quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Alckmin oferece vice ao PSB para segurar aliado

Governador tenta evitar que prevaleça veto de Marina à coligação

Gustavo Uribe

SÃO PAULO — O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sinalizou nesta quarta-feira que, se o PSB apoiar sua candidatura à reeleição, o partido do governador Eduardo Campos terá garantida a vaga de candidato a vice ou de senador na chapa tucana. O aceno de Alckmin, que deve ser formalizado em encontro neste primeiro trimestre com Campos, foi feito em reunião com o vice-presidente do PSB em São Paulo, Jonas Donizete, na capital paulista. A reunião ocorreu dias após a ex-senadora Marina Silva ter vetado a aliança do PSB com o PSDB em São Paulo.

Na reunião desta quarta-feira, o tucano voltou a elogiar a ex-ministra do Meio Ambiente e ressaltou que a candidatura de Campos à sucessão presidencial é importante para o debate eleitoral. Num esforço para acalmar os ânimos dos tucanos de São Paulo, preocupados com o possível desembarque do PSB do projeto da reeleição de Alckmin, Donizete, que também é prefeito de Campinas, afirmou no encontro que a proposta de lançar uma candidatura própria é minoritária no partido. Ele disse que as negociações sobre um possível apoio à reeleição do tucano não foram interrompidas.

Donizete, aliado de Alckmin no interior do estado, foi escalado por Campos para atuar como um dos interlocutores do partido nas negociações em torno de uma possível aliança com o PSDB em São Paulo.

Rede resiste em apoiar PSDB
Segundo tucanos, após a divulgação da resistência de Marina a uma aliança com o PSDB, o prefeito de Campinas telefonou para Alckmin e negou que o PSB tenha decidido romper com o partido em São Paulo. O PSB comanda uma secretaria de estado e tem cargos em estatal. Para o governador de São Paulo, o PSB é um dos aliados mais importantes para a coligação nas eleições deste ano. A ala paulista do PSB, liderada pelo deputado federal Márcio França, quer manter a aliança, mas espera do governador uma proposta concreta sobre o espaço que a sigla teria na coligação.

Na segunda-feira, assim como nesta quarta-feira, o governador de São Paulo fez questão de elogiar publicamente Marina, em um gesto para tentar salvar a aliança com o PSB. Além de São Paulo, a Rede, liderada por Marina e abrigada no PSB, tem demonstrado resistência em apoiar os tucanos em estados como Paraná, Minas Gerais, Piauí, Ceará e Pará.

Em Minas, a direção estadual do PSB, que integra o primeiro escalão do governo do tucano Antonio Anastasia, vinha costurando um acordo em torno de uma candidatura do PSDB. No entanto, a Rede defende um nome próprio. Para evitar uma ruptura, o PSB começou a defender o nome do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, uma alternativa para que as siglas caminhem juntas em âmbito estadual.

Fonte: O Globo

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