quarta-feira, 28 de maio de 2014

Brasília-DF - Denise Rothenburg

- Correio Braziliense

A hora dos municípios
A presidente Dilma Rousseff chamou os representantes das entidades que congregam os municípios para uma reunião ainda hoje em Brasília. Sinal de que algum alento virá. Não está descartado sequer um percentual a mais dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Nem que seja parcelado. Estão todos esperançosos. Afinal, se ela chamou a turma para Brasília, não será para dizer um "não" bem sonoro na cara de ninguém. Bastaria ficar quieta, como fez na Marcha dos Prefeitos.
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Em tempo: a ponte com os municípios foi feita depois que os senadores do PMDB, na reunião com Lula, reclamaram que as administrações municipais estão quebradas e precisam de ajuda federal. Dilma poderá dizer aos prefeitos que não foi à marcha porque ainda não tinha clareza das contas, e que feitos os cálculos pode dar algum alento com mais segurança. De quebra, pretende ainda amortecer o efeito dos discursos de Aécio Neves e Eduardo Campos na marcha, ambos aplaudidíssimos pelos quase 4 mil prefeitos que estiveram em Brasília há duas semanas.

Se deu certo com Arruda...
...Pode dar com André. Ao pedir o mandato de André Vargas (sem partido-PR), o PT tenta fazer com ele escape da cassação e, assim, não fique inelegível, podendo tentar algum mandato eletivo mais à frente, se a Justiça não lhe condenar a nada. O mesmo ocorreu com o ex-governador do DF José Roberto Arruda nos tempos da Caixa de Pandora. O DEM pediu o mandato de governador, ele saiu e agora planeja ser candidato novamente.

Temer e Requião
O vice-presidente Michel Temer planeja ajudar o senador Roberto Requião (PMDB-PR) a promover a candidatura própria do partido no Paraná. Assim, afasta a legenda do governador Beto Richa (PSDB) e, de quebra, tenta garantir mais uns votos em favor da aliança com a presidente Dilma Rousseff.

Mergulhou
O ex-deputado Valdemar Costa Neto se recolheu depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa suspendeu a licença para trabalho externo. Agora quem está mandando de fato no PR é o senador Alfredo Nascimento, do Amazonas. Há quem acrescente a isso um "por enquanto".

A CPI que vai valer
Os deputados acreditam que a CPI da Petrobras do Senado morre em dois tempos, depois de instalada hoje a CPI Mista, com a participação de deputados e senadores. O difícil é ela funcionar. Os senadores só vão trabalhar na próxima semana. Depois, vem aquele período devagar quase parando da Copa do Mundo.

A vida dá voltas I/ Muitos jovens custaram a reconhecer aquele senhor de cabelos pretos, sentado à Mesa Diretora do Senado na solenidade que marcou o centenário de irmã Dulce. Era o ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá. Em 2007, ele foi condenado pela Justiça à prisão por crimes contra o sistema financeiro. Hoje, é presidente do conselho de administração das obras sociais de irmã Dulce. Que coisa!

A vida dá voltas II/ Ele estava ao lado da superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, que discursou no plenário. No fim, Maria Rita queria entregar uma lembrança do centenário à presidente Dilma Rousseff. Não conseguiu por causa de dificuldades de agenda de Dilma, mas a presença de Calmon de Sá atrapalhou.

Olhos e ouvidos ligados/ Marina Silva, que está no Uruguai, acompanhou a entrevista de Eduardo Campos ao programa Roda Viva pelo site da TV Cultura. Logo que terminou, ligou para cumprimentar o candidato.

Saiu fulo da vida/ O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, nunca se incomodou em comparecer ao Congresso para prestar esclarecimentos. Mas ontem foi demais. Por causa da CPI da Petrobras e outros eventos, pouquíssimos senadores compareceram.

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