segunda-feira, 13 de junho de 2016

Marina e Guilherme Leal afirmam não ter usado dinheiro ilícito em 2010

- Valor Econômico

RIO - A ex-senadora Marina Silva (Rede) e o presidente da Natura e ex-candidato da vice-presidente na chapa de Marina Silva, Guilherme Leal, negaram que a campanha de 2010 tenha recebido recursos ilícitos, conforme relato do ex-presidente da construtora OAS, Adelmário Pinheiro, mais conhecido como Léo Pinheiro, durante negociação para acordo de delação premiada.

Segundo informação publicada pelo colunista de “O Globo” Lauro Jardim, Pinheiro prometeu aos procuradores da Lava-Jato falar sobre um pedido de contribuição para a campanha de Marina em 2010, que teria sido feito por Leal e pago fora da contabilidade oficial apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com a coluna, não há registro de doação oficial da OAS para a campanha de Marina naquele ano.

Na nota divulgada no sábado, Leal afirma que se encontrou com Pinheiro, ocasião em que foram apresentadas “as propostas da candidatura”. Ele nega ter discutido pagamento de caixa 2 para a campanha. “Houve sinalização da OAS em apoiar a campanha presidencial por meio do Partido Verde, certamente dentro dos termos da lei, com o devido registro perante a Justiça Eleitoral", disse o executivo, segundo o qual “qualquer outra insinuação é uma inverdade".


Em nota enviada ao “Globo” e também distribuída em suas redes sociais, Marina Silva escreveu nunca ter usado “um real sequer” em suas campanhas que não tivesse sido “regularmente declarado". Sobre Guilherme Leal, ela disse que ele "sempre foi fiel ao compromisso ético e à orientação política de que todos os recursos de financiamento de campanha teriam origem e uso inteiramente legais".

Eduardo Paes
A coluna de Lauro Jardim também informa que a OAS e a Odebrecht prometem detalhar aos investigadores um suposto esquema de caixa dois para a campanha do prefeito do Rio, Eduardo Paes.

“O prefeito Eduardo Paes afirma que todas as doações às suas campanhas eleitorais - sejam aquelas feitas diretamente a ele ou via diretórios municipal, estadual e nacional do seu partido - ocorreram de forma oficial e legal e foram declaradas à Justiça Eleitoral. Paes ressalta que as contas de campanha foram devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral", informou o Paes em nota ao “Globo”.

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