Cúpula do PMDB almoçou no Rio de Janeiro, onde tratou de eleições
Juliana Castro
RIO - A cúpula do PMDB, em reunião na tarde desta segunda-feira no Palácio Guanabara, confirmou a candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão à sucessão estadual, mas flexibilizou a candidatura do governador Sérgio Cabral ao Senado. O objetivo é manter a aliança com o PT. De acordo com o presidente estadual da legenda, Jorge Picciani, Cabral pode abrir mão da disputa pela vaga.
- A candidatura já definida é a do Pezão. O governador Sérgio Cabral, como líder do partido, colocou o nome à disposição para a disputa do Senado. Mas ele tem colocado internamente que a prioridade é a eleição para o governo e a manutenção da parceria nacional e estadual entre PT e PMDB. Portanto, ele abre a possibilidade (de não se candidatar ao Senado), por mais que tenha um esforço de seus companheiros - disse Picciani
Participaram da reunião o governador Sérgio Cabral e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o vice-presidente da República Michel Temer, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp, o prefeito Eduardo Paes, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani e o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha. O ministro Moreira Franco (Aviação Civil) foi convidado, mas não compareceu.
Participaram ainda do almoço o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Melo, o deputado federal Leonardo Picciani, o secretário municipal de Governo, Rodrigo Betlhem, e Marco Antonio Cabral, filho do governador.
O Rio tem sido o epicentro da tensão que ronda as articulações entre os aliados PT e PMDB nos estados.
Os peemedebistas insistem no nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão para a sucessão ao Palácio Guanabara. Pezão deve assumir o governo a partir de abril, já que Cabral declarou que sai do cargo no dia 31 de março para concorrer ao Senado.
O PT, por sua vez, quer lançar o senador Lindbergh Farias ao governo, o que desde o início despertou a ira dos peemedebistas, que dizem ter prioridade na aliança no Rio por estarem no comando do estado há sete anos e ter ainda a prefeitura da capital. Os petistas já estiveram próximos de desembarcar do governo Cabral em diversas ocasiões. Na última vez, a saída seria definida em uma reunião do diretório, mas o assunto foi retirado de pauta depois que o ex-presidente Lula ligou para Lindbergh.
Fonte: O Globo
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