terça-feira, 6 de maio de 2014

Aécio ironiza a "imaginação" de Dilma

Juliana Cipriani – Correio Braziliense

O senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, ironizou ontem a postura da presidente Dilma Rousseff (PT) em relação às sucessivas denúncias contra a Petrobras e negou que os tucanos tenham intenção de privatizar a estatal. Ao falar para integrantes do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical (Sindnapi) em São Paulo, Aécio comparou Dilma a uma criança. "Vocês se lembram daquelas crianças que criavam um amigo imaginário e saíam conversando com ele? A presidente agora está criando o inimigo imaginário, e começa a brigar com ele", afirmou.

O presidenciável criticou a fala da petista, que no, fim de semana, disse que não permitirá a privatização da Petrobras. "Quem está falando em privatizar a Petrobras? O que eu quero é reestatizar a Petrobras porque ela foi privatizada pelos interesses escusos de um grupo político que dela se apoderou para fazer negócios", afirmou Aécio. Com a intensificação da crise da estatal, integrantes do governo têm pregado que os ataques seriam uma estratégia da oposição para enfraquecer e desvalorizar a empresa, preparando o terreno para uma futura privatização.

O tucano voltou a reclamar dos anúncios feitos pela presidente Dilma durante o pronunciamento à nação pelo Dia do Trabalho e anunciou que apresentará um projeto de lei para corrigir a tabela do Imposto de Renda nos próximos cinco anos pelo índice que mede a inflação (IPCA). Aécio disse que a correção do tributo, anunciada por Dilma, não pode ser moeda eleitoral. "Vamos parar com essa mania de querer fazer bondade pela metade."

O mesmo se aplica, segundo o tucano, ao salário mínimo. Para o pré-candidato, o aumento real não pode ser uma arma usada em toda véspera eleitoral. "Por isso, o projeto assinado pelo Paulinho (Paulinho da Força) e pelo líder do meu partido, deputado Antonio Imbassahy, que garante até 2019 a correção real do salário mínimo, terá o nosso apoio e espero que seja aprovado na Câmara e no Senado o mais rapidamente possível", garantiu.

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