quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Aécio diz que PT parece ‘um partido à beira de um ataque de nervos’

Senador tucano diz que sua boa formação o impede de rebater no mesmo tom o ‘palavreado’ de Dilma Rousseff

Júnia Gama

BRASÍLIA - O senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) rebateu nesta terça-feira críticas de petistas no evento realizado na noite de ontem, de aniversário do PT. Para Aécio, o PT teria utilizado a ocasião para, ao invés de fazer um evento partidário, atacar seus adversários. O senador afirmou que o presidente do PT, Rui Falcão, deveria ter usado seu discurso para falar sobre a crise energética, os direitos trabalhistas dos médicos cubanos e o estado da Petrobras.

- O PT usou o evento ontem pra fazer uma patética sucessão de neologismos desencontrados que remontam aos gloriosos tempos dos aloprados. Depois devem vir na sequência mais dossiês fajutos. O PT pareceu protagonizar um filme de Almodóvar, "um partido à beira de um ataque de nervos". Quanto ao palavreado da presidente Dilma, minha boa formação mineira me impede de rebater no mesmo tom - disse o senador.

Aécio participou hoje de reunião da Executiva do PSDB, em que foi aprovada resolução que prevê a possibilidade de intervenção nos diretórios regionais do partido para garantir um alinhamento com o projeto nacional e garantir apoio ao palanque para sua candidatura à presidência da República. De acordo com o tucano, essa é a prioridade do PSDB e a intervenção poderá acontecer “vários locais”.

- Tomamos uma decisão hoje por unanimidade de que todos os entendimentos estaduais, para serem validados, terão de passar pela Executiva nacional. Onde houver candidato ao governo, a questão já está resolvida, mas onde não houver, a coligação tem que preservar o partido localmente, mas não pode ser contraditória com o interesse nacional, que é a prioridade do PSDB - afirmou Aécio.

O tucano admitiu que poderá dividir palanques em alguns estados com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também pré-candidato à presidência da República. Segundo Aécio, essa situação seria "natural" decorrente de um entendimento de longa data entre ambos.

- Isso (dividir palanque com Eduardo Campos) vai acontecer naturalmente em vários lugares. Por exemplo, em Minas Gerais, há uma naturalidade, um entendimento que existe há mais de dez anos entre os dois partidos. A violência seria outra, se em Minas fôssemos por outro caminho - afirmou.

Fonte: O Globo

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