terça-feira, 13 de maio de 2014

Brasília-DF - Denise Rothenburg

O PMDB, o encontro e a oposição
A menos de um mês da convenção do PMDB para, em tese, reafirmar a aliança com o PT, o partido tem um encontro esta semana que, fatalmente, insuflará a busca de alternativas a esse projeto. Isso porque até aqui os únicos contentes com a aliança são o grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), capitaneado pelo ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), e o vice-presidente da República, Michel Temer.
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As insatisfações estão diretamente relacionadas ao incômodo na maioria das composições estaduais, onde PT e PMDB estarão em palanques opostos. E também no plano nacional, em especial a bancada da Câmara, que não se sente parceira do governo Dilma. A sensação entre os deputados é a de que o PT, embora queira o apoio do PMDB, gostaria de ver o partido de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) bastante reduzido. E, como diz o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), "você pode pedir a um político tudo. Menos o suicídio".

E as emendas ó...
Os deputados da base aliada estão à beira de um ataque de nervos. No ano passado, eles "venderam" aos prefeitos a ideia do Orçamento Impositivo para garantir as verbas que eles indicam nas previsões de gastos do governo, as tais emendas individuais. Ocorre que a maioria dessas emendas não saiu do papel e o prazo fatal para liberação está logo ali, junho. Ou seja, agora, só depois da eleição.

$$$
Perguntei a alguns deputados o preço de uma campanha para deputado federal em São Paulo. Aqueles que falam em "on" mencionam de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões. No off, ou seja, bastidores, citam R$ 10 milhões. Olha o risco de caixa dois aí, gente!

Melhor de três
A presidente Dilma analisa uma lista com os nomes de Pepe Vargas, Henrique Fontana e José Guimarães para o cargo de líder do governo. Fontana está interino e a tendência da presidente, segundo os congressistas, é optar por Pepe Vargas, da Democracia Socialista, uma das alas mais radicais do PT. Assim, vai ficar difícil amansar a base.

Cid e Ciro na área
Assessores do governador do Ceará, Cid Gomes, desembarcaram ontem em Brasília para anunciar que ele chega ainda hoje junto com o irmão, o ex-deputado Ciro Gomes, para uma conversa olho-no-olho com a cúpula do partido. Cid quer o controle do Pros no estado e a manutenção do ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira. Antes de embarcar, porém, ele recebe Dilma em Juazeiro. No restante da visita presidencial ao estado, o cicerone será o vice-governador, Domingos Filho.

Por onde anda/ Depois de ser demitido pelo Conselho Nacional do Ministério Público, Leonardo Bandarra (foto) está dando um tempo da vida pública. O ex-promotor, aquele chamuscado pela operação Caixa de Pandora, se dedica desde então a aulas de saxofone.

Aposta/ O senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, calcula que a CPI da Petrobras a ser instalada apenas no Senado vai "morrer de morte morrida". A ordem da oposição é centrar fogo na CPI Mista.

Aulão do PCdoB/ Em meio às CPIs da Petrobras e à onda de denúncias que toma conta do ambiente político, o PCdoB fará uma série de encontros para ver se qualifica o debate. O primeiro tema a ser abordado é a geração de empregos.

Lula na área/ O ex-presidente Lula vai aproveitar a abertura do Congresso dos Diários do Interior do Brasil hoje à noite em Brasília para dar seus recados políticos. Ele, que já se referiu à imprensa como o maior partido de oposição, promete voltar à carga.

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