quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Paes, Cabral, Pezão e aliados se reúnem e tentam turbinar Aezão

• Presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo, definiu os papéis dos coordenadores de cada região do estado

Maiá Menezes – O Globo

RIO — Um café da manhã, na segunda-feira, traçou os primeiros ajustes da nova fase do Aezão, movimento criado como dissidência no PMDB ao apoio nacional à presidente Dilma Roussseff (PT). Marcado para traçar a estratégia para o segundo turno das eleições do candidato do PMDB ao governo do Rio, Luiz Fernando Pezão, o encontro, que reuniu o governador, o prefeito Eduardo Paes, Jorge Picciani, o ex-governador Sérgio Cabral, o candidato a vice de Pezão, Francisco Dornelles (PP) e o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo, definiu os papéis dos coordenadores de cada região do estado.

Picciani ficará com a Baixada Fluminense. Hoje, o presidente regional do PMDB fará uma reunião com os prefeitos aliados, em busca de mais adesões ao Aezão. O movimento, que surgiu como dissidência, ganhou fôlego com a passagem de Aécio para o segundo turno. A resistência mais explícita a um palanque único para o tucano no Rio é do próprio governador Pezão, amigo da presidente. Pezão seguiu na posição que manteve no primeiro turno: quer continuar se apresentando como aliado fiel de Dilma. O próprio candidato a vice-governador, Francisco Dornelles (PP), defendeu que Pezão mantenha a posição, para evitar a pecha de incoerente. Na avaliação dos defensores do apoio ao tucano, o palanque quádruplo para Dilma no Rio não trouxe dividendos para a petista.

Com a polarização explícita do segundo turno, a expectativa do PMDB aecista é que fique claro que o palanque de Dilma no estado é o do senador Marcelo Crivella (PRB), também da base aliada da presidente, que disputará o segundo turno com Pezão.

Picciani sustenta que, mesmo com a posição pessoal de Pezão, “ele respeita o partido, que apoia em grande número o Aécio”. Além disso, diz ele, os partidos aliados do governador são, em sua maioria, pró-Aécio.

Picciani, que conversou ontem com Aécio por telefone, diz que o tucano virá ao Rio “com certeza”. Mas que a visibilidade do Aezão se dará no material de campanha.

À noite, no Rio, o vice-presidente, Michel Temer(PMDB) diz que o PT tem amparo no Rio:

— Temos respeito por essa posição, do Aezão, mas a figura central é do candidato a governador. E na medida que o governador está com a Dilma e conosco nos temos amparo aqui no Rio. (Colaborou Carolina Oliveira Castro)

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