sexta-feira, 18 de julho de 2014

Painel :: Bernardo Mello Franco (interino)

- Folha de S. Paulo

Aécio avança em SP
Com liderança folgada na corrida eleitoral de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) finalmente começou a transferir votos para Aécio Neves (PSDB) no Estado. Em junho, só 24% dos eleitores do governador também escolhiam o presidenciável tucano. Agora, 33% fazem o voto casado, diz o Datafolha. Aécio foi o único candidato ao Planalto a crescer acima da margem de erro em São Paulo, de 20% para 25%. Ele empatou com Dilma Rousseff (PT), que oscilou de 23% para 25%.

Por fora Apesar de ter se mudado para São Paulo em abril, Eduardo Campos (PSB) ainda engatinha no Estado. Oscilou de 6% para 8%.

Lavada Nas simulações de segundo turno, Dilma perde feio para os dois adversários no front paulista. Aécio venceria no Estado por 50% a 31%. Campos, por 48% a 32%.

Alerta vermelho A avaliação do governo Dilma caiu nas grandes cidades brasileiras. O percentual de eleitores que consideram a gestão ótima ou boa recuou de 30% para 25% nos municípios com mais de 500 mil habitantes. A classificação ruim ou péssima subiu de 31% para 37%.

Nuvem carregada Para estrategistas do PT, as grandes cidades são polos com capacidade de transmitir "carga negativa" ao resto do eleitorado. Por enquanto, a avaliação positiva da presidente nos municípios pequenos permanece estável, em 42%.

Gosta e não leva De cada quatro eleitores que consideram o governo bom ou ótimo, um afirma que não pretende votar em Dilma.

Adeus, PIB Paulo Skaf, o candidato do PMDB ao governo paulista, despencou no andar de cima. Entre eleitores com ensino superior, recuou de 34% para 25%. Entre os mais ricos, de 36% para 23%.

Companhias Pode ser apenas coincidência, mas a queda ocorreu depois de Skaf selar aliança com os ex-prefeitos Paulo Maluf (PP) e Gilberto Kassab (PSD), ambos com altos índices de rejeição.

Ponta-esquerda O petista Alexandre Padilha começa a ganhar votos entre eleitores que consideram o governo Alckmin ruim ou péssimo. Neste grupo, avançou de 8% em junho para 11%.

Poxa, bispo No Rio, onde é apoiada no papel pelos quatro principais candidatos, Dilma tem em Marcelo Crivella (PRB) o pior cabo eleitoral. Entre os eleitores do bispo da Igreja Universal, 36% dizem votar na petista. Lindberg Farias (PT) é quem mais transfere votos: 48%.

Contra burguês? Lindberg, o candidato mais à esquerda, vai melhor entre os ricos. Ele chega a 19% das intenções de voto no eleitorado com renda superior a 10 salários mínimos. Entre os mais pobres, tem apenas 10%.

Me dê motivo Faz sucesso nas redes sociais um panfleto com quatro razões para o eleitor do Rio votar no desconhecido Tarcísio Motta (PSOL) para governador.

Pra ir embora Os argumentos da peça são simples: "Ele não é o Garotinho. Ele não é o Crivella. Ele não é o Lindberg. Ele não é o Pezão". Motta é professor do colégio federal Pedro 2º e tem apenas 2% das intenções de voto.

Capitanias Edison Lobão (Minas e Energia) sai de férias a partir da próxima segunda-feira, por 15 dias. O ministro vai usar parte do tempo para ajudar a campanha do herdeiro Lobão Filho ao governo do Maranhão.

Estranho no ninho Um curioso encontrou José Serra em fotos da arquibancada do Maracanã na final da Copa. O palmeirense usava a habitual camisa azul e estava cercado por torcedores do Flamengo.
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Tiroteio
"Campos soa arrogante ao não reconhecer o papel de Dilma no avanço de Pernambuco. O povo perceberá que ele mudou de lado."
DE HENRIQUE FONTANA (PT-RS), líder do governo na Câmara, sobre a fala do pessebista de que não há obra iniciada e concluída por Dilma no Nordeste.
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Contraponto

Cama de solteira, por favor

Em caminhada ontem em Santo André, no ABC paulista, Marina Silva foi reconhecida por muitos transeuntes, mas poucos sabiam que ela era a candidata a vice de Eduardo Campos (PSB). Um dos poucos bem informados, o comerciante Geová Rodrigues abordou a ex-verde:

--Por que não é você a candidata a presidente?

--Não deixaram --lamentou Marina, em referência à negação de registro para a Rede Sustentabilidade.

--Mas vai ser vice do Eduardo Campos? --insistiu.

--Ele já estava lá. Ninguém chega na casa dos outros e já vai dormindo na cama de casal... --disse ela, sorrindo.

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