sábado, 27 de maio de 2017

Maia: DEM não vai decidir agora sobre governo

Ao programa ‘Moreno no Rádio’, ele desconversa sobre Presidência

- O Globo

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou ontem, em entrevista ao programa “Moreno no Rádio”, da CBN, que o DEM não pretende deixar o governo do presidente Michel Temer. Maia disse que, ao ouvir especulações de que o partido poderia sair da base governista, ligou para o presidente da legenda, senador José Agripino (DEMRN), que negou, segundo Maia, a articulação.

— O DEM não vai tomar nenhuma atitude precipitada. Tenho certeza de que a maioria (do partido) vai na linha do que penso. Qualquer movimento que desestabilize o país para a aprovação das reformas é muito ruim — afirmou Rodrigo Maia.

Jorge Bastos Moreno questionou o presidente da Câmara sobre a possibilidade de o PSDB deixar o governo.

— Quem trata do PSDB são os tucanos. Garanto que o DEM respeita a garantia do direito à defesa de qualquer cidadão — declarou o deputado, ressaltando que isso se aplica a Temer. — Tenho certeza de que o PSDB ficará com as reformas e, assim, garantirá a estabilidade do país, independente da posição que tenham em relação ao presidente Michel Temer.

Em vários momentos na entrevista, Maia defendeu as reformas, dizendo que, sem elas, o país não chega bem a 2018. Questionado por Moreno sobre como o Congresso faz para legislar diante do clima de instabilidade política, Rodrigo Maia respondeu:

— O papel do Congresso, da Câmara, é fundamental na governança do país. O próprio Temer fala assim, que o Brasil é governado pelo Executivo e Legislativo. Cabe ao Congresso continuar cumprido seu papel colaborando para que a crise esteja diluída — afirmou, dizendo que a Câmara vai continuar legislando e priorizando as reformas.

Maia foi questionado também ainda sobre a possibilidade de virar presidente do país, em caso de renúncia de Temer. Mas o presidente da Câmara desconversou:

— O que passa pela minha cabeça é minha alegria de ser presidente da Câmara, de ter a confiança de quase 300 parlamentares na última eleição (para a presidência da Casa).

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