quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Emprego na indústria encolhe 5,2% no primeiro semestre, segundo IBGE

• De maio para junho, houve queda de 1%. Frente ao mesmo mês do ano passado, recuo foi de 6,3%

Por Andrea Freitas – O Globo

RIO - A Pesquisa Industrial Mensal — Emprego e Salários (Pimes), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, mostra uma redução de 5,2% no total de vagas formais no setor produtivo no primeiro semestre deste ano. Em junho, na comparação com o mês anterior, houve recuo de 1%, a sexta queda consecutiva. Já frente ao mesmo mês do ano passado, a queda foi mais expressiva, de 6,3% — a 45ª taxa negativa seguida nesse tipo de comparação e a mais intensa desde agosto de 2009, quando o recuo foi de 6,4%. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou negativa em 4,6%.

O número de horas pagas recuou 0,6% de maio para junho. Na comparação entre junho deste ano e o mesmo mês do ano passado, o recuo foi bem mais forte, de 6,3%. No ano, a queda acumulada é de 5,8% e, em 12 meses, é de 5,3%. Já a folha de pagamento real registrou alta de 1,3% em junho em relação a maio. Frente a junho do ano passado, a taxa ficou negativa em 7,1%. No ano, a retração é de 6,1% e em 12 meses, de 4,7%.

Em comparação a junho do ano passado, houve redução no contingente de trabalhadores em todos os 18 ramos pesquisados. As principais influências negativas vieram de meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), produtos de metal (-11,8%), máquinas e equipamentos (-8,9%), alimentos e bebidas (-3,0%), vestuário (-6,7%), outros produtos da indústria de transformação (-9,3%), calçados e couro (-7,8%), borracha e plástico (-4,9%), metalurgia básica (-7,3%), papel e gráfica (-4,0%), minerais não metálicos (-3,1%), produtos têxteis (-3,8%) e indústrias extrativas (-5,3%).

No acumulado nos seis primeiros meses do ano, também foram registradas quedas nos 18 setores analisados. As principais contribuições negativas vieram de meios de transporte (-9,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,5%), produtos de metal (-10,2%), alimentos e bebidas (-2,2%), máquinas e equipamentos (-6,4%), outros produtos da indústria de transformação (-8,7%), vestuário (-5,4%), calçados e couro (-7,5%), metalurgia básica (-6,5%), papel e gráfica (-3,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,3%), indústrias extrativas (-4,6%) e produtos têxteis (-2,9%).

De maio para junho, o número de horas pagas aos trabalhadores, já descontadas as influências sazonais, teve recuo de 0,6% — a quarta taxa negativa seguida, acumulando nesse período perda de 3,4%. No acumulado em 12 meses, as horas pagas registraram queda de 5,3%.

Já frente a junho do ano passado, o número de horas pagas caiu 6,3%. Foi a 25ª taxa negativa seguida nesse tipo de comparação. E 17 dos 18 segmentos pesquisados registraram diminuição no número de horas pagas — só o setor de produtos químicos, com variação de 0,4%, teve resultado positivo. Os destaque negativos ficaram com meios de transporte (-11,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,5%), produtos de metal (-11,6%), máquinas e equipamentos (-8,4%), outros produtos da indústria de transformação (-10,1%), alimentos e bebidas (-2,0%), borracha e plástico (-6,9%), vestuário (-6,0%), calçados e couro (-8,8%), metalurgia básica (-9,0%), papel e gráfica (-5,0%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,0%) e minerais não metálicos (-3,3%).

No primeiro semestre, o recuo no número de horas pagas foi de 5,8%, com redução nos 18 setores pesquisados. Os impactos negativos mais relevantes foram em meios de transporte (-10,4%), produtos de metal (-10,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,7%), máquinas e equipamentos (-7,5%), alimentos e bebidas (-2,5%), outros produtos da indústria de transformação (-9,4%), calçados e couro (-9,8%), vestuário (-5,0%), metalurgia básica (-8,4%), papel e gráfica (-4,4%), minerais não-metálicos (-3,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-8,6%), borracha e plástico (-2,9%) e indústrias extrativas (-4,0%).

Após dois meses seguidos de taxas negativas, quando acumulou uma perda de 4,7%, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, com ajuste sazonal, cresceu 1,3% de maio para junho. O setor setor extrativo exerceu influência positiva de 31,2%, devido ao pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor. A indústria de transformação, com recuo de 1,1%, permaneceu com taxas negativas pelo sexto mês seguido.

Na comparação com junho do ano passado, o valor da folha de pagamento real recuou 7,1%, registrando a 13ª taxa negativa seguida nesse tipo de confronto. Foram registrados baixas em 15 dos 18 ramos, com destaque para meios de transporte (-17,4%), alimentos e bebidas (-6,3%), máquinas e equipamentos (-10,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,7%), metalurgia básica (-13,5%), borracha e plástico (-11,4%), produtos de metal (-11,9%), produtos químicos (-4,3%), outros produtos da indústria de transformação (-8,7%), calçados e couro (-8,4%), minerais não-metálicos (-3,3%) e produtos têxteis (-3,6%).

Frente ao mesmo período do ano anterior, a folha de pagamento real recuou 7,5% no segundo trimestre e 6,1% no semestre. No acumulado nos últimos 12 meses, a queda foi de 4,7% — a mais intensa desde novembro de 2003 (-5%), mantendo a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014 (1,6%).

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