domingo, 15 de março de 2015

Oposição decide aderir em bloco a protesto anti-Dilma

• Em SP, vereadores e deputados do PSDB e secretários de Alckmin vão participar

• Projeções da área de inteligência do governo federal sugerem que 200 mil poderão ir às ruas neste domingo; Dilma pede protesto sem violência

Daniela Lima – Folha de S. Paulo

Protestos de março

SÃO PAULO - Integrantes dos dois maiores partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff vão aderir em bloco às manifestaçõeaos protestatos organizadas contra a presidente neste domingo (15).

A oposição aposta nos movimentos de rua para alcançar dois objetivos contra o PT: ampliarm o desgaste da imagem da presidente e fazer avançar as investigações no Congresso sobre o escândalo de corrupção na Petrobras.

Para que a fragilidade do o cenário desfavorável ao governo aumentede fragilidade se solidifique, eles torcem rezam para que os protestos sejam grandes a ponto de estimularem outrose também o "primeiro de muitos". IDe forma recorrente, interlocutores do senador Aécio Neves, presidente do PSDB e adversário de Dilma nas últimas eleições presidenciais, dizem que os atos devem ser encarados como a primeira etapa de uma maratona".

Na noite deste sábado, Dilma pediu, no Facebook, para que os cidadãos protestem sem violência. "Valorizo muito o fato de que, hoje no Brasil, as pessoas podem se manifestar livremente e não podemos aceitar qualquer tipo de violência que impeça esse direito. Sou a favor da democracia. Espero que amanhã [domingo] o Brasil prove sua maturidade democrática."

O PSDB e o DEM apoiam as manifestações, mas têm feitos declarações cautelosas sobre a legitimidade dos pedidos de impeachment, principal bandeira de alguns dos grupos que articularam os protestos deste domingo.

Nos bastidores, há uma comparação entre o cenário deste ano e o de 2005, quando o governo Lula foi dragado pelo escândalo do mensalão. Naquela ocasião, dizem dizem os tucanos, não havia clima de indignação social.

Para eles, hoje o quadro é maienos desfavorável a Dilma, que vem sendo hostilizada publicamente. Ainda assim, PSDB e DEM querem "esperar para ver" o que acontecerá depois do domingo e, por isso, defendem a adesão em massa de seus filiados. "As pessoas, nossos filiados que quiserem ir, devem sentir-se estimuladas", diz o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). Aécio divulgou na sexta um vídeo em que classificou o este domingo como "dia histórico".

Atendendo à convocaçãao chamado, diversos tucanos marcaram pontos de encontro para participar direm aos protestos em São Paulo, onde os organizadores esperam que ocorra o ato principal. Vereadores do PSDB de São Paulo, por exemplo, sairão marcaram às 13h30 de em um colégio perto da av. Paulista.

Três secretários do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido (Casa Civil), Floriano Pesaro (Desenvolvimento Social) e, Duarte Nogueira (Transportes), e Edson Aparecido (Casa Civil) confirmaram sua presença no ato.

Na contramão"soldados", governadores tucanos guardam distância das manifestações. Alckmin e Beto Richa (PR) mencionam em suas conversas o risco de um efeito bumerangue: temem avaliam que, se hoje as ruas estão contra Dilma, amanhã possam se virar podem star contra eles.

Ambos enfrentam crises. Há o fantasma da falta de água em São Paulo e o desequilíbrio nas finanças um profundo arrocho nas contas do Paraná. Por isso, os governos pediram atenção às equipes de inteligência que encarregaram de monitorar monitoram riscos de protestos.

A Polícia Militar de São Paulo, por exemplo, relatou um aumento substancial das menções ao ato deste domingo nas redes sociais desde o pronunciamento de Dilma no último dia 8.

. Após a fala de Dilma, a expectativa dde público feita pela PM para no público na avenida Paulista saltou de 10 mil para no mínimo 40 mil pessoas. Projeções da área de inteligência do governo federal sugerem que 200 mil pessoas poderão ir às ruas --metade em São Paulo.

Surpreendida pelo panelaço do dia 8, Dilma convocou cinco ministros para ficar em Brasília e, no fim do dia, fazer uma reunião no Alvorada.

Colaboraram Natuza Nery e Valdo Cruz, de Brasília

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