segunda-feira, 30 de junho de 2014

Candidaturas postas no DF

Helena Mader – Correio Braziliense

A corrida eleitoral no Distrito Federal já tem seis candidatos a governador, mas apenas dois concorrentes a vice. Somente Agnelo Queiroz (PT) e Toninho do PSol formaram a chapa majoritária completa. José Roberto Arruda (PR), Rodrigo Rollemberg (PSB), Luiz Pitiman (PSDB) e Eliana Pedrosa (PPS) ainda não têm vice, e a expectativa é que os nomes sejam anunciados nos próximos dias. Hoje é o último dia para a realização de convenções partidárias, mas algumas decisões importantes podem ficar para o próximo sábado, data-limite para o registro de candidaturas na Justiça Eleitoral.

No início de abril, Rollemberg recebeu o apoio do deputado federal Reguffe (PDT), que abriu mão da candidatura própria para fazer dobradinha com o senador do PSB. Na época, houve especulações de que o pedetista poderia ser o vice de Rollemberg, mas o deputado optou pela vaga ao Senado.

Na última sexta-feira, a candidatura do senador ganhou o apoio do PSD e do Solidariedade. Juntos, os dois partidos têm quase três minutos de propaganda na televisão, o que transformou a dupla no alvo da cobiça de todos os concorrentes ao Palácio do Buriti. Os presidentes regionais das legendas, Rogério Rosso e Augusto Carvalho, respectivamente, decidiram formar aliança com Rollemberg e a indicação do vice ficará por conta do PSD.

"Em menos de seis meses, fizemos uma excelente construção política, primeiro com a Rede e com o PDT, agora com o PSD e com o Solidariedade", comemora o senador Rodrigo Rollemberg. "Ninguém acreditou na aliança com o PDT, diziam que o (Carlos) Lupi interviriria. Depois, questionaram a viabilidade da aliança com o PSD e o Solidariedade. Mas fizemos uma aliança programática muito produtiva, com uma chapa competitiva tanto para as majoritárias quanto para as proporcionais", acrescenta o senador. Ele aposta na escolha de um nome para vice ainda hoje.

Depois do acordo com o PSD, militantes da legenda chegaram a cogitar o nome da ex-primeira-dama Karina Rosso, mulher do presidente da sigla, para o posto. Mas pedetistas e integrantes do PSB reagiram à possibilidade, que foi desmentida pela família Rosso. Entre os citados como possíveis indicados, estão o jornalista Hélio Doyle e o ex-chefe de gabinete de Rosso, Luiz Fernando Costa.

Puro-sangue
A costura para escolher o número dois de cada coligação pode levar até mesmo à redução do número de candidatos ao GDF. Entre os arrudistas, existe uma expectativa de que Eliana possa abrir mão de disputar para se juntar à coligação liderada pelo PR. No último sábado, a distrital foi lançada oficialmente candidata na convenção do PPS. Pessoas próximas ao ex-governador, no entanto, ainda apostam na união dos dois grupos.

O presidente regional do DEM, Alberto Fraga, que será candidato a deputado federal na chapa de Arruda, disse ontem que ainda tem esperança na dobradinha. "Espero que o PPS entenda o seu papel na política e na construção de um palanque forte para derrubar o governo que está aí, diferentemente do PSDB, que tem sido irredutível nas conversas. Caso Pitiman confirme sua chapa, fará um grande desserviço para o DF", disse Fraga.

José Roberto Arruda também falou sobre a escolha do vice durante a convenção do PR e prometeu uma novidade para hoje. As negociações vão se estender até o último momento. "A definição vai ocorrer até amanhã (hoje) e estamos caminhando para essa escolha, mas, independentemente do nome, ele virá para agregar. Nossa decisão será pensada para o futuro do DF", justificou Arruda.

Além da aposta em Eliana, os arrudistas contam com a possibilidade da formação de uma chapa puro-sangue. Nesse caso, o escolhido pode ser o ex-deputado federal Jofran Frejat (PR), antigo aliado de Joaquim Roriz. Ele foi o candidato a vice nas últimas eleições, quando Roriz se lançou ao GDF, mas foi substituído por dona Weslian. A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN) também é cotada.

O PP, partido presidido no DF pelo deputado distrital Benedito Domingos, também realizou convenção ontem. Mas a legenda não definiu ainda o rumo nas próximas eleições. A intenção é analisar o cenário para tomar uma decisão que pode ser tanto permanecer na base do governador Agnelo Queiroz ou fechar com um dos candidatos da oposição. "Temos que levar em conta não apenas a questão da coligação majoritária, mas também das proporcionais. O partido está dividido", reconheceu Benedito. O PP tem em seus quadros aliados de Arruda como o ex-vice-governador Paulo Octávio e o deputado distrital Paulo Roriz.

Um dos motivos de interesse dos demais partidos é o tempo de televisão do PP. A legenda tem um minuto e meio para oferecer numa negociação com as demais legendas. Como tem ocorrido em todas as eleições, o partido deixa para anunciar os aliados no último dia.

Isolados
No sábado, o PPS e o PSDB confirmaram em suas convenções as candidaturas de Eliana Pedrosa e Luiz Pitiman, respectivamente, ao Palácio do Buriti. Mas, por enquanto, os dois concorrentes não conseguiram aliados para coligações, o que dificulta não apenas a eleição ao governo, como também de deputados federais e distritais.

Tempo na tevê
A coligação de Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli é a que terá mais tempo de tevê. O PT, o PMDB e os 15 partidos da base aliada terão, juntos, cerca de 10 minutos. Em segundo lugar está Rollemberg, que graças ao apoio de partidos como SDD, PDT e PSD terá cerca de cinco minutos no ar. O candidato com menor tempo de propaganda será Toninho do PSol, que junto com o PSTU terá cerca de um minuto.

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