quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Disputa pelo 2º turno será voto a voto

Às vésperas da eleição, pesquisa Ibope divulgada pela Rede Globo mostra que a disputa para ir ao 2º turno no Rio será decidida voto a voto. Pedro Paulo (PMDB) e Marcelo Freixo (PSOL) estão numericamente à frente, com 10% cada, mas tecnicamente empatados com quatro adversários: Indio da Costa (PSD), que tem 8%, Jandira Feghali (PCdoB) e Flavio Bolsonaro (PSC), ambos com 7%, e Osorio (PSDB), com 4%. O candidato do PRB, Marcelo Crivella, lidera com 34%.

Emoção até o fim

• A 4 dias da eleição, 6 estão tecnicamente empatados na disputa para ir ao 2º turno contra Crivella

Fernanda Krakovics - O Globo

A quatro dias da eleição para a prefeitura do Rio, a disputa para decidir quem irá ao segundo turno está ainda mais acirrada, com seis candidatos empatados tecnicamente, segundo pesquisa Ibope divulgada ontem pela TV Globo. O candidato do PRB, Marcelo Crivella, continua liderando a corrida, com 34% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa.

Segundo o Ibope, dividem a segunda posição Pedro Paulo (PMDB) e Marcelo Freixo (PSOL), com 10%; Indio da Costa (PSD), com 8%; Jandira Feghali (PCdoB) e Flávio Bolsonaro (PSC), com 7%; e Carlos Osorio (PSDB), com 4%. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Diante desse cenário de incerteza, cresce a aposta dos candidatos no debate da TV Globo, hoje, para tentar conquistar votos e chegar ao segundo turno.

Foram feitas 1.204 entrevistas entre a última segunda-feira e ontem. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número RJ-03256/2016.

Acirramento
Segundo o Ibope, no levantamento anterior, divulgado na última segunda-feira, apenas três candidatos estavam empatados tecnicamente em segundo lugar — Pedro Paulo (11%), Freixo (9%) e Indio (8%) — embora fossem seguidos de perto por Jandira e Bolsonaro, ambos com 6%.

Osorio, que trocou recentemente o PMDB pelo PSDB, passou a também disputar a vaga no segundo turno contra Crivella, em cenário antecipado pelo Datafolha em pesquisa divulgada anteontem.

O tucano nacionalizou sua campanha, associando sua imagem às manifestações a favor do impeachment de Dilma Rousseff e contra a corrupção. Ele também exibiu, em sua propaganda na TV, depoimentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

Líder da pesquisa, Crivella oscilou, dentro da margem de erro, de 35% para 34%. Ele tem uma vantagem de 24 pontos percentuais em relação ao segundo lugar.

O candidato do PRB venceria nas cinco simulações de segundo turno. Seu melhor desempenho é contra Pedro Paulo, 52% a 20%. E o pior é tanto contra Freixo quanto contra Indio: 50% a 24%.

A rejeição a Marcelo Crivella, taxa dos que não votariam nele de jeito nenhum, caiu de 35% no final de agosto para 24% em 14 de setembro, foi a 27% na última segunda-feira e a 26% ontem. A margem de erro também é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Essa é a terceira vez que Crivella disputa a prefeitura do Rio. Ele também já concorreu duas vezes para o governo do estado, indo para o segundo turno somente em 2014.

Na tentativa de diminuir sua rejeição, calcanhar de aquiles nas eleições anteriores, Crivella tem tentado se dissociar da Igreja Universal, da qual é bispo licenciado. O candidato do PRB também é sobrinho do bispo Edir Macedo, fundador dessa denominação evangélica.

Nessa reta final do primeiro turno, além da relação com a Universal, adversários de Crivella têm explorado sua aliança com o ex-governador Anthony Garotinho (PR), que já foi condenado por formação de quadrilha e ato lesivo ao patrimônio. Crivella tem defendido a coligação com o PR, afirmando que é preciso ter alianças para governar. Ele nega, no entanto, que Garotinho terá participação em sua eventual administração. O candidato do PRB não descarta, porém, uma colaboração da deputada federal Clarissa Garotinho, filha do ex-governador, caso seja eleito.

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