quarta-feira, 4 de junho de 2014

Panorama político – Ilimar Franco

- O Globo

Quem tem medo de protestos?
O governador Geraldo Alckmin e o secretário Fernando Grella (Segurança) entraram em campo ontem para impedir que a Força Sindical realize manifestação no Aeroporto de Guarulhos. Essa ocorreria na sexta-feira, na chegada de quatro delegações internacionais para a Copa. Alckmin teme pagar a conta de conflitos. Seu aliado, o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD), desmobilizou o povo. E transferiu o ato para a Praça da Sé.

Os tucanos e o social
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, apresentou projeto para colocar o Bolsa Família na lei. Sua intenção é desfazer a desconfiança dos eleitores com o compromisso social dos tucanos. O cientista político Antônio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), diz que isto não basta. “O Aécio faz discurso numa direção e o economista Armínio Fraga, que será seu ministro da Fazenda, fala no sentido contrário. Não há confiança”, avalia. Ele considera que mais produtivo seria o candidato tucano assumir compromisso com o reajuste automático do Bolsa Família (e do salário mínimo) para corrigir as perdas com a inflação.

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“Agora, exatamente, estamos numa audiência pública com o Neymar. O quórum está todo aqui. Ele está matando a pau”
Marcus Pestana
Presidente do PSDB de Minas e deputado federal, ontem, assistindo o jogo do Brasil na sala do cafezinho do Plenário da Câmara
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É tarde para voltar atrás
No PR, seu presidente, o senador Alfredo Nascimento (AM), sustenta que a insatisfação com o ministro Cesar Borges (Transportes) não justifica romper com o governo Dilma. Diz que o erro do partido foi voltar após sua demissão.

Realismo
O comando da campanha da presidente Dilma concluiu, que há “uma estagnação do sentimento de esperança" no país. Reunido anteontem à noite, no Alvorada, a conclusão é a de que isso decorre da falta de crescimento da economia. E que a tarefa no pleito é mostrar que a presidente tem condições de enfrentar os riscos e garantir novos avanços.

Depois da flechada, um ministério
A oposição prega a redução da máquina pública. Mas o senador Wellington Dias (PT-PI) acha que 39 ministérios ainda é pouco. Ontem, no Senado, ele propôs a criação de uma nova pasta na Esplanada: o Ministério da Questão Indígena.

O desejo do governo
A avaliação dos líderes do governo é que as CPIs da Petrobras vão se esvaziar. A Copa, o recesso e a campanha devem tirá-las da agenda. Os aliados dizem que a oposição perdeu o entusiasmo. O clima só muda caso surjam fatos novos, pois não creem que ex-diretores queiram se expor.

Sobre a carga tributária
Levantamento da Ernest & Young revela que, no Brasil, o imposto médio sobre herança é de 3,86%. Na Inglaterra, é de 40%; na França, 32,5%; nos EUA, 29%; e, na Alemanha, 28,5%. A EY diz que o país taxa o consumo em detrimento da propriedade.

Povo de Santo Ocupa Brasília
Seguidores do Candomblé e da Umbanda, promovem despacho coletivo na Praça dos Três Poderes, dia 10. Protestam contra a intolerância religiosa das emissoras de rádio evangélicas e o tratamento preconceituoso do Poder Judiciário.
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A cúpula do PMDB fez as contas. O vice Michel Temer terá mais de 70% dos votos na Convenção. Os contrários à aliança com o PT tem cerca de 15%.

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