quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Taxa de desemprego vai a 11,8% no 3º trimestre, aponta IBGE

Por Robson Sales – Valor Econômico

RIO - A taxa de desemprego no Brasil aumentou para 11,8% no terceiro trimestre deste ano, ante 8,9% no mesmo período em 2015. No segundo trimestre, o nível de desocupação era de 11,3%, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O nível de desocupação mais recente é o maior para o período desde o início da pesquisa, em 2012. A taxa do período entre julho e setembro ficou abaixo da média de 11,9% estimada por 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data. O intervalo das estimativas ia de 11,8% a 12%.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a população desempregada no terceiro trimestre aumentou 33,9% em relação a um ano antes, para 12 milhões de pessoas, um acréscimo de 3 milhões. Na comparação com o período de abril a junho deste ano, esse contingente aumentou 3,8%, ou mais 437 mil de pessoas.

Considerando o comparativo com o terceiro trimestre de 2015, o aumento do desemprego foi provocado pela entrada de 788 mil novas pessoas no mercado de trabalho. Além de todo esse contingente não ter encontrado uma vaga, mais 2,255 milhões perderam o emprego. Em relação ao intervalo de abril a junho de 2016, havia 527 mil pessoas a menos no mercado de trabalho, mas houve demissão de 963 mil pessoas.

Assim, o número de pessoas ocupadas diminuiu 2,4% ante o mesmo período de 2015 (menos 2,3 milhões de pessoas) e caiu 1,1% (menos 963 mil pessoas) ante o segundo trimestre, para 89,835 milhões.

O nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação àquela em idade de trabalhar) caiu para 54%, ante 56% no terceiro trimestre de 2015 e de 54,6% no segundo trimestre deste calendário.

Renda
A renda média real recebida pelo brasileiro em todos os trabalhados foi de R$ 2.015 no terceiro trimestre, queda de 2,1% ante um ano antes, quando era de R$ 2.059. Perante o segundo trimestre de 2016, quando a renda foi de R$ 1.997, houve alta de 0,9%.

A massa de rendimento real habitualmente recebida pelas pessoas ocupadas em todos os trabalhos (R$ 176,8 bilhões) não apresentou variação significativa no comparativo com o período de abril a junho de 2016 e caiu 3,8% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

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