quarta-feira, 4 de março de 2015

Freire aponta semelhanças e diferenças da atual crise com o impeachment de Collor

Assessoria de Imprensa do PPS

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP), conclamou o partido a analisar as circunstâncias da crise política e econômica pela qual passa o Brasil. Foi durante reunião da Executiva do partido, ocorrida na manhã desta terça-feira (03), em Brasília.

Freire recorreu à história para mostrar semelhanças e diferenças da atual conjuntura com o processo que levou ao impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Mello, em 1992.

Para o presidente do PPS, ambos, Collor e Dilma Rousseff, enfrentaram perda de prestígio popular, falta de apoio na própria base governista e problemas de ordem econômica. A diferença, ressaltou Freire, se dá pela falta de capacidade dos petistas em conseguir consertar as fraturas na base e buscar diálogo inclusive com a oposição, como fez Collor, que tentou se aproximar do PSDB, no passado.

Outra diferença apontada por Freire é que Dilma Rousseff herda erros do seu próprio governo, já que acaba de assumir o segundo mandato. Collor foi eleito em 1989, após o governo de José Sarney.

“Dilma recém-eleita não desperta esperança. Seu primeiro governo é de más escolhas, inclusive dos tempos de Lula e não faz ajustes em cima dos seus equívocos. Se não é tão grave como aquela crise (impeachment de Collor), mas se aproxima. A sociedade está mobilizada porque votou num Brasil edulcorado e que se transformou em crise. O ódio ao governo é crescente e, a cada dia, isto tem sido evidenciado. A História não ensinou a eles”, afirmou o presidente do PPS.

Roberto Freire avalia que a crise pode se aprofundar, já que a presidente da República vive “um certo isolamento político”.

Mobilização popular
Ele citou movimentos como os dos caminhoneiros que atingem vários estados brasileiros e que têm demonstrado a falta de capacidade do Palácio do Planalto em resolver a questão eficazmente.

“A manifestação provoca grande dano ao governo, porque somos um país que tem sua logística baseada em cargas rodoviárias e esta greve deixa a economia balançada”, explicou.

O presidente do PPS também lembrou que o próprio PT e integrantes do governo federal não se entendem sobre a proposta de ajuste fiscal que está curso.

Manifestação
Sobre a grande manifestação convocada para ir às ruas no próximo dia 15 para protestar contra o governo Dilma, Freire pediu aos líderes do seu partido que decidam de que forma vão acompanhar as manifestações e que estas não podem estar despolitizadas.

“Não acredito que nenhuma força vá assumir o processo de impeachment, não ocorreu no Collor. Isto pode se impor e temos que que ter entendimento de que isso, se avançar, é melhor do que a volta de debate da intervenção militar. Até porque isto (crise política) se apresenta como cenário e principalmente porque este governo demonstra falta de capacidade de sair do isolamento. A oposição não é apenas a oposição das ruas, vai ter que ter articulação política no Congresso”, defendeu.

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