domingo, 29 de junho de 2014

Brasília-DF – Denise Rothemburg

- Correio Braziliense

Ensaio geral
Os congressistas querem aproveitar as próximas duas semanas de esforço concentrado em Brasília para derrubar o decreto da presidente Dilma Rousseff sobre a regulamentação dos conselhos consultivos nas mais diversas áreas. No parlamento, prevalece a ideia de que esses colegiados, na forma como está exposto no decreto presidencial, vão tirar poder dos deputados e senadores. Até aqui, a presidente tem ao seu lado, pela validade da norma, apenas o PT e o PP, do deputado Dudu da Fonte, que pretende seguir com a presidente, mas não ao ponto de obrigar os integrantes do partido a votar favoravelmente aos
desejos do Planalto.
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A derrubada do decreto é considerada simbólica pela maioria dos partidos. Para grande parte daqueles que compõem a base governista, é uma forma de dizer à presidente que o fato de ter levado o tempo de tevê dos aliados para a sua campanha não significa que ela terá vida fácil daqui pra frente.

Rescaldo do PP
Depois da convenção da semana passada, o presidente do Partido Progressista, Ciro Nogueira, terá dificuldades de se reeleger na sigla. E o líder da bancada na Câmara, Dudu da Fonte, de Pernambuco, terá de fazer das tripas coração para permanecer no cargo no ano que vem.

Bedel
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp, teve de acompanhar in loco a convenção do partido no Tocantins. Tudo para garantir que a senadora Kátia Abreu terá a legenda para ser candidata à reeleição. Depois da tentativa do deputado Júnior Coimbra de descumprir o acerto, todo o cuidado é pouco.

Antes sozinho do que escondidinho
A decisão do PSB em lançar Tarcísio Delgado ao governo de Minas Gerais foi baseada no fato de que, ali, fechar acordo com Aécio Neves seria o mesmo que desistir de pedir votos entre os eleitores mineiros. Agora, com um candidato próprio, os socialistas calculam que conseguem tirar uma pequena fatia.

Antes tucano do que escondidinho
Em São Paulo, o raciocínio do PSB foi justamente o inverso. Ficar com candidato próprio por ali seria manter Eduardo em segundo plano. Agora, entre os paulistas, ele dividirá a cena principal com Aécio.

CURTIDAS
Rali/ Teresina, Campina Grande, Caruaru e, finalmente, Goiânia para a convenção que lançou o governador Marconi Perillo à reeleição ontem. Esse périplo de Aécio Neves na véspera do jogo do Brasil deu aos tucanos a certeza de que o candidato está com tanta vontade de fazer campanha quanto o holandês Robben está de ganhar a Copa.

Atentos/ Representantes do Partido Comunista Chinês compareceram à convenção do PSB em Brasília. Sinal de que veem na chapa algo a ser observado. Em consideração a eles, mal terminou a convenção, Eduardo e Marina foram cumprimentá-los numa sala vip. De olho, é claro, no relógio. Faltava menos de meia hora para o jogo Brasil x Chile.

Tá explicado/ O senador Jarbas Vasconcelos (foto), do PMDB-PE, tinha tudo calculado para a convenção do PSB. Dois dias antes, tinha reservado mesa num badalado restaurante da cidade para ver o jogo do Brasil e degustar uma saborosa feijoada.

À moda antiga/ A convenção nacional do PSB ficou no formato tradicional, com todas as lideranças chamadas ao palco principal pelo mestre de cerimônia. O PT e o PSDB dispensaram esse modelo. O palco petista foi restrito a poucos e o PSDB montou arquibancadas, onde os tucanos e seus aliados iam se acomodando com poucos lugares marcados. Os painéis de led também foram dispensados.

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