domingo, 5 de março de 2017

Os 200 anos da Revolução Pernambucana de 1817

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), do PPS, promoverá, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e com o Centro Josué de Castro (CJC), no próximo dia 9 (quinta-feira), às 17 horas, no Auditório Calouste Gulbenkian (Av. Dezessete de Agosto, 2187, bairro Casa Forte), no Recife, um Seminário para relembrar a Revolução Pernambucana de 1817, considerada um dos mais importantes movimentos de caráter revolucionário do período colonial brasileiro e que teve ricas consequências para o País.

O evento, 1817 – A Contestação da Ordem Monárquica, será aberto pelos presidentes das instituições organizadoras, no caso o senador Cristovam Buarque, presidente do Conselho Curador da FAP; o advogado ‎Luiz Otávio de Melo Cavalcanti, presidente da Fundaj, e o sociólogo José Arlindo Soares, presidente do CJC.

Na sequência, farão suas palestras os historiadores e professores Socorro Ferraz, abordando o tema “Os Contos Loucos e as Fantásticas Carrancas”; Flávio Cabral, com o tema “A Missão Cabugá nos EUA: Uma página da Revolução Pernambucana”; e José Luiz Mota Menezes, “Um Campo do Erário Régio, Dois Pátios e uma Revolução Republicana”. Em seguida, as pessoas presentes, mediante inscrição, poderão fazer curtas intervenções ou fazer perguntas aos palestrantes.

O governo provisório instalado pela Revolução declarou independência de Portugal e proclamou a República; decretou liberdade religiosa e de imprensa, mas não alterou as relações de trabalho escravo dominantes na produção canavieira. Os sublevados resistiram, por mais de dois meses, à ofensiva de dom João VI, instalado no Rio de Janeiro, que enviou cerca de 8 mil homens e uma frota naval para bloquear o porto do Recife, conseguindo esmagar o movimento republicano no dia 19 de maio.

A Revolução Pernambucana de 1817 foi liderada por destacados membros da maçonaria, como o comerciante Domingos José Martins; por militares, como José de Barros Lima, conhecido como o Leão Coroado, e Pedro da Silva Pedroso, além de vários religiosos, Muniz Tavares, João Ribeiro, Padre Roma e Padre Miguelinho.

O historiador Carlos Guilherme Mota considera a Revolução de 1817 como o maior movimento de contestação à ordem monárquica até então ocorrido no mundo afro-luso-brasileiro.

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