sexta-feira, 16 de maio de 2014

Brasília-DF - Denise Rothenburg

- Correio Braziliense

O que mais preocupa
Depois de uma conversa com a presidente Dilma Rousseff, antes da solenidade de lançamento do programa Trabalho decente, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), saiu declarando que o mais preocupante no momento, diante da onda de manifestações, é a greve de policiais, como a que acabou ontem em Pernambuco. "Já vimos esse filme. Isso tem que ser tratado", diz Renan, que já foi ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso e acompanhou de perto esse drama. A ordem é trabalhar para que os movimentos não ganhem força nesses dias que antecedem a Copa da Fifa.
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Em tempo: No caso das manifestações no Rio de Janeiro, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, atribuiu os protestos na cidade, a encomenda de "marginais, inclusive candidatos a mandatos eletivos". Não citou nomes.

Embalado por Lula
O discurso do ex-presidente Lula contra a imprensa foi repetido ontem dentro do Palácio do Planalto. Calma, pessoal! Foi pelo presidente da CUT, Vagner Freitas: "Marco regulatório da mídia é necessário para termos informação e não essa mídia conservadora e burguesa". Foi o único a tratar do assunto. A presidente Dilma, seus ministros e os demais oradores se limitaram ao tema do evento, o lançamento do compromisso entre trabalhadores e empresários para o "trabalho decente" durante a Copa.

A tartaruga e a lebre
A estratégia do governo agora é correr com as apurações a CPI da Petrobras do Senado, aquela composta por governistas. Assim, quando a CPI Mista, com a participação de deputados e senadores, for instalada, os governistas dirão que o trabalho já está pelo meio do caminho. E como o recesso está logo ali, a aposta é que a outra CPI, que só sai do papel em duas semanas, avançará a passos de tartaruga. A oposição, entretanto, acredita no final da fábula, em que a tartaruga leva a melhor.

Diálogo
Os senadores e deputados aliados ao governo Dilma e que apoiam a reeleição da presidente vão defender que ela faça encontros com pequenos grupos de parlamentares da mesma forma que tem reunido jornalistas. Assim, acham que ela ainda pode conquistar alguns. Afinal, o que os políticos mais reclamam é a falta de diálogo com o Planalto.

CURTIDAS
Momento celebridade/ O governador Agnelo Queiroz (PT) era só alegria ontem à tarde no Planalto. Isso porque os sindicalistas ligados à CUT, que lotaram o salão do segundo andar, fizeram fila para tirar foto com ele.

Momento de reflexão/ O Carpe Diem será palco hoje, a partir das 18h30, do lançamento de dois livros que valem o tempo: Por que o Brasil cresce pouco? Desigualdade, democracia e baixo crescimento no país do futuro, do economista e consultor do Senado, Marcos Mendes; e, ainda, Energia Elétrica a caminho do estrangulamento, escrito a seis mãos pelos consultores Raul Velloso, Paulo Springer e Omar Abbud.

Gostou e vai repetir/ O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos saiu animadíssimo do jantar com os peemedebistas ontem na casa do senador Jarbas Vasconcelos. Agora, que inclusive já fechou acordo com o PMDB gaúcho, buscará outros estados. Será ele e Aécio Neves em busca de fatias do PMDB.

Por falar em PMDB.../ Renan Calheiros  relatou à presidente Dilma Rousseff que a reunião da Executiva do partido foi muito positiva. Nem tanto, mestre. Nem tanto. Como definiu o ex-deputado Genebaldo Correia: "Não vai decidir nada e todo mundo vai sair do mesmo jeito que entrou". Dito e feito.

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