terça-feira, 26 de julho de 2016

Eleições municipais terão mobilização da sociedade como jamais se viu no País, diz Freire

• Em entrevista à AllTV, presidente nacional do PPS afirma que impeachment modificou o cenário político do país e projeta forte impacto da Lava Jato sobre os principais partidos

Fábio Matos/Assessoria do Parlamentar- Portal PPS

O pano de fundo das eleições municipais será de intensa mobilização da sociedade brasileira e consequências ainda imprevisíveis da Operação Lava Jato sobre o sistema político. A avaliação é do deputado federal Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS, que participou nesta segunda-feira (25) do programa “Gente Que Fala”, exibido pela AllTV e transmitido pela Rádio Trianon AM (740 KHz).

“Viveremos uma situação inédita nesta eleição. Será a primeira sem financiamento privado, o que já está causando um grande impacto nas campanhas”, afirmou o parlamentar durante a atração comandada pelo jornalista Zancopé Simões. “O país, do ponto de vista político, mudou substancialmente. O impeachment gerou uma mobilização da cidadania brasileira como nunca se viu em nossa história.”

Outra variante a ser considerada e que pode influenciar nas disputas municipais é o avanço da Lava Jato sobre políticos e partidos. “Assim como a Lava Jato no Brasil, houve na Itália a Operação Mãos Limpas. A primeira eleição depois dela provocou uma verdadeira hecatombe em alguns partidos, que desapareceram da cena política. Não digo que acontecerá o mesmo aqui no Brasil, mas haverá impacto”, comparou Freire.

Olimpíada
Além do presidente do PPS, participaram do programa o secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo, José de Lorenzo Messina; a presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina, Delegada Rose; e o presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas da Construção Civil do Estado de São Paulo (Apemec), Luiz Alberto de Araújo Costa.

Ao comentar os problemas na organização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Freire criticou duramente a ausência de uma política esportiva no Brasil. “Há a falência completa do Ministério do Esporte. O Brasil, com a capacidade que tem, com a população que tem, desperdiçou oportunidades nessa área”, afirmou. “Infelizmente, o Ministério do Esporte não tem um planejamento sério. Teremos agora a Olimpíada. Vamos aguardar para ver como será o desempenho esportivo, além de todas as questões de organização.”

Apesar das críticas, o deputado disse que agora o momento é de torcer para que os Jogos se desenvolvam de forma satisfatória. “Lá atrás, eu não patrocinaria essa Olimpíada. Mas já que ela está aí, esperamos que transcorra bem e seja um sucesso para o Brasil.”

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