sábado, 10 de maio de 2014

Panorama político – Ilimar Franco

- O Globo

Efeito ioiô
Os aliados de Aécio Neves estão preocupados com a consistência de seu discurso. Após criticar incentivos fiscais do BNDES, ele prometeu mantê-los, diante da reação dos industriais na Abimaq. “Ele não pode adotar o discurso da Casa das Garças”, resume um aliado. Ontem, foi a vez da presidente Dilma: “Tenho ouvido certas pessoas falarem contra (os subsídios), mas a agricultura sem crédito a custo adequado não se viabiliza”.

Eleições e dinheiro público
Proibida pelo STF a doação de empresas para as eleições, os políticos se perguntam como serão financiadas as campanhas. Hoje, 95% dos gastos são bancados pelas empresas. E é romântico, segundo especialistas, imaginar que pessoas comuns sustentem esses gastos. Em 2012, foram R$ 4,6 bilhões. Os candidatos vão bater no “caixa dois” ou será adotado o financiamento público? E a população? Qual sua reação com campanhas pagas com dinheiro que poderia ir para a Saúde ou Segurança? Quem pagará a conta na opinião pública? Só os políticos? Ou também os ministros do STF? Ou ainda a OAB, que patrocina a Adin para mudar a regra do financiamento eleitoral?
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“Propaganda na TV é relevante quando feita com densidade (horário eleitoral). Inserções, programas dos partidos e pronunciamentos não explicam oscilações nas pesquisas”
João Francisco, Cientista político do Instituto Vox Populi
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O aperitivo
O financiamento público não foi adotado. Mas o Orçamento da União destinou, só em 2013, R$ 294,1 milhões para o Fundo Partidário. O horário eleitoral na TV gerou renúncia de impostos de R$ 4 bilhões em dez anos. Em 2012, R$ 606 milhões.

Agora vai
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) decidiu, em almoço ontem com o senador Francisco Dornelles (PP), que vai concorrer ao Senado. A avaliação foi a de que a candidatura Cabral fortalece o governador Luiz Fernando Pezão e une os partidos do chapão. Sobre seu futuro político, Dornelles resumiu: “Já concorri a cargo demais”

Centralismo eclético
Depois de receber o presidenciável Eduardo Campos (PSB), ontem o candidato do PCdoB ao governo do Maranhão, Flávio Dino, recebeu em São Luís o presidenciável Aécio Neves (PSDB). O PCdoB apoia a reeleição da presidente Dilma.

O resultado da Copa e as eleições
Em 1994, o Brasil ganhou a Copa, e foi eleito o ex-presidente Fernando Henrique. Em 1998, o Brasil perdeu, e FH foi reeleito. Em ambos os pleitos, ele era da situação. O Brasil levou em 2002, e o ex-presidente Lula, da oposição, ganhou. Em 2006 e 2010, o Brasil dançou, e a situação foi vitoriosa com Lula e com a presidente Dilma.

Porque essa é a minha natureza!
Melhor separados do que unidos e brigando. Os presidentes do PT, Rui Falcão, e do PSD, Gilberto Kassab, definiram que, devido ao contencioso histórico, o PT terá candidato próprio em vez de apoiar o governador Raimundo Colombo (SC).

Remando contra a maré
Está marcada a primeira Assembleia do Partido Pirata. Será em Curitiba, de 23 a 25 de maio. Sua plataforma defende: inclusão digital; eutanásia; legalização das drogas; legalização do aborto; e, profissionalização da atividade sexual.

PESQUISAS feitas em Brasília revelam que Eduardo Campos, do PSB, é o candidato a presidente preferido dos entrevistados no Plano Piloto

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