quarta-feira, 27 de maio de 2015

Aécio afirma que cortes punem municípios

• Tucano destaca que prefeitos sofrem com mais impostos e menos repasses

Maria Lima – O Globo

BRASÍLIA - Ao participar ontem da 18ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG) acusou o PT e a presidente Dilma de não terem coragem de olhar nos olhos dos prefeitos para dizer que as promessas feitas à marcha ano passado, durante a campanha, não seriam mais seria cumpridas.

- Os senhores prefeitos foram chamados lá atrás a pagar a conta do crescimento com as pesadas desonerações. Agora são novamente penalizados com a suspensão de repasses e aumento de impostos. Infelizmente o que nos espera é um cenário ainda mais agudo e a responsabilidade não é da seca nem da crise internacional. Só nesses quatro meses o governo já deixou de repassar R$1 bilhão dos municípios. A responsabilidade é única e exclusivamente do governo da presidente Dilma, que se negou a vir aqui se dirigir aos senhores - discursou Aécio. A presidente Dilma se encontra no México em visita oficial de Estado.

Diante da ausência de representantes do PT, que recusou o convite para discutir o tema "reforma política", Aécio foi muito aplaudido pela plateia de três mil prefeitos reunidos na marcha. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, foram convidados os dez maiores partidos para o debate, e o deputado Henrique Fontana (PT-RS) havia confirmado presença, mas na segunda-feira à noite telefonou dizendo que não poderia participar.

Ao criticar a ausência de Dilma e de seus representantes no encontro dos prefeitos, Aécio disse que a presidente está "sitiada" e que só sai do palácio do governo com "forte escolta".

- Não pode olhar nos olhos dos prefeitos porque mentiu. O governo iludiu os brasileiros e os prefeitos - disse o tucano.

Enquanto as lideranças partidárias discursavam sobre a reforma política, prefeitos protestavam contra as dificuldades financeiras enfrentadas com os cortes.

- Ano que vem não tem condições de ter eleição para prefeito. A conjuntura não permite. Nós vamos levar bomba. Estamos todos lascados - bradou o prefeito de Poções (PE), Padre Cazuza (PSB).

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