quinta-feira, 17 de julho de 2014

Panorama político – Ilimar Franco

- O Globo

O efeito Marina
O otimismo toma conta da campanha de Eduardo Campos ao Planalto. As pesquisas do PSB dizem que Campos fica em condições de disputar o segundo lugar quando o eleitor é informado de que Marina é a vice da chapa. Era isso o que Campos esperava. As torcidas tucanas e petistas procuram minimizar o peso dessa aliança e desejam que Campos e Marina se desentendam em praça pública.

De olho no Rio
O governo Dilma respira aliviado por sobreviver à Copa. Por isso, avalia que, na preparação das Olimpíadas do Rio, em 2016, será menor a platéia sensível ao discurso do caos. Considera ainda que o evento será menos complexo. Um membro do executivo explica: “Não são mais 12 estádios, 12 aeroportos e 12 esquemas de segurança”. Lembra que será usada a herança da Copa e dos Jogos Militares Mundiais e que as obras, de Deodoro e do Parque Olímpico de Jacarepaguá, estão adiantadas. Mesmo em final de mandato, o atual governo vai marcar em cima o prefeito do Rio, Eduardo Paes. E, também, os gestores federais envolvidos em obras e projetos para os jogos.
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“O STF tem que tomar decisões que sejam aplicáveis. Nós vamos fazer a reforma eleitoral? O tribunal instituiu a verticalização das coligações (2002) e depois o Congresso derrubou”
Gilmar Mendes
Ministro do STF, sobre decisões polêmicas do tribunal referentes à legislação e ao financiamento eleitoral
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No espaço vazio
Aprovada a proibição de doação eleitoral por pessoas jurídicas (empresas), como fica o cidadão que recebe como PJ? Essa prática visa reduzir a carga tributária e previdenciária sobre o salário.

Sempre alerta
A decisão do comando da campanha de Aécio Neves, de fazer campanha duas vezes por semana em São Paulo, se deve ao desgaste do PSDB. O governador Geraldo Alckmin (foto) ainda está bem. Mas a situação não é de conforto. Os tucanos estão assustados com a situação de equilíbrio num estado em que sempre levaram larga vantagem.

Montando o time
O prefeito Alexandre Cardoso (Duque de Caxias) almoçou ontem, no Planalto, com o ministro Ricardo Berzoini. Cardoso, que deixou o PSB para apoiar a reeleição, recebeu a tarefa de coordenar a campanha de Dilma entre os prefeitos do Rio.

O favor privado e o dinheiro público
Sobre o debate da proibição de doação eleitoral pelas empresas, o ministro Luís Barroso (STF) diz: “Considero ilegítimo o modelo em que a empresa financia a campanha para ser contratada pelo governo eleito”. Fica a pergunta: É legítimo uma pessoa física doar, ou fazer campanha, e depois ser nomeada pelo governo eleito?

Batendo em retirada
Quadros políticos do PT e do PCdoB decidiram que não farão campanha para Romário (PSB), que concorre ao Senado na chapa de Lindbergh Farias. Eles não engolem as críticas do craque à presidente Dilma e ao ministro Aldo Rebelo.

Redução de danos
Nos bastidores, Romário (PSB) reconhece que exagerou nas críticas à presidente Dilma. “Devia ter falado de maneira diferente”, diz. Mas ele não abre mão de apoiar Eduardo Campos e adverte que o PT já sabia disso antes de fechar a aliança.
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A PRESIDÊNCIA DO STF esclarece que a comissão de transição formal só pode ser criada após a eleição do futuro presidente. E isso não ocorreu.

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