terça-feira, 22 de abril de 2014

Brasília-DF: Denise Rothenburg

- Correio Braziliense

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), aproveitará a Executiva Nacional do partido hoje para apresentar-se como pré-candidato ao Planalto. Não que seja uma notícia desconhecida. mas a intenção é marcar um fato político, a exemplo do que fizeram Eduardo Campos e Marina Silva na semana passada.
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Marina e Eduardo, contudo, ratificaram a aliança, tendo a ex-senadora como vice. Aécio ainda está em busca de um companheiro (ou companheira) de chapa. Dois nomes surgem como opção: Mara Gabrilli (PSDB-SP) e a ex-presidente do STF, Ellen Gracie.
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Chamou a atenção a desenvoltura com que Mara comportou-se durante audiência, há duas semanas, pressionando o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho. Segundo interlocutores do partido, ela começou a se inteirar mais dos assuntos nacionais. Por outro lado, Gracie teria a vantagem de já ter presidido o STF, o que lhe confere mais experiência institucional se comparada com a deputada tucana.

Lavo as mãos
Os tucanos não querem saber de defender o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), cujo pedido de suspensão está parado há sete meses na Mesa Diretora da Câmara. Os petistas tentam atrelar Leréia a André Vargas (PT-PR). O primeiro mantinha relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e, o segundo, com o doleiro Alberto Youssef. Por via das dúvidas, o PSDB já rifou Lereia.

Relações aéreas
Durante depoimento de Nestor Cerveró na Câmara, o deputado Amaury Teixeira (PT-BA) preocupava-se com o adiantado da hora. Temia que Cerveró perdesse o voo de volta para o Rio de Janeiro. “Tem problema não. Se ele perder, pede um jatinho para o Alberto Youssef”, provocou o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). O doleiro, preso na Operação Lava-Jato, emprestou uma aeronave para André Vargas passar as férias no Nordeste.

Check-in
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem intensificado as conversas no Instituto Lula. Dias atrás chamou um parlamentar ligado ao setor produtivo para saber o que o empresariado pensa do governo Dilma. Lula não quer saber de avaliações individuais. Procura sempre uma análise macro, sem dizer se pretende ou não candidatar-se novamente.

Mudar para quê?
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) considera um equívoco a pressão de setores do PT que defendem o movimento Volta Lula. “Não por conta do presidente Lula, que é uma grande liderança. Mas a presidente Dilma é a presidente da República, é candidata à reeleição e está fazendo um governo que está dando respostas à população brasileira. Por quê tem que mudar?”, questiona.

Fim de ciclo
O pré-candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, não acredita que a população votará em Dilma só por causa de Lula, como ocorreu em 2010. “Essa eleição marca o fim de um ciclo. As pessoas votam em vereador e deputado estadual por recomendação de alguém. Para presidente, elas vão votar em um nome que trará mudanças para o país”, declarou.

Segurança/ Aécio tem dito que a presença de Fernando Henrique Cardoso na campanha serve como um lastro moral e administrativo. “Ao vê-lo, as pessoas se recordam de alguém que sabe montar uma boa equipe.”

Herança maldita/ Para o senador tucano, nas pesquisas qualitativas que o PSDB tem feito, ninguém remete a imagem de FHC ao apagão, por exemplo, algo que o PT sempre procurou fazer. “Além disso, os eleitores votarão no futuro, não no passado”, aposta o tucano, descartando qualquer análise de que FHC tiraria votos pela rejeição com a qual encerrou o mandato.

Eternamente/ Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), lembra que o ex-presidente jamais esteve de fora das campanhas tucanas para presidente. “Mesmo quando nós, do PSDB, mudávamos o assunto, o PT fazia questão de ressuscitar Fernando Henrique e colocá-lo novamente no centro do debate”, reforçou Aloysio.

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