domingo, 25 de dezembro de 2016

'Por favor, me esqueça!' – Bernardo Mello Franco

-Folha de S. Paulo

Se pudessem, muitos políticos apagariam 2016 das nossas memórias. O ano produziu um impeachment e levou poderosos para a cadeia. A seguir, uma seleção de frases que eles gostariam de esquecer.
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"Tem que mudar o governo para estancar essa sangria" — Romero Jucá, senador, sugerindo um pacto para frear a Operação Lava Jato.

"Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel" — Sérgio Machado, ex-senador, na conversa com Jucá.

"Eu tô mandando o Bessias" — Dilma Rousseff, ex-presidente, tentando transformar Lula em ministro.

"Tchau, querida" — Lula, ex-presidente, ao se despedir de Dilma.

"Eduardo Cunha, você é um gângster. O que dá sustentação à sua cadeira cheira a enxofre" - Glauber Braga, deputado, encarando o correntista suíço na votação do impeachment.

"O caráter. A sinceridade" — Cláudia Cruz, mulher de Cunha, explicando o que a atraiu no ex-deputado.

"Não fale em crise, trabalhe" — Michel Temer, presidente, citando a propaganda de um posto falido como lema para seu governo.

"Isso é um salafrário dos grandes" — Ciro Gomes, ex-ministro, descrevendo o novo presidente.

"É o que tem" — Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente, sobre o governo Temer. Ele já havia definido a gestão como uma "pinguela".

"Se ela não tem efetividade, mas as pessoas acreditam que tem, a fé move montanhas" — Ricardo Barros, ministro da Saúde, chocando médicos ao defender a "pílula do câncer".

"Deixar cargo por isso? Pelo amor de Deus" — Geddel Vieira Lima, ex-ministro, cinco dias antes de cair.

"Se eu fosse escolher um codinome para esse delator, ficaria em dúvida entre Todo Horroroso ou Mentiroso" — Inaldo Leitão, ex-deputado, o "Todo Feio" da lista da Odebrecht.

"Vossa Excelência, por favor, me esqueça!" — Ricardo Lewandowski, ministro do STF, para Gilmar Mendes. Mas também serviria para 2016.

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