terça-feira, 6 de maio de 2014

PSB e PSDB se aproximam em Minas

Marcelo da Fonseca – Correio Braziliense

BELO HORIZONTE — O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou ontem, durante agenda na capital mineira, que a maioria do partido defende o apoio ao candidato tucano Pimenta da Veiga ao governo de Minas Gerais, mas que a decisão sairá da convenção estadual, marcada para o início de junho. Campos se encontrou com o ambientalista Apolo Heringer (PSB), que se lançou como candidato do partido ao governo estadual, mas enfrenta a resistência daqueles que querem a aliança com Pimenta da Veiga.

"Um conjunto defende a aliança com o PSDB, uma aliança que vem de muitos anos e que foi importante para a vitória na prefeitura de Belo Horizonte. Outro, sobretudo de integrantes da Rede — partido que Marina Silva tentou criar —, defende a candidatura própria. O natural é que possamos fazer esse debate com equilíbrio na convenção", explicou o socialista.

Campos descartou, porém, qualquer pacto com os tucanos para apoiar a candidatura de Pimenta em troca do apoio ao candidato socialista ao governo de Pernambuco. Mas avaliou que caberá à convenção do PSB de Minas definir se lançará ou não candidatura própria. "Nós não temos pacto firmado em canto nenhum. Temos partidos que têm relações em vários estados, de disputas e alianças. E respeitamos essa situação. No Recife, disputamos uma eleição com PT de um lado e PSDB de outro. Temos um país com 27 estados e cada um com realidade própria. Vamos respeitar a dinâmica de cada um", afirmou.

Ontem, o ex-governador de Pernambuco voltou a ressaltar que as diferenças entre suas posições políticas e as do pré-candidato do PSDB Aécio Neves ficarão cada vez mais claras com a aproximação das eleições. Campos afirmou que, durante sua trajetória e a do tucano, eles estiveram por várias vezes em campos opostos, mas que isso não impediu que mantivessem um bom diálogo até mesmo sobre pontos divergentes. "Nós temos uma caminhada de vida diferenciada. Somos de partidos diferentes e, nos últimos 20 anos, estivemos em campos diferentes. Isso nunca nos impediu que dialogássemos sobre os reais interesses do país", comentou.

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