quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

EUA e Cuba retomam relações diplomáticas depois de 53 anos

• Acordo histórico prevê reabertura de embaixadas, libertação de presos e medidas em setores como comunicações, turismo e bancos; embargo econômico, que depende do congresso, continua

Em um anúncio histórico, feito simultaneamente nos EUA e em Cuba, os líderes dos dois países, Barack Obama e Raúl Castro, iniciaram processo para restabelecer relações diplomáticas, rompidas em 1961.

O acordo, mediado pelo Canadá e pelo papa Francisco, prevê abertura de embaixadas, libertação de prisioneiros e medidas que afetam a vida dos cubanos, em áreas como comunicações, turismo e bancos.

O embargo comercial americano à ilha comunista, contudo, não sofrerá alteração, uma vez que dependeria de aval do Congresso, onde Obama não tem maioria.

Em discurso na TV, Obama reconheceu que a política de tentar isolar Cuba, um resquício da Guerra Fria, fracassou. "Todos somos americanos", declarou o presidente americano, em espanhol.

Já Raúl conclamou os cubanos a "respeitar e reconhecer" a atitude de Obama.

Dissidentes cubanos receberam a reaproximação com desconfiança, enquanto países latino-americanos a elogiaram. Para o Brasil, o acordo representa uma oportunidade econômica, sobretudo porque o país financiou o porto de Mariel, maior obra cubana.

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