sexta-feira, 3 de novembro de 2017

DEM abre caminho para nove nomes do PSB e vai dissolver diretórios para alojar os novos quadros

Painel / Folha de S. Paulo

Jogo de xadrez A cúpula do DEM conseguiu equacionar a divisão de poderes no último Estado que ainda oferecia resistências à entrada de nomes do PSB no partido, o Mato Grosso. Agora, espera apenas que os nove dissidentes socialistas formalizem a intenção de migrar para os seus quadros para iniciar a dissolução do diretório nacional, dos estaduais e dos municipais a fim de alojar os novos parlamentares em postos estratégicos. O Democratas, que tem 29 deputados, vai ampliar a bancada em um terço.

Minha vez O fim dos debates sobre as denúncias contra o presidente Michel Temer fez o DEM retomar as articulações para atrair parlamentares de outras siglas. O partido tem pronto o esboço do manifesto que vai nortear sua refundação. O texto será submetido à Executiva Nacional, assim como a intervenção nos diretórios.

Roupa nova A legenda quer se apresentar como uma alternativa aos extremos. Na economia, defenderá as reformas e estimulará o empreendedorismo. A agenda social será guiada pela defesa da educação e terá como vitrine a reforma do ensino médio, conduzida pelo ministro Mendonça Filho (PE).

Tiro e queda Com a preocupação crescente sobre segurança pública, o DEM defenderá o “cumprimento das leis com a proteção da vida e da sociedade, e não do bandido”. A sigla discute a defesa da redução da maioridade penal para crimes hediondos.

Carapuça Efraim Filho (PB), líder do DEM na Câmara, mostra o cartão visitas da nova cara da legenda: “Não tomamos tiro no peito da Lava Jato e, em vez de nos ocuparmos com dramas internos, conseguimos pensar o partido”.

Dono da bola Do DEM, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), foi o escolhido pelos partidos da base aliada para apresentar, na próxima semana, o ultimato das siglas que dão apoio a Michel Temer no Congresso. Elas querem que o presidente antecipe a reforma ministerial e dizem que, sem isso, não vai passar nada no Legislativo.

Pés no chão Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, passou esta quinta (2) em conversas com a cúpula da PM e do governo do Rio, tentando baixar a temperatura da crise que se instalou entre o Estado e o governo federal.

O caminho Ganha força entre dirigentes do PSDB a tese de que qualquer disputa, neste momento, pode agravar a divisão do partido. Nesse cenário, cresce articulação para que Tasso Jereissati (CE) e Marconi Perillo (GO) acertem um revezamento na presidência da sigla.

Preferência Por não ser candidato em 2018, Tasso assumiria o posto num primeiro momento. Passado um ou dois anos, a vaga seria de Perillo, que deve concorrer ao Senado no ano que vem.

Os russos A ala que apoia a candidatura de Marconi diz que ele não abre mão “de jeito nenhum” da disputa.

Osso duro de roer Aliados do governador Geraldo Alckmin se esforçam para dissuadir o prefeito João Doria da ideia de sair candidato a vice-presidente em uma chapa pura tucana e paulista. Eles dizem que a dobradinha não é viável.

E agora? O melhor dos mundos, avaliam, seria Doria continuar prefeito. Veem, porém, forte resistência do tucano. Mesmo no cenário em que ele disputaria o governo do Estado é difícil achar equação perfeita. Há outros interessados no posto, como o senador José Serra (PSDB-SP).

Toga na urna Marina Silva vai ao Tocantins para o lançamento da pré-candidatura do ex-juiz Márlon Reis, idealizador da Ficha Limpa, ao governo do Estado pela Rede. Ele é o primeiro fruto da ofensiva da ex-senadora sobre expoentes do Judiciário, como Joaquim Barbosa.

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