terça-feira, 5 de abril de 2016

Dilma já foi “impichada” pelo Lula. Se trata agora de “impichar” o Lula.- Alberto Goldman

Lula não esperou a decisão do Congresso. Colocando-se na condição de salvador da pátria, quero dizer, do PT, Lula já afastou seu fantoche, Dilma Rousseff, hoje reduzida a uma palanqueira que repete um mote sem qualquer credibilidade: “impeachment contra mim é golpe”.

Com o título de ministro, ou sem ele, Lula articula partidos, parlamentares e dirigentes públicos federais, usando o mais velho e surrado método fisiológico: distribuição de cargos federais que se transformam, nas mãos dos que aceitam a cooptação, em dinheiro vivo. Dilma, coadjuvada pelos seus inúteis acompanhantes, Ricardo Berzoini e Jaques Wagner, apenas assina os decretos que lhe são colocados para formalizar as barganhas.

Por isso é que o impeachment é necessário. Não propriamente para afastar a presidente que já se foi, mas para afastar o real comandante do governo que ainda sobrevive. Só a formalização do impeachment de Dilma é que afasta o chefe Lula.

Vamos avaliar as opções que temos diante de nós. A primeira é Lula conseguindo os votos necessários dos deputados que vão dizer não ou vão se escafeder no momento da votação, totalizando mais de um terço da Câmara. Formará o governo com a escória do rebotalho que temos no Congresso Nacional, produzindo uma equipe de bandidos incapaz de governar o país mas capaz de aprofundar o assalto ao patrimônio nacional. Quase mais três anos de desastres e de crises, que serão insuportáveis para o povo brasileiro.

Na segunda alternativa Dilma sai e com ela Lula e o bando que ainda sobra, e Temer assume a presidência. Não é meu gosto, tenho razões de sobra para não confiar nele e em seus aliados mas é a solução que a Constituição nos impõe. Já que Dilma já foi e Lula precisa ir, Michel é o que o destino nos dá.

Quem sabe, em seguida, o TSE resolva a questão da ação de perda de mandato da dupla Dilma/Temer e nos concede a possibilidade de escolher, pelo voto popular, um governante que promova a transição até 2018 que o país tanto precisa.

No momento, gostemos ou não, a melhor alternativa é a segunda. Tampem os narizes, srs. Deputados, e votem.

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