domingo, 29 de junho de 2014

PPS confirma aliança com Eduardo e Marina para mudar o Brasil

Assessoria PPS - Portal

Numa grande festa que reuniu mais de duas mil pessoas em Brasília foi oficializada neste sábado, em convenção conjunta do PPS, PSB, Rede, PHS, PPL e PRP, as candidaturas de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) à Presidência da República. A chapa que vai mudar o Brasil mostrou sua força sendo saudada com gritos de guerra como “Brasil, pra frente, Eduardo presidente” e “Coragem para mudar o Brasil, eu vou com Eduardo e Marina”.

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), criticou o que chamou de “salada de partidos” que se juntou para garantir o tempo na propaganda eleitoral à candidata do governo, Dilma Rousseff (PT), numa “clara demonstração de fisiologismo e clientelismo” partidário.

“É um péssimo exemplo. São 39 ministérios se ajustando para tempo de televisão, não para construir um projeto para o Brasil. Isso evidentemente tem de ser por nós não apenas condenado, mas servir de alerta para tentarmos firmarmos algo distinto nesse processo”, conclamou.

Freire disse que a aliança tem partidos com “visão de mundo e concepções políticas diferentes” e o que a coligação precisa e “bem definir” o que une as legendas em torno de Campos. “Não é o discurso do que nós somos do velho Partido Comunista Brasileiro, hoje PPS, que vai significar a campanha de Eduardo Campos. O que queremos é contribuir para o que ele, ao juntar outros partidos, com histórias e posições distintas, para que [essa união] possa significar um projeto político para o país”, afirmou.

Para o presidente do PPS, a união em torno de Campos significa a “boa política” para a superação da “má política, da degradação, da desmoralização e do desmantelo que causa indignação da sociedade”, protagonizados pelo governo do PT.

“Eduardo Campos representa para o Brasil uma agenda de desenvolvimento, um projeto nacional, algo que tem relação com a superação do medíocre momento que vive a economia brasileira”, afirmou, ao criticar o que chamou de “populismo fácil” das escolhas feitas pelo governo nos últimos quatro anos.

Roberto Freire disse ainda que o programa comum da coligação é a mudança contra o risco da perda de uma das maiores conquistas da sociedade brasileira últimas décadas, a estabilidade econômica com o fim da inflação.

“É um encontro histórico do velho PCB com o PSB, na Frente do Recife, barrada pelo golpe de 1964. Continuamos juntos em torno de um programa de mudanças que significa Eduardo Campos e Marina Silva”, disse.

Eduardo Campos prega união do Brasil para vencer eleição e mudar o país
O candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), disse hoje em Brasília que ele e Marina Silva escolheram o caminho do desafio para mudar as velhas práticas no poder central que vem ocorrendo nas últimas duas décadas. E que sua campanha difere da dos demais adversários porque ele não tem a intenção de dividir o país.

As declarações foram feitas no encerramento das convenções nacionais dos partidos que selaram a aliança com o PSB na corrida ao Palácio do Planalto.

"Os que se revezam no poder nos últimos 20 anos perderam a energia renovadora. Eles tentam convencer que vão fazer diferente, mas deixaram se dominar pelas velhas práticas mofadas, ultrapassadas sem se darem conta da agenda das ruas. Nós rejeitamos a trilha fácil", disse.

Campos também garantiu que vai manter os programas sociais criados ao longo dos últimos anos e que rechaça a campanha do medo que vem sendo praticada, principalmente, pelo PT.

"Não se pode ficar olhando para trás, não se pode achar que a disputa do passado será com a disputa do passado, é preciso acabar com esta política rasteira do medo. Ficam querendo dizer que no nosso governo vamos acabar com a bolsa família. Vamos acabar é com a corrupção, com o clientelismo, vamos manter o Prouni, o Minha Casa Minha Vida, a estabilidade da moeda, e manter a democracia", destacou.

O candidato do PSB disse que o Brasil quer um novo governo.

"O Brasil quer antes de tudo alguém que simplifique a vida do cidadão e não alguém que crie dificuldade para vender facilidades. O Brasil exige e vamos fazer um governo com o povo e com a sociedade. Não para os políticos e poderosos", acrescentou.

Economia
Eduardo Campos também prometeu romper com a fórmula que tomou conta do país no governo Dilma no campo econômico: juros altos e crescimento pífio.

"É preciso inverter a equação e retomar o crescimento sustentável, jogar a inflação para baixo e o crescimento para cima. Vamos fazer uma reforma tributária já no primeiro ano de governo. Nesta reforma vamos salvar os municípios da quebradeira que Dilma levou. Os prefeitos estão de joelhos, mendigando em Brasília. Queremos recuperar a indústria, pois não aceitamos a maldição colonial", afirmou o presidenciável.

Campos também disse que, se vencer a eleição, cuidará de salvar patrimônios dos brasileiros que estão sendo corroídos pelo atual governo como a Petrobras e o setor elétrico.

"O Brasil tem jeito e quem vai dar jeito ao país é povo brasileiro. Eu e marina estamos prontos para fazer a mudança no país para construir a vitória que o Brasil deseja", finalizou o candidato.

Marina defende modelo sustentável de desenvolvimento
A candidata vice-presidente, Marina Silva, afirmou que a aliança permitirá o aprofundamento da democracia em um período difícil enfrentado pela sociedade. Para ela, o momento pede mudanças com qualidade e ousadia enfrentando novos desafios, mantendo os acertos e corrigindo erros. Ela defendeu a implementação de um modelo sustentável no Brasil e o fim dos modelos predatórios que prejudicam toda a nação.

“Precisamos de modelos sustentáveis de desenvolvimento e parar com o desperdício dos nossos recursos naturais. Um país detentor de tantas riquezas tem que saber que precisa aumentar a sua produtividade de forma inteligente por meio da ciência e tecnologia. Não podemos prejudicar as futuras gerações”, disse.

Marina destacou que a aliança conseguiu manejar as dificuldades e avançou nos últimos nove meses. A candidata frisou que o seu compromisso e o de Eduardo é maior que o medo. “Não adianta as pessoas dizerem que tínhamos ingresias. A todo momento estivemos juntos, conversando. Acima de nós estará a responsabilidade de não nos perdermos no caminho. Trabalhamos, sonhamos e lutamos pelo país que queremos. Essa aliança é inédita no país”, afirmou.

A candidata a vice defendeu a alternância de poder e uma nova agenda para a nação. Ela adiantou que o país precisa de uma nova agenda, já que muitas coisas são impossíveis de serem realizadas em quatro ou oito anos. Ela adiantou que as mudanças serão feitas de fato pela sociedade brasileira. “Temos esperança de dialogar com as diferenças. Queremos uma campanha limpa”, defendeu.

Do PPS, participaram da mesa, além de Freire, os deputados federais Arnaldo Jardim (SP), Sandro Alex (PR), Carmen Zanotto (SC), o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, o vice-prefeito de Manaus, Hissa Abrahão, o ex-ministro e vereador de Recife Raul Jungmann, a ex-vereadora Soninha Francine e o tesoureiro nacional do PPS, Regis Cavalcante.

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