quarta-feira, 23 de julho de 2014

Diário do Poder – Cláudio Humberto

-Jornal do Commercio (PE)

• Ministério das Cidades dá calote de R$30 milhões
Cobrado pelo Planalto para intensificar as propagandas institucionais e de utilidade pública antes do período eleitoral, o Ministério das Cidades acumulou dívida de cerca de R$30 milhões com veículos de comunicação só no primeiro semestre deste ano. Donos de rádios e jornais locais já estão batendo na porta do ministério e ameaçando entrar com processo na Justiça contra o governo federal para receber o valor devido.

• Só pensa nisso
De olho em faturar votos, a presidenta Dilma gastou no primeiro bimestre 27% a mais em publicidade do que no mesmo período do ano passado.

• Minha eleição, minha vida
Segundo a ONG Contas Abertas, o Ministério das Cidades é o campeão de gastos publicitários: foram R$ 31 milhões só em janeiro e fevereiro.

• Má-gestão
A previsão de gastos do governo para este ano foi calculada em R$ 863,4 milhões, excluindo as estatais. Só não se sabe de onde sairá o dinheiro.

• No seu tempo
A assessoria do Ministério das Cidades se resumiu a informar que “os processos de pagamento estão ocorrendo dentro do cronograma”.

• Saúde criou regra para justificar compra da Labogen
O Ministério da Saúde, ainda sob comando de Alexandre Padilha (PT), publicou em janeiro de 2014 o Protocolo de Diretrizes de Tratamento de Hipertensão Pulmonar para tentar justificar, às pressas, a parceria de R$ 134,4 milhões com Labogen para produção de comprimidos de sildenafil, princípio ativo do Viagra. Engavetada há dez anos, a portaria força médicos a prescreverem a droga a pacientes com hipertensão pulmonar.

• Segunda categoria
Estudo científico da Associação Médica Brasileira revela que componente do Viagra não é a primeira escolha para tratar da hipertensão pulmonar.

• Lavagem de dinheiro
Firmado dois meses antes da portaria, o contrato foi suspenso após a PF revelar que Labogen é uma empresa fachada do doleiro Alberto Youssef.

• Boca altíssima
Pelas denúncias, a Labogen repassaria a produção a outra empresa por R$ 40 milhões e embolsaria o restante do valor: quase R$ 100 milhões.

• Festa no MEC
Uma licitação, nesta quarta, tem tudo para acabar em CPI. A empresa de eventos “GV2”, que tem os maiores contratos do governo federal, deve ganhar a conta do Ministério da Educação. O valor de R$ 70 milhões é só para despistar: o contrato pode chegar a R$ 350 milhões.

• Registrado em cartório
Aspirante ao Planalto, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) declarou à Justiça Eleitoral possuir 50% de um imóvel rural no valor de R$ 87mil no município de Cláudio, onde foi levantado aeroporto na fazenda de seu tio.

• Garoto carioca
Diante das denúncias de aeroporto construído com dinheiro público na fazenda do tio-avô do presidenciável Aécio Neves (PSDB), políticos de Minas garantem que o “calvário do garoto do Rio” está só começando.

• Retrato da política
A população anda tão descrente com o cenário político atual que o Partido Novo nem existe – deve pedir seu registro junto ao TSE hoje – mas já possui mais seguidores em redes sociais que PT e PSDB juntos.

• O mediador
Após reassumir o comando nacional do PMDB, Michel Temer disse ao vice Valdir Raupp (RO) na segunda (21) que está dedicando tempo para costurar o palanque de Paulo Skaf (PMDB-SP) para presidenta Dilma.

• Dedo do Lula
A ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, não apoiará o candidato do PT a governador, Camilo Santana. Ela acertou com senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) um comitê para apoiá-lo ao governo e Dilma para presidente.

• Joaquim é tricolor
À espera da aposentadoria, o presidente Joaquim Barbosa (STF) contou, durante noite de autógrafos do livro ‘Nós somos a História’, segunda (21), no Rio, que acompanhava o Fluminense na época da Máquina Tricolor.

• Topa tudo
De olho em suceder Henrique Alves (RN) no comando da Câmara, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), tem prometido tentar conseguir doações de empresas para campanha à reeleição de correligionários da bancada.

• Pensando bem…
… reconduzido ao comando da Seleção ontem, Carlos Caetano Bledorn Verri está muito mais para Zangado do que para Dunga.

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