quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

PSB e PSDB lançam Júlio Delgado para disputar presidência da Câmara

• Júlio reforçou que representa uma candidatura independente, em defesa da autonomia e altivez do Parlamento

Valter Campanato/Agência Brasil – Jornal do Commercio (PE

Aliados no segundo turno das eleições presidenciais deste ano, PSB e PSDB lançaram na noite desta quarta-feira (17) a candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) para disputar a presidência da Câmara em fevereiro de 2015.

Os partidos terão apoio do PPS e do PV. O pessebista é o terceiro nome a ser colocado oficialmente na briga pelo cargo. Ele terá como adversário o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), apontado como favorito, e o vice-presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que se classificou de "azarão".

No evento, Júlio também reforçou a pregação dos candidatos ao comando da Casa de que representa uma candidatura independente, em defesa da autonomia e altivez do Parlamento.

Ele, no entanto, fez questão de atacar os adversários, acusando PT e PMDB de serem submissos ao Planalto, uma vez que são dos partidos da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer.

"A diferença [da nossa candidatura] é não ter nenhum tipo de vínculo com quem quer seja dos outros Poderes. Esses partidos não indicaram nenhum ministro ou não indicarão nenhum ministro. Não se pode falar da candidatura é independente se você participa de base de apoio e ela pode cobrar esse vínculo", afirmou o candidato.

Para tentar reforçar uma candidatura alternativa, o deputado deixou promessas corporativistas reforçadas pelos outros candidatos, como a construção de um novo prédio para abrigar gabinetes, e apostou na repaginação do discurso da oposição durante a campanha eleitoral.

Ele defendeu o resgate da imagem do Congresso, a instalação de uma nova CPI para investigar as irregularidades nas Petrobras que envolvem parlamentares e a fiscalização do governo.

Em 2012, Júlio disputou a presidência com Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mas foi derrotado. Na época, ele teve 165 votos. O bloco formado pelo PSB em torno de seu nome terá no ano que vem 106 deputados.

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