segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Crivella e Molon oficializam candidaturas a prefeito do Rio

• Senador do PRB acusa Paes de ajudar empresas envolvidas na Lava-Jato

Chico Otavio - O Globo

Lançado oficialmente candidato à sucessão municipal pelo PRB, o senador Marcelo Crivella pautou o seu discurso com críticas ao prefeito Eduardo Paes (PMDB), a quem procurou associar à Lava-Jato:

— Sempre tentam dizer que sou preposto do Bispo Macedo (Edir Macedo, fundador da Igreja Universal e seu tio), o que não é verdade. Mas o que o povo quer saber é se Eduardo Paes é preposto da Odebrecht.

A prefeitura carioca, sustenta Crivella, teria desembolsado R$ 40 bilhões com obras executadas por empreiteiras envolvidas com a Lava-Jato. Ele disse que, após a Olimpíada do Rio, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, com a Carvalho Hosken, receberão sem ônus o terreno do antigo Autódromo de Jacarepaguá, para fazer um megaempreendimento.

Ao lado de nomes como o do deputado estadual Wagner Montes e o da deputada federal Clarissa Garotinho (PR), que carregava o filho de 2 meses, Vicente, no colo, Crivella oficializou a candidatura em evento no Olaria Atlético Clube. Embora a estratégia da campanha seja desvincular o candidato da igreja, algumas camisetas exibiam frases como “Diga não às drogas e sim a Jesus” e “O Pai é nosso”.

Crivella disse que pretende priorizar a Educação e a Saúde, prometendo investir R$ 1 bilhão na rede pública municipal, para compensar os recursos que ele disse que Paes retirou da área de Saúde para investir nas obras olímpicas. No discurso, ele também atacou indiretamente o candidato de Paes, Pedro Paulo, que foi acusado de agredir a ex-mulher:

— Na eleição para governador, fui ao segundo turno, mas bati na trave. Vergonha não é bater na trave. Vergonha é bater em mulher. No PRB, não tem homem que bate em mulher.

Marina no palanque de Molon
Outro candidato da oposição, o deputado federal Alessandro Molon também oficializou a candidatura pela Rede:

— Não é apenas o que queremos fazer, é também como. Essa é uma diferença fundamental. Queremos fazer de forma diferente, com transparência e participação. A prefeitura do Rio em relação a isso é uma vergonha. E transparência é o melhor antídoto contra o mau uso do dinheiro público.

Presente ao ato, no Catete, a ex-candidata do PSB a presidente Marina Silva disse que o partido deve superar as limitações de estrutura no Rio:

— Quem vai ganhar a eleição não é a estrutura, é a postura. Este é o momento em que as pessoas estão querendo uma nova postura. Não vai ser lá em cima no palanque. Vai ser aqui, no tablado, conversando com as pessoas nas ruas.

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