quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Brasília-DF -Denise Rothenburg

Distância regulamentar
Ciente da inevitável confusão que acontecerá entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal por causa do debate sobre a forma de financiamento das campanhas eleitorais — público ou privado —, a presidente Dilma Rousseff determinou aos ministros que fiquem longe desse vespeiro ao longo de 2014.
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Já seriam suficientes, na visão da presidente, os problemas que o governo tem para além desse tema. Se houver alguma interferência, será muito sutil, restrita aos bastidores.
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Dilma sabe que o PT defende a bandeira do financiamento público. Ela própria, após as manifestações de junho, pregou a necessidade de uma reforma política. Poderia até capitalizar algo se o financiamento público for aprovado pelo STF. Mas para que arriscar?

Sempre ela
A presidente Dilma acompanhará com lupa os índices econômicos. Como em todas as eleições anteriores, ela sabe que são eles que definirão os rumos da disputa de outubro. Com renda e empregos garantidos, acredita ela, os brasileiros teriam poucas razões para mudança.

Medida preventiva
Piada maldosa que circula em Brasília: para evitar o rebaixamento do grau de investimento brasileiro pelas agências internacionais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, planeja contratar o advogado do Fluminense, clube que se manteve na Série A após decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Eu?
Por falar em piada, dia desses, um senador ilustre foi provocado por um assessor, que deseja medir o nível de preocupação do parlamentar com a prisão da cafetina Jeane Mary Corner e um possível vazamento de nomes de clientes: "Pare com isso, você sabe que eu me regenerei", disse o político. Ah, bom!

Mamãe Noel
O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), reclamou da decisão do governo de aumentar de 0,38% para 6,38% o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os viajantes que sacarem moeda estrangeira ou usarem cartões de débito no exterior. "Esse foi o presente de Natal de Dilma para os brasileiros." Em tempo: Agripino passa o réveillon nos Estados Unidos.

Descabelado/ Até o momento, não há pressão de senadores para seguir o exemplo da Câmara e reajustar o valor do cotão — verba destinada a custear passagens aéreas, alimentação e escritórios de representação nos estados. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não quer saber de mais dor de cabeça depois da saga aérea que protagonizou com dinheiro público para fazer um transplante capilar.

Só por uns tempos/ Eduardo Campos tem perguntado a pessoas próximas que moram em Brasília qual a opinião sobre a cidade. Ele reconhece que um dos maiores problemas da capital federal é a falta de praia. Questionado como fará se for eleito presidente e obrigado a morar no Palácio da Alvorada, ele diz: "É só por uns tempos".

Banzo/ Em 2005, no auge da crise do mensalão, o então ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, depunha no Conselho de Ética da Câmara como testemunha do governo no episódio. De repente, um grupo de parlamentares da oposição tumultuou a sessão para pedir a convocação do chefe da Casa Civil, José Dirceu. Jornalistas indagaram se Campos, deputado federal licenciado, estava com saudades do parlamento: "Saudades eu tenho é de Porto de Galinhas", famosa praia do litoral pernambucano.

Fonte Correio Braziliense

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