domingo, 8 de junho de 2014

Planalto tenta evitar que Garotinho apoie Eduardo Campos

• A ideia é levar Pros para ex-governador

Eugênia Lopes - O Dia

RIO - O Palácio do Planalto decidiu atuar para evitar que o candidato ao governo do Rio Anthony Garotinho, do PR, formalize apoio à candidatura de Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República. Sem apoios para alavancar sua candidatura, Garotinho ameaça levar o PR para Campos, o que daria palanque eleitoralmente forte no estado para o ex-governador de Pernambuco.

Coube ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, telefonar para Garotinho e tentar demovê-lo da ideia de se aliar ao candidato do PSB. Segundo interlocutores do deputado e ex-governador, a presidenta Dilma Rousseff teria acenado com a possibilidade de trabalhar pela retirada da candidatura de Miro Teixeira, do Pros, ao governo do estado.

Com isso, o tempo do Pros poderia ir para Garotinho. Miro é apoiado pelo PSB, mas teria dificuldades de se aliar a Garotinho. Sem Miro, a tendência é que ele fique com o petista Lindbergh Farias, que também visa o Palácio Guanabara. Para Garotinho, a aliança com a chapa Campos/Marina Silva é essencial para dar sustentação a sua candidatura na capital. O ex-governador é forte no interior, mas enfrenta resistência na cidade do Rio, onde Marina Silva é bem avaliada.

Mas tanto Campos quanto Marina não veem com bons olhos a aliança com o deputado do PR. Interlocutores do presidenciável do PSB apostam que Garotinho só tem chances com a dupla caso o PR faça coligação formal com o PSB e, com isso, aumente o tempo de TV de Campos. Isso depende, no entanto, do ex-deputado Valdemar Costa Neto, preso na penitenciária da Papuda, em Brasília, por envolvimento com o mensalão.

Pros: a menina dos olhos
A três dias do início das convenções partidárias, o quadro de alianças no Estado do Rio para as eleições de outubro está embolado. Líderes nas pesquisas de intenção de voto, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o senador Marcelo Crivella disputam apoios na reta final de formalização das coligações partidárias.

O alvo é o Pros, que tem como candidato ao governo o deputado Miro Teixeira. Sem alianças e, portanto, sem tempo de TV, os dois assediam o Pros. Lindbergh Farias, do PT, é outro que sonha com Miro. Candidato à reeleição com o apoio de 15 partidos, Luiz Fernando Pezão é o único com um amplo leque de alianças.

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