sábado, 25 de junho de 2016

Sinal verde para a Lava Jato - Roberto Freire

- Diário do Poder

Mais uma narrativa criada pelo lulopetismo com o intuito de confundir a opinião pública acaba de ser sepultada pela realidade. Ao contrário da falácia propagada pelos defensores de Lula e Dilma Rousseff, as investigações da Lava Jato não sofreram nenhum tipo de ameaça desde que o presidente interino Michel Temer assumiu o cargo. O que se percebe, aliás, é o apoio total do governo à força-tarefa em Curitiba, ao Ministério Público Federal e ao juiz Sérgio Moro.

A deflagração da Operação Custo Brasil, uma espécie de desdobramento da 18ª fase da Lava Jato, revelou aos brasileiros o excelente trabalho conduzido pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, indicando que outros Moros e novas forças-tarefas surgirão em todo o Brasil como legado benfazejo da Lava Jato.


A prisão de um dos próceres do lulopetismo, Paulo Bernardo, ex-ministro de Lula e Dilma e marido da senadora Gleisi Hoffmann, suspeito de envolvimento em pagamentos de propina que teriam movimentado até R$ 100 milhões em contratos no Ministério do Planejamento, demonstra que nada é capaz de parar as investigações sobre os escândalos de corrupção patrocinados pelo aparelho criminoso que tomou de assalto o Estado nos últimos 13 anos.

Assim como Bernardo, um dos secretários da gestão do petista Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, foi detido preventivamente, enquanto o também ex-ministro Carlos Gabas, outro homem de confiança de Dilma, foi chamado a depor pela suposta participação no esquema. Os criminosos fraudavam um serviço de gestão de créditos consignados a funcionários públicos e, na prática, tiravam dinheiro de aposentados e pensionistas, o que só escancara a que ponto chegou a degradação moral daqueles que comandavam o país.

Se os brasileiros hoje assistem ao notável avanço da Lava Jato, o que se viu sob os governos de Lula e Dilma foram inúmeras tentativas de obstrução à Justiça. A nomeação do ex-presidente para a chefia da Casa Civil, crime plenamente configurado e tornado público por meio de gravações autorizadas pelo juiz Moro, foi um dos episódios mais espúrios da história da República. Além disso, segundo o ex-senador petista Delcídio do Amaral, a presidente afastada teria indicado um ministro ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele votasse pela soltura de empreiteiros presos que poderiam complicar ainda mais a situação do governo caso fizessem delações.

Em comportamento radicalmente oposto ao de sua antecessora, o presidente em exercício não titubeou ao afastar ministros investigados ou simplesmente citados na Lava Jato, como os do Planejamento, do Turismo e da Transparência, seguindo o exemplo virtuoso deixado por Itamar Franco. Como se não bastasse ter reafirmado o compromisso da atual gestão com a força-tarefa em Curitiba, Temer chancelou a visita de seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, aos procuradores na capital paranaense. No encontro, mais uma vez, o governo manifestou publicamente seu apoio à investigação.

A operação, que vem desbaratando as ilegalidades praticadas nos governos do PT, já se transformou em um patrimônio de nossa sociedade. Entre seus inúmeros resultados positivos, está a proposta que estabelece dez medidas para o combate à corrupção, já apresentada ao Congresso Nacional e que contou com o apoio maciço e uma intensa mobilização da população brasileira.

Com o sinal verde que hoje parte do Palácio do Planalto, além do amadurecimento e da independência das instituições no país, não há nenhuma possibilidade de retrocesso no brilhante trabalho levado a cabo pela força-tarefa. Para desespero daqueles que se locupletaram nos últimos anos, a Lava Jato segue mais forte do que nunca e não vai parar tão cedo.

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Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS

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