sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Aloysio e Amaral despontam como opções para chefia do Itamaraty

Daniela Lima, Gustavo Uribe, Marina Dias | Folha de S. Paulo

SÃO PAULO - Aliados do presidente Michel Temer acreditam que a chefia do Ministério das Relações Exteriores está, neste momento, entre o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), e o embaixador Sérgio Amaral, que está nos Estados Unidos.

Segundo a Folha apurou, o nome de Aloysio foi mencionado pelo presidente ainda na noite de quarta, após Temer aceitar a exoneração de José Serra (PSDB-SP) –que alegou problemas de saúde para deixar o cargo.

Aloysio foi presidente da Comissão de Relações Exteriores no Senado. Segundo pessoas de dentro do Itamaraty, o trabalho à frente do colegiado despertou elogios do corpo diplomático, que teria recebido bem a indicação, agora, de seu nome para o ministério.

O nome de Amaral, por sua vez, despontou como uma opção que alinhasse diplomacia e política. Ele é muito próximo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi porta-voz.

Questionado por amigos nesta quinta-feira (23), Aloysio não rechaçou a possibilidade de aceitar um convite para a chancelaria. Disse que precisaria "ouvir a família" e ressaltou que ainda não tinha recebido nenhum convite oficial.

REUNIÃO
No início da noite, Temer se reuniu no Palácio da Alvorada com o presidente do PSDB, Aécio Neves, além de Serra e do ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), para conversar sobre a sucessão no Itamaraty, que deve ser anunciada somente após o Carnaval.

Auxiliares afirmam que o presidente decidiu discutir "institucionalmente" com os tucanos a indicação para que a pasta se mantivesse sob o guarda-chuva do PSDB, principal aliado da gestão peemedebista e fiador do ajuste fiscal do governo.

Outros tucanos chegaram a ser cotados para a pasta, como os senadores José Aníbal (SP) e Tasso Jereissati (CE), mas os nomes perderam força ao longo do dia. Tasso teria confidenciado a aliados que se sente confortável no Senado, onde atua para se viabilizar como presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).

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