimônio declarado pela personalidade e enfatiza que Lula não está entre os bilionários já identificados pela publicação. "Eu gostaria de destacar que, embora existam alguns bilionários que são os políticos, Lula não é um deles", afirma. Ele cita como exemplos de políticos o presidente do Chile, Sebastian Piñera (US$ 2,5 bilhões) e o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg (US$ 27 bilhões). No texto, o autor lembra as palestras feitas por Lula após deixar a Presidência. Por uma delas, o ex-presidente teria recebido US$ 100 mil por uma exposição de 50 minutos. Mesmo assim, conclui o jornalista, "não há evidência que sugira que Lula esteja perto de se tornar um bilionário".

O ex-presidente já figurou em rankings feitos pela Forbes em anos anteriores mas na categoria das "pessoas mais poderosas do mundo", que não leva a renda em consideração, mas critérios como influência e atividade exercida. O texto também desmente os rumores de que o filho de Lula, Fábio Luís Lula da Silva, Lulinha, tenha se tornado um bilionário.

Segundo o autor, dos 46 brasileiros listados pela revista no último ranking, a personalidade "mais ativa" na área política é o empresário Guilherme Leal (US$ 1,8 bilhão), que em 2010 disputou as eleições presidenciais como candidato a vice da ex-senadora Marina Silva. Além dele, apareceram na lista de março deste ano figuras como o apresentador de TV Silvio Santos, o empresário Antonio Ermírio de Moraes e o bispo Edir Macedo.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Alckmin deixa Aécio sozinho em giro paulista

Para não melindrar Serra, governador frustra aliados do mineiro e falta a eventos políticos em Ribeirão e Barretos

Objetivo é evitar 'viés eleitoral', diz presidente do PSDB-SP; Aécio afirma que não existe guerra com Serra

Daniela Lima

SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu não participar dos primeiros dois grandes eventos que o senador Aécio Neves (MG), presidente de seu partido e potencial candidato dos tucanos ao Palácio do Planalto, protagonizará no interior do Estado.

O mineiro vai iniciar uma série de viagens pelo país e pretende estar, ao menos a cada dez dias, em São Paulo.

Alckmin avisou a Aécio e ao presidente estadual do PSDB, Duarte Nogueira, que não poderia acompanhar o mineiro nem ontem, em Ribeirão Preto, nem hoje, na festa do Peão de Boiadeiro, principal rodeio do país.

"Ele [Alckmin] tem uma agenda no domingo em três cidades e, dado o atual conjunto de variáveis, sua aparição poderia ganhar um viés eleitoral", disse Nogueira.

O "atual conjunto de variáveis" a que o presidente do PSDB de São Paulo se refere é o clima de tensão que se instalou no partido desde que o ex-governador José Serra (PSDB) passou a indicar mais enfaticamente que pretende disputar a Presidência da República pela terceira vez, mesmo que tenha que passar por prévias.

A candidatura de Aécio é dada como certa pela cúpula do PSDB, que passou, contudo, a admitir a realização da consulta interna para não melindrar as pretensões eleitorais de Serra.

Ontem, Aécio se reuniu com cerca de 300 pessoas, em Ribeirão Preto, entre prefeitos aliados do PSDB e dirigentes de partidos. Aécio afirmou que não há guerra no PSDB, elogiou Serra e disse esperar que ele fique no partido.

"Só existe trégua quando há guerra. Serra é um dos homens públicos mais preparados do Brasil, companheiro do PSDB e todos nós esperamos que ele possa continuar conosco no partido."

Hoje, o mineiro vai a Barretos, para a "queima do alho", concurso gastronômico disputado por comitivas de tropeiros.

FHC
Enquanto Alckmin dá sinais de que não pretende tomar partido na disputa interna, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é mais enfático no alinhamento aos planos do senador mineiro.

Ontem, em reunião com Aécio em São Paulo, FHC afirmou que poderá acompanhar o aliado em viagens estratégicas pelo país.

O apoio explícito de FHC, além do alcance interno no tucanato, é importante para Aécio na interlocução com o empresariado, por exemplo.

O ex-presidente tem intermediado encontros do mineiro com donos de empreiteiras e bancos, além de economistas e intelectuais.

FHC trabalha por um "pacto de convivência" entre o mineiro e Serra, para preservar o partido até que se defina o destino do ex-governador paulista. Até outubro, ele decidirá se migra para o PPS.

Colaborou Venceslau Borlina filho, de Ribeirão Preto

Fonte: Folha de S. Paulo

Pressionado por Serra, Aécio reforça elo com FHC

Ex-presidente prometeu acompanhar mineiro em parte das viagens que ele fará pelo País

Pedro Venceslau

No momento em que vê o ex-governador José Serra aumentar a pressão sobre o PSDB pela realização de prévias para escolha do candidato da legenda à Presidência em 2014, o senador Aécio Neves reforça a aliança com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Durante encontro reservado na manhã de ontem, em São Paulo, FHC prometeu que acompanhará o correligionário mineiro em parte do roteiro de viagens que ele fará pelo Brasil no segundo semestre.

A agenda nacional de Aécio está sendo organizada pelo Instituto Teotônio Vilela, que é presidido pelo deputado federal Sérgio Guerra (PE). As datas não estão todas fechadas, mas o senador passará por Goiânia, Manaus, Maceió e Curitiba. Outras cidades do Sudeste serão incluídas no pacote. A ideia é privilegiar as governadas pelo PSDB.

Guerra explicou que as visitas serão divididas em duas partes. Num primeiro momento, o senador debaterá com especialistas e dirigentes tucanos uma nova estratégia de comunicação em que se dará ênfase à estruturação da campanha na internet e nas redes sociais.

Numa segunda etapa, encontros com lideranças tucanas regionais serão usados para debater problemas de cada região. Nessas conversas, Aécio acolherá propostas dessas regiões.

Pesquisas qualitativas. Aécio aproveitou a reunião com o ex-presidente, durante a manhã, para mostrar o resultado de pes quisas qualitativas que mostram seu potencial de crescimento na classe média emergente e entre os eleitores simpatizantes do PSDB.

Interlocutores do senador negam que a questão das prévias tenha sido discutida. Principal patrocinador político da candidatura de Aécío ao Palácio do Planalto, FHG teme o desgaste que os movimentos de Serra possam causar, no momento em que o partido imaginava ter construído um consenso em tomo do nome do mineiro.

Além da caravana pelas capitais, Aécío começou ontem, em Ribeirão Preto, uma série de dez viagens pelo Estado de São Paulo. Os roteiros são organizados pelo deputado Duarte Nogueira, presidente do PSDB paulista. Na próxima semana, o senador mineiro se reunirá com a bancada do PSDB paulista na Assembleia.

Em Barretos. "A visita de Aécio a Barretos será o marco zero 4ª campanha presidencial dele. Será o começo da caminhada dele pelo Brasil, na qual ele se firmará como o candidato do PSDB", disse o prefeito de " Barretos, Guilherme Ávila (PSDB), sobre a presença do senador mineiro na cidade. Ao longo do dia, este terá uma agenda típica de candidato. Visitará o Hospital do Câncer e será a grande estrela da tradicional "queima do alho", que faz parte da Festa do Peão. Antes de embarear de volta para Brasília, ele ainda participará de um ato com prefeitos e lideranças da região.

O PSDB está tratando a caravana de Aécio pelo Brasil como uma espécie de lançamento informal de sua candidatura. Ele cumprirá extensa agenda de entrevistas em. rádios e emissoras de TVs locais em Ribeirão Preto e Barretos neste fim de semana. "Tenho responsabilidade, como presidente do PSDB, de ajudar a construir um projeto alternativo ao que está aí", disse ele cm entrevista, antes de embarcar para Ribeirão Preto.

PARA LEMBRAR

A relação entre os tucanos

Dezembro de 2012
Declaração de apoio
Em um encontro da sigla cm Brasília, FHC defendeu que Aécio era o nome certo para ser o futuro candidato do PSDB à Presidência da República. A posição do ex-presidente foi compartilhada pelo então presidente da legenda, deputado Sérgio Guerra (PE).

Janeiro de 2013
Serra
Começam os rumores de que José Serra avaliava a possibilidade de sair do PSDB para poder disputar à Presidência.

Março
Agenda em SP
Aécio intensifica agenda em São Paulo, reduto de Serra. Ao iado de FHC, participa de encontro com empresários.

Maio
Comando interno
Aécio assume a presidência do PSDB fazendo uma forte defesa do legado do governo FHC (1995-2002).

Semana passada
Prévias
FHG recua e diz que se Serra quiser ser candidato à Presidência, deve haver prévias. Ele ponderou, no entanto, que Aécio conta com o apoio da maioria do partido.

Marco Zero
"A visita de Aécio a Bairetos será o marco zero da campanha presidencial dele. Será o começo da caminhada dele pelo Brasil, na qual ele se firmará como o candidato do PSDB"
Guilherme Ávila (PSDB) - Prefeito de Barretos

Fonte: O Estado de S. Paulo

Aliados de Serra defendem regras para prévias até outubro

Goldman diz que se depender de grupo de Aécio debate não avança

Silvia Amorim

SÃO PAULO - Aliado do ex-governador José Serra, o vice-presidente nacional do PSDB Alberto Goldman defendeu ontem que a direção nacional do partido defina até outubro as principais regras para uma eventual prévia entre o tucano paulista e o senador Aécio Neves para a sucessão presidencial em 2014. Goldman disse que, se depender do grupo ligado a Aécio, o debate sobre o tema não avançará, e pregou uma ação conjunta daqueles que consideram importante a permanência de Serra no PSDB.

- Se depender das pessoas que estão no entorno do Aécio, essa coisa não vai andar. Isso me preocupa porque parece que essas pessoas acham melhor que o Serra saia do partido, o que não acredito que seja a posição do próprio Aécio. Por isso, tem de haver um esforço daqueles que acham importante a presença de Serra no partido para fazer a coisa acontecer - afirmou Goldman.

Insatisfação exposta a Aécio

A preocupação de Goldman também foi manifestada por outros aliados do ex-governador, que tentarão reverter o movimento de tucanos ligados ao mineiro para tirar o assunto da pauta. Ontem, aliados de Serra começaram a procurar dirigentes do partido para expor a insatisfação com a postura do grupo de Aécio. Um dos procurados foi o presidente da legenda em São Paulo, deputado Duarte Nogueira. A ideia é que chegue ao senador mineiro, que cumpre hoje o segundo dia de compromissos públicos em São Paulo, o recado da insatisfação com a forma como o assunto está sendo tratado.

Na terça-feira, Aécio fez um discurso em Brasília de aceitação de prévias caso haja mais de um postulante à vaga de presidenciável tucano. Entretanto, tucanos ligados a ele têm apontado dificuldades para a realização de uma consulta como quer Serra - com todos os filiados, e não apenas junto a dirigentes do partido, onde o senador tem maioria.

Goldman cobrou ontem uma liderança de Aécio na condução do processo das prévias:

- Aécio é o presidente do partido e, como tal, precisa assumir a responsabilidade por isso (discussão das prévias).

O prazo, de outubro, defendido por Goldman para que a direção nacional defina as principais regras de uma consulta interna coincide com a data-limite que Serra tem para decidir se deixa o PSDB para disputar a eleição presidencial pelo PPS. Ele negou, entretanto, que tenha conversado sobre o tema com o ex-governador.

- Temos aí um mês mais ou menos. Acho que dá para combinar, ao menos, elementos básicos para resolver as prévias, como a data para a inscrição dos candidatos, qual o colégio eleitoral para essa consulta e o prazo para o debate interno. Eu considero 60 dias, por exemplo, um bom tempo para cada candidato expor suas ideias e se apresentar ao partido - disse o vice-presidente tucano.

Goldman também defendeu que a consulta interna seja feita nos primeiros meses de 2014.

Sem um acordo sobre esses parâmetros para as prévias, aliados disseram que "o pior pode acontecer". Alguns avaliaram que Serra pode deixar o partido "mesmo com pouca chance de vitória". Para esses tucanos, a decisão também levaria ao fracasso os planos de Aécio de ser eleito presidente, já que com os eleitores de São Paulo e Minas Gerais divididos entre os dois tucanos, a chance de nenhum deles chegar ao segundo turno seria grande.

Fonte: O Globo

PSDB prepara novo encontro com caciques

Tucanos querem levar o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente FHC para evento em Petrolina, em setembro

Beatriz Albuquerque

Em ano pré-eleitoral, o PSDB de Pernambuco incrementa os encontros regionais com os seus filiados. O próximo será realizado em Petrolina, no Sertão no dia 20 de setembro. Este será o segundo encontro regional no Estado, desta vez promovido pelo vice-prefeito daquele município do Sertão, Guilherme Coelho. O primeiro ocorreu na semana passada, em Caruaru (Agreste). Entre os cotados para o evento estão o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Coelho está em São Paulo e convidará pessoalmente Alckmin e Fernando Henrique. Os dois caciques tucanos não confirmaram presenças.

"Todos em Petrolina são gratos ao ex-presidente por ser responsável por iniciar a construção da universidade no município, além de ter dado continuidade ao projeto de irrigação. Seria uma honra recebe-lo", garantiu Guilherme Coelho, que se reunirá com o governador paulista e o ex-presidente na próxima segunda (26). O pré-candidato tucano à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG), não deve participar.

Aécio começou, ontem, a rodar o País, iniciando pela região Sudeste e deve chegar ao Nordeste no próximo mês. A primeira visita será em Alagoas. "Ele precisa chegar muito mais perto do Nordeste. Será uma viagem despojada como a de alguém que quer conhecer o Brasil", disse o presidente estadual do PSDB, Sérgio Guerra, à rádio JC/CBN.

O encontro em Petrolina, intitulado "Vamos Conversar: encontro do PSDB no Sertão de Pernambuco", deverá reunir representantes de mais de 30 municípios da região do Sertão do São Francisco. A proposta é realizar, além dos debates, palestras temáticas, que serão ministradas por especialistas. Os temas pré-definidos são "Juventude na mídia social" e "Educação universitária". A estratégia tem como objetivo apresentar o partido para a população com o objetivo de conseguir novas filiações e lançar o nome de Guilherme Coelho à Câmara.

A iniciativa dos encontros regionais partiu da Executiva estadual do PSDB. "O partido em Pernambuco está com o objetivo de estimular a renovação dos quadros. Esses eventos também são importantes para atrair a juventude", esclareceu o secretário-geral da sigla, o deputado Betinho Gomes. Discussões sobre a atual conjuntura política e questões relativas aos municípios da região estão na pauta.

O Sertão do São Francisco é considerado uma região estratégica do ponto de vista eleitoral, devido a sua extensão e pujança econômica. "Esperamos ter um bom número de votos da região na votação de deputados estaduais e federais", afirmou a deputada estadual Terezinha Nunes. Em Petrolina, por exemplo, há aproximadamente 800 filiados.

Metas para 2014

A Executiva estadual traçou como meta conquistar três vagas na Câmara e manter a bancada na Assembleia Legislativa. Além de Guilherme Coelho, o deputado Daniel Coelho deverá disputar uma vaga na Câmara. Guerra e Bruno Araújo, ambos deputados federais, buscam a reeleição. Outros 15 nomes podem entrar nas disputas.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

Rede de Marina pede registro ao TSE na próxima segunda

Coordenador da legenda, Walter Feldman não crê em manobra de rivais e avisa que exigências da lei já foram cumpridas

Caria Araújo, José Roberto Castro

A Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva pretende fundar para disputar a Presidência nas eleições de 2014, confirmou ontem que vai dar entrada ao pedido eje registro definitivo da sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira.

"Acreditamos que o tempo e os números necessários de diretórios e de assinaturas coletadas foram cumpridos, o que nos permite trabalhar para pedir o registro definitivo do partido", disse o deputado Walter Feldman (SP), que pretende migrar do PSDB para a sigla de Marina.

Na semana passada, a ex-senadora procurou diretamente a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, para se queixar da demora na validação das assinaturas em Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Para registrar um partido, é preciso o apoio de quase 500 mil eleitores em 9 Estados. Até o dia 16, apenas 250 mil fichas de apoio à Rede haviam passado pelo crivo dos cartórios eleitorais.

Sobre possíveis irregularidades na coleta de adesões, Feldman afirmou que, apesar de ser possível a existência de alguns erros, não se justifica a especulação de que possa haver fraude. "Tivemos 12 mil voluntários que fizeram as coletas pelo Brasil. É muito possível que algum não tenha feito direito. Não há controle total. São 850 mil fichas, fizemos uma triagem, mas algumas podem ter escapado."

Prazo. O deputado observou, porém, que alguns cartórios eleitorais estão ultrapassando o prazo de 15 dias para avaliar as assinaturas e que algumas são rejeitadas sem explicação. Ele diz não acreditar, no entanto, em uma articulação para dificultar a criação da Rede. "São problemas do sistema. Na Justiça a demanda é muito forte, pesada, há poucos funcionários, eles estão trabalhando a questão da biometria", ponderou.

O TSE avisou ao grupo que apoia Marina que precisa de um mês para analisar o processo. O prazo final para que o registro seja confirmado é 5 de outubro. Em 2011, o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab entrou com o pedido na Justiça Eleitoral em 23 de agosto e obteve o registro em 27 de setembro.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Campos pede que agenda econômica supere a eleitoral

Para pré-candidato do PSB, Brasil oficial não pode se descolar do Brasil real

Odilon Rios

MACEIÓ - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), fez um alerta ontem para o risco do "descasamento do Brasil real e do Brasil oficial" com a antecipação do processo eleitoral de 2014, e afirmou que o país precisa se concentrar nos desafios econômicos que tem pela frente.

Pré-candidato do PSB à sucessão da presidente Dilma Rousseff, Campos voltou a dizer que só tratará de eleições em 2014, e pediu uma agenda econômica para o país, superando a pauta eleitoral.

- O descasamento do Brasil real e do Brasil oficial é que é o desafio. O desafio é você aproximar esses dois universos, encarar os problemas que temos na economia, superar estes problemas. Em 1998, quando foi reeleito, o presidente Fernando Henrique tinha um quadro econômico no Brasil muito mais grave do que nós temos hoje. Quando o presidente Lula chegou ao governo em 2003, o dólar estava em quatro reais, o risco Brasil na casa do milhar, e a situação era muito mais delicada que hoje - disse Campos, que completou:

- Hoje temos problemas? Temos, mas podemos resolvê-los se mantivermos um compromisso. O que a gente precisa é preservar o que construímos ao longo desses 30 anos. Democracia, estabilidade econômica, um olhar para as desigualdades. Essas foram conquistas que custaram muito à sociedade brasileira. Não podemos colocar tudo isso em risco em nome de um projeto de qualquer força política ou qualquer pessoa.

Fonte: O Globo

Socialistas querem enquadrar Cardoso

Executiva nacional do PSB se reúne semana que vem com líder do partido no Rio

Júnia Gama

BRASÍLIA - Mesmo com a declaração do presidente do PSB no Rio, Alexandre Cardoso, de que não deixará o comando do diretório por se posicionar contra a candidatura própria a presidente e a governador em 2014, a cúpula nacional do partido não descarta seu afastamento. Há uma certa cautela por parte de alguns dirigentes sobre a ideia de intervenção no diretório fluminense, mas aliados do governador Eduardo Campos (PE) no Congresso defendem o enquadramento.

- Com a decisão sobre as candidaturas próprias já tomada, o partido, em todos os estados, terá de se conformar a ela. (O afastamento de Alexandre Cardoso) é uma das alternativas. Se não for possível o entendimento, o partido tem seus meios legais e legítimos para definir isso - afirmou o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF).

O senador reforça que a prioridade do partido é oferecer palanques fortes nos estados para abrigar a candidatura presidencial de Eduardo Campos e fortalecer a chapa de deputados federais. Nesse contexto, afirma, não será possível o partido ficar ao lado de Luiz Fernando Pezão, candidato do governador Sérgio Cabral ao governo do Rio.

- Neste momento, não há condição política de continuar apoiando o governo Cabral ou a candidatura de Pezão. A prioridade é fortalecer a chapa de deputados federais, e, nesse cenário do Rio, a perspectiva colocada pelo Alexandre Cardoso não atrai ninguém. Com o partido construindo uma candidatura à Presidência da República, é preciso um reforço nos palanques estaduais. É óbvio que, nessa configuração, não será possível o PSB apoiar o Pezão - ressaltou Rollemberg.

Já o secretário-geral do diretório nacional do PSB, Carlos Siqueira, preferiu evitar um embate direto com Cardoso. Disse ontem que ainda não se fala em intervenção no diretório do Rio, e que a ideia é apostar no diálogo. Mas deixa claro que, se não houver consenso rápido, antes de 30 dias, o PSB tomará uma decisão, e a posição de Alexandre Cardoso não prevalecerá. A preocupação é com o prazo de filiação, início de outubro, para atrair novos filiados ao projeto de candidaturas próprias.

- Achamos que houve um equívoco em não apostar em candidatura própria no Rio, porque o partido tem um projeto próprio tanto nacional quanto estadual, que deve estar sintonizado. Discordamos da posição do Alexandre, a opinião dele não pode prevalecer sobre a do partido - disse Siqueira.

No Rio, Cardoso voltou a manifestar suas preferências para 2014, que contrariam o PSB:

- Acho que os mais preparados são a Dilma e o Pezão. Eu, inclusive, quero participar da coordenação (da campanha) do Pezão para trabalhar a questão dos municípios.

O presidente do PSB no Rio considerou um "suicídio" a ideia de lançar a candidatura do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão ao governo do estado.
- O Temporão não tem nenhuma experiência política, de contato popular, como pode ser candidato? Querem acabar com o partido? Se as pessoas querem fazer suicídio, que façam sozinhas.

Está marcada para esta terça-feira uma reunião de comissão da Executiva Nacional, com Siqueira, Márcio França, Rollemberg e Roberto Amaral, para conversar com Alexandre Cardoso no Rio.

Fonte: O Globo

Sudeste puxa melhora da aprovação do governo Dilma

Pesquisa Ibope realizada em parceria com o Estado mostra que o governo da presidente Dilma Rousseff recuperou parte da aprovação perdida após as manifestações populares de junho, informa José Roberto de Toledo. A taxa de ótimo/bom do governo cresceu de 31% para 38% desde 12 de julho. As opiniões de ruim ou péssimo caíram de 31% para 24%. A avaliação de “regular” permaneceu em 37%, e 1% não soube ou não quis responder. A recuperação ocorreu principalmente no Sul e no Sudeste, onde as taxas de aprovação cresceram 11 e 12 pontos porcentuais, respectivamente. Para a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari, a recuperação de parte da popularidade de Dilma está relacionada ao refluxo das manifestações de rua, principalmente no Sudeste, e à melhoria de alguns indicadores econômicos, como a redução da inflação e o aumento da confiança do consumidor

Avaliação positiva do governo Dilma sobe 7 pontos; Sudeste puxa melhora

José Roberto de Toledo

O governo da presidente Dilma Rousseff recuperou parte da aprovação perdida após as manifestações populares de junho. Pesquisa Ibope em parceria com o Estado concluída na segunda-feira mostra que a taxa de ótimo/bom do governo cresceu de 31% para 38% desde 12 de julho. Ao mesmo tempo, as opiniões de que o governo é ruim ou péssimo caíram de 31% para 24%.

A avaliação de que o governo é "regular" permaneceu em 37%. Apenas 1% não soube ou não quis responder. Á recuperação ocorreu principalmente no Sul e no Sudeste, onde as taxas de aprovação cresceram 11 e 12 pontos percentuais, respectivamente.

Para a CEO do Ibope Inteligência, Mareia Gavallari, a recuperação de parte da popularidade de Dilma está relacionada ao refluxo das manifestações de rua, principalmente no Sudeste. "Os protestos diminuíram de tamanho e de alvo. A presidente não está mais no foco das manifestações", afirma Mareia.

Pesou também a favor do governo a melhoria de alguns indicadores econômicos, como a redução da inflação e do desemprego, e o aumento da confiança do consumidor.

Ontem, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que o índice de confiança cresceu 4,4% no mês de agosto. "São todos indicadores concretos, que fazem diferença no dia a dia do eleitor", afirma a CEO do Ibope Inteligência.

Velocidade. A pesquisa Ibope mostra que a recuperação da popularidade de Dilma é lenta. Sinais de que sua imagem estava melhorando haviam sido de-: tectados pelo Datafolha duas semanas atrás. Em comparação àquela pesquisa, a aprovação governo foi de 36% para 38% agora. Ainda está longe do patamar onde esteve, porém. Em março, a presidente chegou a 65% de ótimo/bom no Datafolha e a 63% no Ibope.

No Sudeste, onde os protestos se voltam contra outros políticos, como os governadores do Rio, Sergio Cabral (PMDB) e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a taxa de ótimo/bom da administração Dilma cresceu de 24% para 36% entrejulho e agosto. Ao mesmo tempo, a taxa de ruim/péssimo caiu de 38% para 28%. O "regular" ficou estável.

No Sul, o movimento foi semelhante: ótimo/bom passou de 28% para 39%, enquanto ruim/péssimo caiu de 32% para 24%. Já nas regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste a aprovação do governo continua exatamente cum rs mesmas taxas de um nms atrás: 43% e 35%, respectivamente.

Capitais e interior. Continua a existir, entretanto, um grande fosso geográfico na popularidade de Dilma. Nas capitais (onde mais gente foi para a rua protestar), a taxa de ótimo/ bom do seu governo é muito mais baixa do que nas cidades do interior: 30% a 41%. Nas cidades do entorno das capitais e nas metrópoles regionais a situação é intermediária: 37% de ótimo/bom.

Pode ser um sinal de que programas do governo federal voltados para municípios do interior, como o Mais Médicos, estão começando a surtir efeito. Mas significa também que os avanços de Dilma no Sudeste podem não ter se repetido nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo - o que é m noticia para os seus respectivos prefeitos.

A pesquisa Ibope-Estado foi feita entre os dias 15 e 19 de agosto. Foram 2.002 entrevistas face a face, feitas na residência dos entrevistados. A pesquisa tem abrangência nacional: foi feita em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. Sua margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95%.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Aprovação pessoal da presidente tem maioria apertada

Daniel Bramatti

A pesquisa íbope, além de medir a aprovação ao governo como um todo, avaliou a opinião dos brasileiros sobre a atuação pessoal de Dilma Rousseff. Nesse caso, houve uma virada: por margem apertada, a maioria agora aprova a presidente e confia nela.

No levantamento anterior do instituto, feito em 13 de julho, o índice de desaprovação a Dilma chegava a 49%, enquanto 45% diziam aprovar seu desempenho. Na pesquisa de agosto a parcelados satisfeitos subiupa ra 52%, enquanto o índice de desaprovação caiu para 43%.

Na região Nordeste, 59% aprovam a maneira como Dilma governa o País. No Sul, esse índice cai para 45%. A aprovação é maior nas faixas de renda e escolaridade mais baixas.

A parcela dos que dizem confiar na presidente aumentou de 45% para 51%. Os que não confiam nela são agora 44%, seis pontos porcentuais a menos do que no levantamento anterior.

Antecessores. Dilma está completando seu 32º mês de governo. Quando tinha esse mesmo tempo de mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha taxas de aprovação e de confiança inferiores à da atual governante.

Lula, em agosto de 2005, era aprovado por 45% dos eleitores, segundo pesquisa Ibope feita na época. Os que confiavam no então presidente eram 43%. Naquele momento, o petista vivia o ápice da a maior crise de seu governo - o escândalo do mensalão havia estourado apenas dois meses antes.

Já o tucano Fernando Henrique Cardoso, ao completar dois anos e oito meses de mandato, em agosto de 1997, vivia situação um pouco mais confortável que a de Dilma: suas taxas de aprovação e de confiança eram, respectivamente, de 55% e 54%.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Após atos, Cabral sobe em 240% gastos com propaganda

Com popularidade em queda, governador triplica verba para divulgar obras; assessoria afirma que aumento é normal

Wilson Tosta

RIO - O governo Sérgio Cabral Filho (PMDB) empenhou em julho o total de R$ 27,9 milhões para publicidade. É mais de 240% além da média dos gastos dos seis meses anteriores para o mesmo fim, mostra levantamento do Estado na execução orçamentária do Estado.

No mês seguinte aos protestos de junho, que causaram queda generalizada na popularidade de governos, a administração do Rio, cujo chefe amarga apenas 12% de avaliações de "ótimo" e "bom" na pesquisa CNI/Ibope, o dinheiro público reservado a divulgar suas ações mais que dobrou. Até o fim de julho, os empenhos apenas para propaganda somavam R$ 76,9 milhões.

Desde 2007, o governo Cabral, eleito com discurso de crítica ao excesso de anúncios oficiais, empenhou quase R$ 1 bilhão para agências de publicidade, dos quais já pagou mais de R$ 880 milhões, corrigidos pelo IPCA. O governo nega anormalidades nessas despesas.

Os empenhos de julho representam também crescimento expressivo em comparação aju-Iho de 2012: são 39,5% a mais sobre que os R$ 20 milhões de um ano atrás. Naquele período do ano passado, o aumento em relação à média dos seis meses anteriores fora de 127,38% (pouco mais da metade dos mais de 240% de um ano depois).

As despesas liquidadas (reconhecidas como regulares e, portanto, prontas para serem pagas) em julho/12 foram de R$ 24,8 milhões, o que significou um aumento de 206% sobre a média dos seis meses antecedentes.

Agências. Os empenhos do setor até o fim de julho passado foram destinados às agências Artplan (R$ 12,9 milhões), Novas/B. (R$ 16,5 milhões), PPR (RjS 12,1 milhões), Binder + FC (R$ 13,2 milhões), DPZ (R$ 16 milhões), Agnelo Pacheco (R$ 11.2 milhões) e MKT Plus (R$ 11.2 milhões). Também houve verbas empenhadas para empresas de eventos e assessoria (cerca de R$ 55 milhões).

Contestação. O governo Cabral argumenta que em julho de 2013 não houve aumento desses gastos e que o fato de haver mais empenhos em determinado mês não quer dizer que os dispêndios ocorram nesse período. Em nota ao Estado, a assessoria do governo afirma que "comparar empenhos realizados no mesmo mês de anos diferentes não é parâmetro para medir estratégia de comunicação".

O Executivo também argumenta que mais pagamentos em um mês não são sempre decorrentes de "produtos de comunicação gerados naquele mês". Podem quitar serviços prestados bem antes. A nota também afirma não haver novidade no acumulado de despesas de publicidade desde 2007. "Nesses seis anos e sete meses de governo foram realizadas campanhas de toda a natureza, tais como a da Operação Lei Seca, prevenção à gravidez precoce, divulgação do Bilhete Unico, divulgação das UPPs, dentre outras".

Fonte: O Estado de S. Paulo

PDT flerta com PSB e não dá apoio a Dilma

Lupi diz que única impossibilidade para 2014 é de aliança com tucanos

Isabel Braga

BRASÍLIA - O comando do PDT, em reunião ontem em Brasília, evitou mais uma vez assumir qualquer posição em relação às eleições presidenciais do ano que vem, a despeito de estar à frente do Ministério do Trabalho e de apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff no Congresso. O presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, diz que ainda não é hora de declarar apoio à reeleição e não descartou a possibilidade de aliança em torno da eventual candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). A única certeza, diz Lupi, é a impossibilidade de aliança com o PSDB.

- Fomos os primeiros a declarar apoio a Dilma em 2010 e isso nos deu a responsabilidade de estar hoje no governo. O momento é outro hoje, e ainda não definimos. Queremos avançar mais pela esquerda, questionamos a política (do governo Dilma) na área econômica. Não estou dizendo que não está bom, mas tem que avançar mais - disse Lupi, avaliando os outros cenários: - Aécio (Neves) é meu amigo pessoal, mas não dá para ter um caminho mais à direita do que temos hoje. Somos aliados do Eduardo (Campos), ele está no nosso campo de ação. Tenho mantido contado com ele, e ele ainda não definiu (se sairá candidato). Só vamos definir isso em 2014.

No caso do governo do Rio, Lupi disse que até o momento existem dois candidatos - o deputado Miro Teixeira e o prefeito de São João de Meriti, Sandro Matos - e que, entre novembro e dezembro, fará uma consulta aos filiados do PDT no estado. A ideia é ver qual dos dois candidatos têm mais apoio e se é melhor para o partido ter candidato próprio ou fazer aliança.

Fonte: O Globo

Na TV Folha, Roberto Freire diz que, sem Serra, PPS pode apoiar Campos

Para Freire, a disputa de 2014 será a eleição da "mudança com segurança"

Por: Valéria de Oliveira

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), disse, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo e do Portal Uol, que caso o ex-governador José Serra não venha para o PPS, o partido pode apoiar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) nas eleições para presidente da República.

Segundo Freire, uma eventual candidatura de Serra a presidente pelo PPS faria o partido crescer em todo o país. De acordo com o deputado, que admitiu conversar nos finais de semana com Serra em São Paulo, ele tem 50% de chances de deixar o seu partido, o PSDB e ingressar no PPS.

Freire analisou os vários cenários prováveis para as eleições presidenciais de 2014 e afirmou que, caso Serra não venha para o PPS, Eduardo Campos é um candidato importante a ser “ajudado”. O deputado não descartou, entretanto, apoiar outras candidaturas do campo de oposição – Marina Silva, que tenta viabilizar a Rede Sustentabilidade e o tucano Aécio Neves.

Clique aqui para ver trechos da entrevista e transcrição e aqui para acessar a íntegra do pragrama.

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), disse, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo e do Portal Uol, que caso o ex-governador José Serra não venha para o PPS, o partido pode apoiar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) nas eleições para presidente da República.

Segundo Freire, uma eventual candidatura de Serra a presidente pelo PPS faria o partido crescer em todo o país. De acordo com o deputado, que admitiu conversar nos finais de semana com Serra em São Paulo, ele tem 50% de chances de deixar o seu partido, o PSDB e ingressar no PPS.

Freire analisou os vários cenários prováveis para as eleições presidenciais de 2014 e afirmou que, caso Serra não venha para o PPS, Eduardo Campos é um candidato importante a ser “ajudado”. O deputado não descartou, entretanto, apoiar outras candidaturas do campo de oposição – Marina Silva, que tenta viabilizar a Rede Sustentabilidade e o tucano Aécio Neves.

Fonte: Portal do PPS

Depois de junho - Marco Aurélio Nogueira

Com a baixa-previsível, mas surpreendente pelo grau em que ocorreram - das manifestações que desde junho sacudiam o País, a política nacional voltou ao ritmo de sempre. Nada garante que continuará assim, pois o alerta emitido pelas ruas ainda está vivo e as forças que o determinaram permanecem ativas. O noticiário e as discussões, porém, revelam o retomo do que tem sido a tônica da vida política: quedas de braço entre Executivo e Legislativo, nomeações e afastamentos, bate-bocas no Supremo Tribunal Federal à sombra da revisão das penas do mensalão, denúncias de corrupção e esquemas ilícitos (cartel paulista), a via-crúcis de Marina Silva e os embates intrapartidários, motivados sobretudo pela aproximação do ano eleitoral. Vida que segue.

Não há por que estranhar o refluxo das mas. Elas estão sempre aí, ora ativas, ora em silêncio. Não se podem mobilizar de modo permanente e só conseguem manter regularidade se estiverem acompanhadas de sujeitos políticos qualificados para criar pontes com o Estado. Os partidos, todavia, não estão em condições de ajudá-las nisso, nem são aceitos por elas. A busca de autoexpressão, que tipificou parte das manifestações, não organiza consensos nem agendas. Ao menos no curto prazo e movidas pelo clamor espontâneo, as mas não têm como ir muito longe ou impor mudanças substantivas, que mexam na estrutura da sociedade, que é onde está a raiz dos problemas. Ainda não se entendem quanto às razões que as ativaram nem sobre os passos políticos que terão de ser dados.

Há novas convocações sendo feitas para setembro e elas poderão alterar cálculos e previsões. Mas o sistema parece ter voltado ao controle da situação.

Tem havido um pouco de tudo nas últimas semanas.

O confronto protagonizado pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, e pelo ministro Ricardo Lewandowski na retomada do julgamento de recursos dos réus do mensalão foi dessas coisas que jamais se esquecerão. Pela violência verbal, pela grosseria e pelo ambiente em que tudo ocorreu. A perplexidade e o constrangimento foram gerais. Está certo que os dois juizes tentaram dar a briga por superada, mas o episódio mostrou que não dá para santificar o STF, muito menos seus integrantes. E mostrou que também ali se faz necessária uma reforma, no mínimo, procedimental.

O caso de Marina Silva chama a atenção por ser paradoxal. Favorecida, mais que qualquer outro, pelo novo ritmo do País e pelas dificuldades dos demais postulantes à Presidência, Marina sofre para obter o registro legal de sua Rede. Situação delicada, porque se não conseguir criar seu partido terá de desistir da candidatura ou buscar asilo em alguma outra legenda, o que enfraquecerá dramaticamente sua imagem de política que flutua sobre os partidos e busca apresentar uma alternativa ao que considera ser a dimensão problemática do atual formato partidário. Se se filiar a um partido "normal", terá de explicar muita coisa ao eleitorado e perderá força. Se desistir de tudo, jogará fora o que talvez seja sua única grande oportunidade.

De tudo o que despontou depois de junho, o mais surpreendente é a reposição ampliada da luta interna no PSDB. Ampliada, em primeiro lugar, pelas repercussões das denúncias que revelaram a existência de um cartel que operava as licitações da rede metroferroviária paulista. Em segundo lugar, pelo prolongamento pouco compreensível e nada razoável da novela da indicação do candidato tucano às presidenciais de 2014.

Quando tudo parecia caminhar para a escolha de Aécio Neves, eis que o ex-govemador José Serra ressurge com sua recorrente postulação. Seus movimentos são largos: vão da pressão pela realização de prévias internas (de resto, previstas nos estatutos do PSDB) à indicação de que poderá pedir abrigo em outra legenda. Consta que teria recebido convite do PPS, que também flerta com Marina - fato que, se vier a se confirmar, apenas mostrará a improvisação e a leviandade das partes envolvidas. Agindo com os olhos fixos em seus próprios umbigos, Serra e o PPS caminhariam celeremente rumo ao fracasso conj unto, num verdadeiro abraço de afogados.
 
A cereja do bolo em termos de surpresa é, portanto, o PSDB. O partido não se acerta nem se entende sequer no básico. Despreza as janelas que se abrem à sua frente. Descarta trunfos como se pudesse voltar a acumulá-los assim que desejar. Não consegue reagir aos tombos que sofre. Parece dilacerado por questiúnculas associadas à luta por espaço e a personalismos pouco justificáveis. Disso também é feita a política, com certeza, mas seria de esperar que um partido que se diz vinculado à social-democracia oferecesse à sociedade e ao Estado bem mais do que esse espetáculo comezinho de protagonismos que não se compõem. Alguma ideia, algum projeto, alguma visão de futuro: seria o mínimo.

Por refugar da posição de líder das oposições e se deixar arrastar para a margem, o PSDB queima os cartuchos de que dispunha para ser competitivo em 2014. Mostra-se frágil até para disputar São Paulo, seu troféu principal.

O sistema recuperou o controle. Mas, por continuar o mesmo, permanece improdutivo e gera mais problemas que soluções, expondo-se ao risco de ser novamente desafiado pelas ruas.

As vozes de junho não foram genéricas nem alienadas. Foram claras: queremos um Estado aberto para as pessoas, menos dependente de multinacionais, bancos e empresários. Mais social e menos econômico: com serviços e políticas melhores, não somente com obsessão por crescimento e oferta de bens. Os que protestaram, no fundo, pediram mais cidadania e menos consumo, mais Estado e menos mercado.
 
É uma agenda básica, que converge para a reformatação do Estado e desafia a inteligência política. Se for enfrentada com as práticas de antes, não será sequer arranhada. E o mal-estar persistirá.

*Professor titular de Teoria Política e Diretor do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da UNESP

Fonte: O Estado de S. Paulo

Susto e alerta - Cristovam Buarque

A cena dos vereadores do Rio de Janeiro pedindo permissão aos jovens manifestantes para reunirem-se no plenário da Câmara Municipal foi mais enfática para mostrar a nossa instabilidade política do que as grandes manifestações do mês de junho.

Mas a reação das direções políticas tem sido comparável à de uma pessoa que ao caminhar em direção a um abismo ouve um grito e se assusta, mas continua no mesmo rumo, sem perceber que era um alerta. Os sustos despertam, mas nem sempre alertam.

Houve reação. No primeiro momento, o governo propôs pactos confusos e sobre temas superficiais.

O Congresso Nacional se reuniu para uma chamada agenda positiva, onde alguns poucos projetos foram debatidos sem qualquer consequência para o pacto social que está rompido. Por omissão, insensibilidade, perplexidade ou impossibilidade de mudar o caminho, todos continuaram na mesma marcha em direção a um futuro repleto de instabilidade.

As poucas grandes manifestações no país com pauta variada foram substituídas por muitas manifestações pequenas com propósitos específicos. Como são específicas e contra alvos determinados, as lideranças políticas não se afetaram e voltaram à lenta passividade do dia a dia à espera das próximas eleições. Agem como se as manifestações fossem apenas contra um governador e não contra o que ele simboliza como imagem de toda a política.

Até o mês de junho, a sociedade funcionava apesar do quase colapso da segurança e do trânsito, do tamanho da desigualdade, da péssima qualidade nos serviços de saúde e educação e da imoralidade da corrupção.

Apesar do descontentamento, a parte da população beneficiada e a parcela sacrificada conviviam, aceitavam-se, produziam e esperavam.

O grau de desigualdade no acesso aos serviços públicos e a sua ineficiência fizeram "cair a ficha" na população, especialmente contra a classe política. Além de ser vista como responsável pelos erros é vista como privilegiada e tolerante com a corrupção, sem diferenciar os partidos.

Esta "queda da ficha" levou a uma quebra do pacto social, que acontece simultaneamente com a percepção do poder de mobilização oferecido pelas redes sociais, provocando uma guerrilha cibernética, capaz de incomodar e de dar visibilidade às várias pautas sociais.

A partir de agora, qualquer pretexto provocará manifestações de centenas de pessoas, ou mesmo de apenas dezenas, mas todas capazes de parar o funcionamento do tecido social e seus serviços, de servir de grito de alerta e de exigir um novo pacto social que vai precisar de substanciais concessões da elite para melhorar a qualidade de vida do público e dos serviços públicos, a fim de reduzir a desigualdade e eliminar a corrupção.

Mais do que um susto, as lideranças precisam sentir o alerta e buscar novos caminhos que reconstituam o pacto social, em um novo patamar de eliminação de privilégios e desigualdades.

Cristovam Buarque, senador (PDT-DF)

Fonte: O Globo

Na falta de competência, a magia do câmbio filosofal - Rolf Kuntz

Na falta da pedra filosofal, com poder para transformar qualquer metal em ouro, vários economistas brasileiros tiveram de se contentar com o câmbio filosofal, conhecido pela propriedade notável de tornar competitiva qualquer indústria e, mais que isso, qualquer economia, bem ou mal administrada. Mas pode ser difícil encontrar esse câmbio maravilhoso. O dólar subiu quase 20% em relação ao real só neste ano -19,68% entre o fim de 2012 e a quinta-feira passada, quando foi vendido a R$ 2,446 no fechamento das operações. Em um ano, a alta foi de 21%, levando-se em conta os valores médios divulgados pelo Banco Central (BC). Maxidesvalorização, ou simplesmente máxi, na linguagem coloquial, seria a palavra usada, em outros tempos, para designar essa variação. Mas o dólar cada vez mais caro foi acompanhado, desta vez, de um rombo cada vez maior nas contas externas.

O déficit em conta corrente acumulado de janeiro a julho chegou a US$ 52,472 bilhões, 81% maior que o de igual período de 2012, US$ 28,990 bilhões. Dóís terços dessa diferença, US$ 15 bilhões, resultaram da piora da balança comercial, como ressaltou em entrevista coletiva o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel. Para chegár à diferença de cerca US$ 15 bilhões basta somar o superávit de US$ 9,930 bilhões obtido no ano passado na conta de mercadorias, nesses meses, e o déficit de US$ I 4,989 bilhões acumulado em 2013 até o mês passado. A soma desses dois valores corresponde à piora do saldo comercial de um ano para outro.

A depreciação do real, já perceptível no ano passado, foi insuficiente para elevar as vendas âo exterior e conter a ocupação crescente do mercado interno por produtores estrangeiros. Algum fator muito mais importante que o cambio deve ter prejudicado o comercio brasileiro, já com sinais de problemas nos anos anteriores.

A deterioração ocorreu dos dois lados da balança de mercadorias. De janeiro a jujho o valor exportado este ano, US$ 135,231 bilhões, foi 2,16% menor que o de um ano antes. O valor importado, US$ 140,220 bilhões, foi, no entanto, 9,3% maior que o de janeiro a julho de 2012. O quadro pareceria melhor se fossem descontadas as compras de combustíveis realizadas no ano passado e só registradas este ano. Mas seria preciso corrigir para menos o saldo comercial do ano anterior, US$ 19,415 bilhões.

De toda forma, o quadro seria ruim, como continuou sendo até a terceira semana deste mês. Incorporado esse período, o déficit no comércio de bens fica um pouco menor, US$ 4,686 bilhões. As exportações, US$ 46,693bilhões, continuam menores que as de um ano antes (1,6%) e as importações, bem maiores (10,4%), com base na comparação das médias diárias.

Só em parte esses números são explicáveis pela crise internacional e pela depreciação das commodities. A piora do comércio exterior brasileiro começou antes da crise. No fim de 2007, a fatia dos importados no consumo nacional de produtos industriais correspondia a cerca de 17%, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Chegou a 20% no trimestre final de 2008, diminuiu em 2009, quando houve recessão e a demanda encolheu. Voltou a crescer em seguida, bateu em 20,5% no segundo trimestre de 2012 e alcançou 21,1% no período entre abril e junho deste ano.

Seria uma evolução facilmente compreensível, se o mercado brasileiro se tivesse tomado mais aberto nos últimos anos. Mas ocorreu o contrário: houve aumento de barreiras e, apesar disso, as importações cresceram - tanto de bens finais quanto de produtos intermediários. Desde 2007-2008, as importações tenderam a crescer mais velozmente que as exportações. Esse movimento só foi interrompido brevemente na recessão. Detalhe importante: até 2012, as vendas externas foram amplamente favorecidas pela valorização das commodities.

Durante esse período o governo estimulou muito mais o consumo que a produção. A maior parte do financiamento de longo prazo, sustentado em parte com transferências do Tesouro, foi destinada a poucas grandes empresas, incluídas algumas estatais e umas tantas selecionadas para ser campeãs.

O investimento público permaneceu empacado. O total investido pelo governo e por empresas em máquinas, equipamentos, construções e obras de infraestrutura ficou pouco acima de 19% do produto interno bruto (PIB) nos melhores momentos. Diminuiu em 2012 e mal entrou em recuperação neste ano. O programa de logística anunciado há um ano continua no papel, como lembrou esta semana o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. No mesmo pronunciamento ele cobrou a manutenção, além deste ano, do Reintegra, um programa remendo de compensação fiscal às empresas exportadoras.

Nesta sexta-feira, reportagem do Valor mostrou as deficiências do Porto de Paranaguá, líder na exportação de grãos e na importação de fertilizantes. Só na parte de grãos a capacidade do porto continua 30% inferior à necessária. Em alguns momentos, usuários têm de fazervaquinha para bancar pequenas manutenções, segundo um dos entrevistados.

Até o fim do ano o câmbio poderá proporcionar alguma melhora às contas externas, disse na sexta-feira Túlio Maciel. Pode ser. Mas nenhum ajuste cambial dura muito tempo quando a inflação é elevada. Os brasileiros deveriam ter apreendido esse dado elementar há muito tempo. Além disso, nenhuma taxa de câmbio substituiu até hoje, de forma segura e duradoura, a administração competente, o investimento em máquinas, equipamentos e infraestrutura, a formação de mão de obra, a produtividade e uma tributação adequada. Só o câmbio filosofal deve ter essas virtudes. Mas como encontrá-lo?

*Jornalista

Fonte: O Estado de S. Paulo

Reforma bloqueada - Merval Pereira

A discussão na Câmara sobre o projeto de reforma política mal começou e já encontra uma barreira, talvez intransponível, na defesa do PT pelo financiamento público das campanhas eleitorais, tema já rejeitado pela maioria dos partidos, especialmente o PMDB.

Com o projeto do deputado petista Henrique Fontana tendo sido derrotado, o PT agora apoia o projeto apresentado pela OAB e pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que não passa de uma variação sobre o mesmo tema do PT, isto é, está baseado na lista fechada com financiamento público.

As diferenças entre um e outro são pequenas, como veremos adiante. Já o relator da comissão formada na Câmara, deputado federal do PV Alfredo Sirkis, apresentou proposta de sistema eleitoral misto, proporcional e majoritário, esse último exercido em grandes distritos, plurinominais.

O eleitor teria dois votos, um para escolher a legenda partidária e outro para escolher um candidato local. 50% dos deputados e vereadores seriam eleitos por sistema proporcional, com voto de legenda na lista preordenada de candidaturas com 30% de participação feminina obrigatória.

Os votos de legenda são computados em todo o estado e as cadeiras divididas entre os partidos de acordo com a proporção de votos por eles recebidos. Não haveria coligações, mas os partidos poderiam formar federações nacionais, por uma legislatura, para disputar esse voto.

A outra metade dos deputados seria eleita em grandes distritos, pelo sistema nominal, majoritário, eleitos os mais votados, em ordem decrescente. Os distritos eleitorais seriam desenhados, pelo TSE com concurso técnico do IBGE, de maneira a garantir que, dentro do estado, cada um tenha aproximadamente o mesmo número de eleitores por representante eleito.

Nos estados que elegem até 10 deputados federais haveria um distrito plurinominal único (o distritão), constituído pelo próprio estado. Candidatos poderiam concorrer pela lista e pela votação nominal majoritária no seu respectivo grande distrito, mas não concorrer na disputa majoritária em mais de um distrito. Eleito o candidato tanto no distrito como na lista, seu lugar na lista seria ocupado pelo seguinte na ordem.

O projeto de Sirkis estabelece limites de gastos para doadores - tanto pessoa física quanto jurídica - bem como para candidatos e partidos, a serem fixados pela Justiça Eleitoral, devendo ser, na 1ª eleição, 40% da média de gastos para o mesmo cargo da eleição anterior.

Além das empresas privadas poderiam também contribuir as associações profissionais e as entidades da sociedade civil com recursos especificamente arrecadados para esta finalidade, entre seus membros, em período eleitoral, por coleta e conta específicas, vedado o uso de recursos públicos ou outros fundos da entidade.

Doações de pessoa jurídica só poderiam ser feitas aos partidos. A campanha seria barateada com os programas de televisão tendo restrições para que mostrem apenas o candidato e suas ideias e propostas, sem edições de apoio.

O PT, no entanto, pretende apoiar a proposta da OAB e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o mesmo que fez a campanha pela Ficha Limpa, que nada mais é que um derivativo da proposta da proposta do petista Henrique Fontana rejeitada no Congresso, baseada na lista fechada para garantir o financiamento público da campanha. A única diferença é que a eleição se daria em dois turnos.

No 1º turno, o eleitor votaria no partido ou coligação, que apresentará a proposta e uma lista de candidatos escolhida pelo voto dos filiados, com os nomes ordenados. A campanha seria focada na agenda do partido.

No 2º turno, os partidos levarão às urnas um número de candidatos que corresponda ao dobro das cadeiras conquistadas no 1º turno. O eleitor votaria no candidato com que tiver maior afinidade, independente da ordem que tiver sido definida pelo partido na fase anterior. Campanha individual é restrita ao 2º turno.

A preocupação com a proibição de pessoas jurídicas de financiar as campanhas e a viabilização do financiamento público fizeram com que o MCCE privilegiasse os partidos e não os candidatos, o que vai de encontro ao eleitorado, que não se sente representado pelos partidos.

O sistema misto proposto por Sirkis ajuda a viabilizar o fortalecimento dos partidos sem que o eleitor deixe de escolher diretamente seu candidato.

Fonte: O Globo

Detalhes da armadilha - Denise Rothenburg

A estratégia governista com o Programa Mais Médicos tem dado certo até agora. Tudo foi amarrado de forma eficiente, o que é uma solução em políticas públicas. O problema é quando a ideia é fixa, por motivos meramente eleitorais

O governo Dilma Rousseff preparou a armadilha para os críticos do Programa Mais Médicos e mais especificamente para os contrários à “importação” de profissionais cubanos. A estratégia foi amarrada a partir de lógica jurídica capaz de evitar questionamentos ao acordo com o país dos irmãos Castros. Pelo menos é que espera o governo. Mas, de certa forma, até aqui os governistas estão em vantagem.

Parte da artimanha foi descoberta logo no início pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), quando, em nota, o órgão classificou a medida como planejada “nos bastidores da cortina de fumaça do malfadado Programa Mais Médicos”. Nada foi tomado no improviso — e isso está longe de ser uma crítica ao Palácio do Planalto, afinal é tarefa de governo amarrar programas. O problema é quando a ideia é fixa, por motivos meramente eleitorais. Sobre isso, falamos mais tarde.

Antes, à Medida Provisória nº 621/13. O texto foi preparado por funcionários dos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores. Foram eles que traçaram as linhas básicas da medida, interpretada como um texto-bomba por causa das controvérsias, incluindo a não revalidação dos diplomas nas universidades. Aqui, uma explicação à parte. Não incluir o Revalida na lei a ser confirmada foi uma ação para evitar confrontos maiores com as entidades de classe brasileiras, afinal, caso os médicos estrangeiros fossem aprovados, poderiam reivindicar de imediato o diploma por aqui.

Essa será a cartada usada pelo governo para, no futuro, justificar a não inclusão do exame para os médicos cubanos, por exemplo. Sem possibilidade de revalidação do diploma em universidades brasileiras, o estrangeiro só poderá permanecer no país por três anos, prorrogáveis por mais três — pelo menos é o que está na lei, que trata o acordo como um intercâmbio, algo singelo. Aqui vale qualquer ilação sobre a possibilidade de os cubanos pedirem asilo ao fim do prazo. Mas será uma ilação.

Ao anunciar a MP, Dilma jogou uma isca. A ação inicial de entidades médicas foi questionar a MP no Supremo Tribunal Federal (STF). No fim do mês passado, ao validar o programa e desconsiderar o pedido de liminar da Associação Médica Brasileira (AMB), o vice-presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, disse que é comprovada a carência de médicos no país. “Vê-se, pois, que o ato impugnado configura uma política pública da maior importância social, sobretudo ante a comprovada carência de recursos humanos na área médica no âmbito do Sistema Único de Saúde.”

Tempo
A decisão de Lewandowski precisa ser confirmada pelo plenário do Supremo, mas deu tempo ao governo de anunciar o que já estava planejado há mais tempo: a contratação, por um prazo de três anos, dos médicos cubanos. A dificuldade de preencher as vagas por outros profissionais estrangeiros apenas reforçou a necessidade de trazer os cubanos, a ação principal do governo até agora.

A marca
Em 17 de julho, escrevi neste Correio que, com o Programa Mais Médicos, assessores do Planalto comemoravam que Dilma Rousseff finalmente havia encontrado a marca própria do governo. A estratégia apenas foi reforçada com a “importação” dos cubanos a partir de contrato com o país dos irmãos Castro, depois das dificuldades nas inscrições iniciais de brasileiros e estrangeiros.

Engana-se quem pensa que a controvérsia em torno da medida assusta Dilma. Quanto mais barulho melhor. A guerra entre os defensores e os críticos apenas cola a marca do Mais Médicos na petista, assim como o Bolsa Família está vinculado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se o Mais Médicos não for derrubado na Justiça e conseguir se concretizar, Dilma vai bater bumbo na campanha eleitoral. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também estará na banda.

Fonte: Correio Brasiliense

'Easy Rider' - Fernando Rodrigues

A escapadela de Dilma Rousseff na garupa de uma moto Harley-Davidson pelas ruas da capital da República fez mais pela humanização da petista do que todas as outras tentativas em propagandas e discursos oficiais gravados com câmeras e efeitos de cinema. Quem nunca pensou no meio da rotina diária em dar uma fugida, fazer algo fora da caixinha?

O curioso é que Dilma reagiu mal à notícia desencavada por Valdo Cruz e Andréia Sadi, na Folha de ontem. A presidente teria ficado irritada com a indiscrição do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), a fonte da informação. Para sorte da petista, esses seus acessos de mau humor não são vistos pelo público.

É comum em Brasília trombar com políticos, ministros e autoridades passeando no Parque da Cidade, na região central, no shopping, no supermercado ou no cinema. É claro que a presidente também pode e deve socializar mais, apesar das dificuldades inerentes ao cargo.

Em Nova York, o prefeito e milionário Michael Bloomberg já foi ao trabalho usando o metrô. O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, dirigiu um táxi recentemente --embora alguns passageiros tenham sido selecionados para a ocasião.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello pilota uma moto Kawasaki de 1.500 cilindradas. O ex-presidente Itamar Franco (1930-2011) usava um Fusca para passear com a namorada. Há muitos outros exemplos. As autoridades fazem bem quando se deixam ver como são pelos brasileiros.

No caso de Dilma, o que mais se ouve de sua rotina é sobre sua dureza no trato e a tendência a ficar reclusa no Alvorada. Sair do conforto palaciano sem uma comitiva atrás é bom para a petista, mas também para a administração que ela conduz. Afinal, o Brasil real está nas ruas. É útil a presidente vê-lo da garupa de uma moto, e não de dentro de um carro blindado e com ar-condicionado.

Fonte: Folha de S. Paulo

Panorama Político - Ilimar Franco

Vem aí a Central de Compras
O governo está para anunciar a criação da Central de Compras. Sua tarefa: promover uma única licitação para a aquisição de itens comuns para todos os ministérios. A ideia é comprar, no atacado, softwares, passagens aéreas, serviços terceirizados, computadores etc. Isso evitaria preços diferenciados em licitações. A Central terá regras de incentivo às empresas nacionais e antimonopólio.

Hora do recreio
Um dia após a coletiva, ocorrida em 13 de agosto, dos ministros Antonio Patriota (Brasil) e John Kerry (EUA), em debate na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, Vanderlei Macris (PSDB-SP) sentenciou que a diferença de altura entre ambos era sinônimo da subserviência diante dos Estados Unidos. Presente, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) protestou. Bem humorado, ironizou: "Não tenho procuração para defender os baixinhos, mas altura não é sinônimo de caráter". Enquanto isso, como se fosse um gaiato, Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) repetia em voz alta a palavra de ordem: "Baixinhos unidos, jamais serão vencidos". Risadas ruidosas na sala.

"Os grandes partidos articulam para 2014 como se não tivesse acontecido nada de junho para cá. Esse 'ouvir o clamor das ruas' parece ser só de boca pra fora"
Chico Alencar
Deputado federal (Psol-RJ)

Lição de vida
O Planalto não vê com bons olhos a criação de CPIs. Nem a da Siemens. A experiência indica que o trabalho dessas comissões não se volta contra cargos menores, como governos estaduais, vai é para cima do governo federal.

Dinheiro da China
Os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento) começam segunda-feira um roteiro de três dias de reuniões com empresas e integrantes do governo da China. Eles foram atrás de investimentos para as concessões de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias que estão prestes a serem licitadas.

Renan Calheiros x Henrique Alves
Na votação dos vetos, o entendimento do Senado, pelo qual os senadores definiriam a preferência, foi rejeitado pela Câmara. Os deputados adotaram um critério próprio, o de apreciar apenas os vetos que tranquem a pauta da Casa.

O clima de hoje na Bahia
Na pesquisa Ibope (17 a 21) no quarto maior colégio eleitoral do país a presidente Dilma lidera, com 40%; seguida de Marina Silva, 23%; Aécio Neves, 11%; e Eduardo Campos, 4%. Para o governo, Geddel Vieira Lima lidera na faixa dos 30%. Ele só perde a dianteira para o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o ex-governador Paulo Souto. Lídice da Mata está em segundo, oscilando entre 13% e 18%.

Eles já são mais de 4 milhões
Reunido em Londres, com a comunidade de brasileiros que vive no exterior, o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) adotou suas teses: criar a Secretaria Nacional do Emigrante, eleger deputados e votar para a Câmara e o Senado.

CPI confirmada
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) informou que a coleta de assinaturas para criar a CPI da Siemens começou na quinta-feira. Explicou que a demora ocorreu para dar mais tempo para negociar a presença do Senado nas investigações.

O PDT, em congresso neste fim de semana, avalia que é factível eleger uma bancada de 40 deputados federais nas eleições de 2014.

Fonte: O Globo

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo

O jogo é pesado
O Banco Central (BC) joga pesado para estabilizar o dólar. A alta desenfreada da moeda norte-americana, caso tenha realmente impacto na inflação, seria uma ameaça para a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Obrigaria o BC a elevar ainda mais a taxa de juros para segurar os preços. Consequências: recessão e desemprego. É a fórmula para perder a eleição.

É balela a conversa de que o dólar alto é bom para a indústria brasileira, que pode flutuar à vontade, que não tem problema. Tanto que o BC anunciou, na quinta-feira, a realização de leilões diários no mercado futuro, até dezembro, para segurar o ataque especulativo de investidores. De segunda a quinta-feira, oferecerá US$ 500 milhões em operações de derivativos; na sexta, dará até US$ 1 bilhão de linhas externas.

A estratégia funciona: o dólar caiu mais de 3% ontem, maior queda diária em quase dois anos, recuando para o patamar de R$ 2,35. A fórmula é parecida com a adotada em outras ocasiões. Em 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso, durante a crise Argentina, o dólar custava R$ 2,47. O BC vendeu US$ 50 milhões por dia, até o fim daquele ano. Em julho de 2002, o dólar chegou a R$ 3. O BC retirou das reservas internacionais US$ 8 bilhões. As reservas baixaram para US$ 15 bilhões.

Reservas
A situação é bem melhor que a do final do governo de FHC. O Brasil tem US$ 377,5 bilhões em reservas internacionais. O BC pode ganhar a queda de braços colocando na roleta US$ 3 bilhões por semana, sem mexer nas reservas internacionais, com operações no mercado futuro ou compromisso de recompra dos dólares. A oposição vai ter que pagar para ver.

Cubanos// O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) entraram ontem com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra o Programa Mais Médicos. Argumentam que medida provisória não é o instrumento jurídico adequado para o pedido de urgência de implantação do programa.

Compromisso
O deputado José Antonio Reguffe (PDT-DF) apresentou proposta complementar ao chamado Orçamento Impositivo, que torna obrigatória a execução das emendas parlamentares. Quer que os deputados e senadores tenham que registrar na campanha eleitoral para onde vão destinar suas emendas. A Justiça Eleitoral publicaria no seu site e o eleitor teria uma garantia legal de que o compromisso assumido seria efetivamente cumprido.

Contra a seca
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou que os estados do Nordeste receberão mais recursos para combater a seca: R$ 750 milhões

Sorteio/O governador da Bahia, Jaques Wagner, inaugura hoje, na Costa do Sauípe (litoral norte do estado), o Centro de Convenções Arena Sauípe. O local foi escolhido para o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, marcado para 6 de dezembro. Foram investidos no empreendimento, pela iniciativa privada, R$ 13,7 milhões.

Diplomacia/ Para celebrar o Dia da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, os diplomatas da região farão uma caminhada, hoje pela manhã, no Parque da Cidade. A SADC é um organismo intergovernamental representado no Brasil por 10 países: África do Sul, Namíbia, Moçambique, Angola, Botswana, Zimbabwe, Zâmbia, Maláui, Tanzânia e República Democrática do Congo.

Vacinação/O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participa hoje, em Brasília, do Dia D de Mobilização, que marca o início da campanha nacional para atualizar a caderneta de vacinação das crianças com menos de 5 anos.

Brutus
O senador Alvaro Dias), do PSDB-PR, resolveu lançar sua candidatura às prévias do PSDB para escolha do nome da legenda que concorrerá à Presidência da República. Argumenta que vai qualificar o debate. Reivindicada pelo ex-governador José Serra, que ameaçava deixar a legenda e entrar na disputa pelo PPS, as prévias foram aceitas pelo senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, mas a cúpula tucana ainda não bateu o martelo. Muitos consideram a consulta inviável.

Professores
O Projeto de Lei nº 322/2008, de autoria do senador Cristovam Buarque, do PDT-DF, que assegura aos professores concursados das redes públicas de educação básica acesso a curso superior de pedagogia e outras licenciaturas, sem necessidade de exame vestibular, foi aprovado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Com parecer favorável do deputado federal Newton Lima (PT-SP), falta apenas uma votação na Comissão de Constituição e Justiça para o termo terminativo.

Talião
O deputado estadual Enio Tatto (PT) resolveu apresentar à Assembleia Legislativa de São Paulo uma proposta de orçamento impositivo, nos mesmos moldes do projeto que está dando dor de cabeça à presidente Dilma Rousseff no Congresso. Parece contradição, mas não é. Boa parte da bancada federal do PT também quer o orçamento impositivo em nível federal.

Fonte: Correio Braziliense