sábado, 2 de agosto de 2014

Brasília-DF :: Denise Rothenburg

- Correio Braziliense

A realidade bate à porta
Passados os primeiros dias da publicação de pesquisas eleitorais nos maiores estados e também no Distrito Federal, o PT nacional fez as contas e descobriu que os sonhos de conquistar pelo menos um dos três grandes celeiros de votos estão nesse momento a anos-luz de distância. E pior: não há, até aqui, perspectiva de melhora. Em São Paulo, Alexandre Padilha não encontrou o tom. Em Minas Gerais, onde o ex-ministro Fernando Pimentel estava na frente, o ex-presidente do PSDB Pimenta da Veiga encostou. No Rio, Lindbergh Farias continua na quarta colocação.
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A situação em outros estados, e também no DF, não agrada ao comando nacional. Diante dessa realidade difícil, há quem diga, dentro do próprio PT, que é grande a perspectiva de não eleger muitos governadores. Talvez Tião Viana, no Acre, e olhe lá. Nesse quadro, a maior aposta do partido é mesmo a presidente Dilma Rousseff. É com ela que o PT conta hoje. Já tem gente se arrependendo de ter costurado mais apoios a ela nos estados, ainda que não lançasse candidato a governador com a bandeira petista. O problema é que agora é tarde.

Chama o sub!
A história de chamar "o sub" para responder a ataques de candidatos tomou conta do país. Primeiro, o PT escalou a presidente regional do partido em Pernambuco para a discussão com o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos. Agora, foi a vez de o PMDB do Ceará colocar o vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena, para o duelo verbal com Ciro Gomes (Pros). Enquanto Ciro pergunta pelo patrimônio de Eunício Oliveira, é Lucena que defende o senador e pergunta quem paga as contas do ex-ministro. Ali, a campanha promete.

Apelos eleitorais
Os deputados e senadores estão na maior dúvida se vale a pena vir ao esforço concentrado na semana que vem. O motivo é bem simples: sem dinheiro para as campanhas, não há outro meio de conquistar voto que não seja no corpo a corpo direto com o eleitor.

Emendas &sonetos
Dentro do PMDB, já havia sido constrangedor para Michel Temer o fato de o candidato a governador do partido em São Paulo, Paulo Skaf, não fazer campanha para a presidente Dilma Rousseff. Pior ainda foi Temer dar uma bronca em Skaf ao estilo "não tem Dilma: tem Dilma e Michel", e o candidato continuar fazendo apenas o que quer.

#vaiterolimpíada
O governo aproveitou a maciça presença de jornalistas na Copa do Mundo da Fifa para fazer uma pesquisa sobre o Brasil. Os dados coletados pelo Ministério do Turismo indicaram que, de 478 jornalistas ouvidos, 96,5% demonstraram interesse em voltar ao país e ainda recomendariam como destino turístico.

Aposta peemedebista/ No Rio de Janeiro, as apostas são de que, em 15 dias, o governador candidato Luiz Fernando Pezão (PMDB) ultrapassará os índices de todos os adversários na corrida estadual. A ver.

Plenarinho/ Com o plenário da Câmara em reformas, os deputados farão as sessões da Casa no Auditório Nereu Ramos, que não tem 513 lugares. Bem... Mas quem disse que 513 vão comparecer? Quem conhece a Casa já avisou que não se espere quórum muito alto para votações. Proposta de emenda constitucional, que requer pelo menos 308 votos necessários, nem pensar.

E no Senado.../ Renan Calheiros convocou uma sessão do Congresso para apreciação de vetos e votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Palpite dos técnicos: esquece.

O consultor/ Com a reforma tributária na ordem do dia das campanhas políticas, o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel tem sido procurado por assessores de candidatos, para dirimir dúvidas sobre essa área. Apenas isso. "Quero distância da política", diz o antigo xerife da Receita dos tempos de Fernando Henrique Cardoso. Nas campanhas, entretanto, há quem diga que, na hipótese de Dilma Rousseff não se reeleger, o pernambucano poderá voltar.

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