domingo, 26 de novembro de 2017

Fora do páreo

- Coluna do Lauro Jardim/O Globo

Huck anuncia amanhã que está fora do páreo. Luciano Huck não será candidato à Presidência, e amanhã anuncia oficialmente que está fora do páreo de 2018 numa entrevista em São Paulo. Continuará, no entanto, participando do Agora! e do RenovaBR, dois movimentos suprapartidários nos quais se engajou nos últimos meses. Huck, que não se filiará a partido algum, tomou a decisão na quinta-feira, justamente o dia em que “O Estado de S. Paulo” publicou em sua manchete uma pesquisa mostrando que a aprovação do apresentador crescera nos dois últimos meses. É um caso atípico na política: o de alguém que desistiu de ser candidato depois de uma notícia positiva.


De olho no Nordeste

Uma equipe que trabalha para Geraldo Alckmin está montando um programa de desenvolvimento para o Nordeste — o mais sólido reduto lulista no país. A ideia é propor em sua campanha presidencial um plano que trate a região (que tem mais eleitores que São Paulo) como uma solução para problemas brasileiros e não de um problema.

São Paulo sobe, Rio desce
Enquanto o mercado imobiliário parece estar retomando o bom ritmo em São Paulo, o Rio de Janeiro ainda tem espaço para piorar: a cidade fechou o terceiro trimestre com 39% das salas comerciais de alto padrão vazias. No mesmo período do ano passado, esse percentual era de 32%, de acordo com um levantamento inédito da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. A taxa de vacância de um mercado saudável é de 20%. Hoje, São Paulo chega perto dessa meta: 24% das salas comerciais de alto padrão estão vazias. Há um ano, eram 28%.

A terra vai tremer
Outra operação de grande porte da Lava-Jato no Rio de Janeiro sairá do forno no início de 2018. Vai mirar a área da Saúde. E não se restringirá ao Rio. Aliás, nem ao Brasil. Só para que o leitor tenha uma base de comparação, a operação da semana passada pode ser qualificada como de médio porte quando cotejada com a que vem por aí.

Racha jurídico
A tentativa do Souza Cescon, um dos principais escritórios de advocacia do Brasil, de contratar Esther Flesch provocou um racha entre os sócios. Esther era uma das principais advogadas do Trench Rossi Watanabe, que tratava da leniência da JBS. Foi demitida no rolo com o procurador Marcelo Miller. Em breve, o Souza Cescon perderá um de seus fundadores, além de vários outros sócios e clientes.

Situação crítica
O Ministério do Desenvolvimento Social concluiu um relatório com as previsões do fluxo de refugiados venezuelanos. Já são 32 mil. Mas o prognóstico para 2018 preocupa. No melhor cenário, só no primeiro semestre chegam 18 mil refugiados. No pior, se a situação política na terra de Nicolás Maduro se deteriorar ainda mais, o número de imigrantes pode chegar a inacreditáveis 700 mil.

A chapa
Se Bernardinho sair mesmo candidato ao governo do Rio de Janeiro, o seu vice será José Mariano Beltrame.

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