quarta-feira, 22 de novembro de 2017

No centro do palco

Poder em jogo / O Globo

Católico praticante — vai à missa semanal, mesmo em campanha, como fez domingo no Recife —, Geraldo Alckmin defendeu a atual legislação sobre aborto, tema de acirrado debate na Câmara, ontem. Candidato assumido à Presidência da República, o governador tucano, no evento “E agora, Brasil?”, promovido pelo GLOBO, também se declarou favorável ao casamento homoafetivo (“Trata-se de um contrato, dá segurança”) e ao debate sobre a legalização das drogas, apesar de alertar para o crescimento do crack entre os jovens. Alckmin disse que, se eleito, vai criar o Ministério da Segurança e propor mudanças institucionais que darão mais responsabilidades e poderes aos prefeitos para lidar com o problema. O governador tucano trabalha para ocupar o cobiçado espaço das forças de centro na disputa eleitoral de 2018.

Lições do passado
O Geraldo Alckmin versão 2018 promete reduzir o tamanho do Estado, cortando ministérios, privatizando estatais e fazendo concessões e parcerias com a iniciativa privada. Questionado sobre a campanha de 2006, quando titubeou na defesa das privatizações e posou com um colete do Banco do Brasil, afirmou: “A derrota ensina mais que a vitória. Tenho juízo. O Brasil tem 150 estatais. Um terço delas foi criado pelos governos do PT. E vou começar privatizando o Banco do Brasil?”

Matemática
O governador contou que foi reeleito em São Paulo com o apoio de 13 partidos. Considera que o tempo de televisão é decisivo na eleição, mas acha que pode ter uma aliança mais modesta: “Com cinco partidos é mais do que suficiente”.

Livre para o baile
O empreiteiro Marcelo Odebrecht conta os segundos pela liberdade à vista. Em duas semanas, deixará a prisão em Curitiba, onde passou os últimos dois anos. A família o aguarda em Salvador para a festa de 15 anos de uma sobrinha.

Renda certa
A aprovação da proposta que legaliza os jogos no Brasil, que deve ser votada hoje em comissão no Senado, é dada como certa pelo mercado do setor. Há forte apoio do governo federal e de governadores. O projeto é amplo e autoriza o funcionamento de cassinos, bingos e libera até o jogo do bicho. A estimativa de irrigar os cofres públicos com até R$ 18 bilhões por ano é o principal argumento favorável à regularização.

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