sábado, 30 de dezembro de 2017

Alckmin sinaliza que defenderá apenas um nome à sua sucessão em SP e embaralha jogo para 2018

Painel / Folha de S. Paulo

Com quem será? Geraldo Alckmin convocou um seleto grupo de aliados de diversos partidos para uma última reunião antes da virada do ano. O governador serviu pizza aos convidados e, entre uma fatia e outra, deu seus recados. Avisou que a montagem dos palanques estaduais só vai deslanchar depois que o PSDB formalizar seu nome na disputa ao Planalto, e que o arranjo começará por SP. Aí lançou uma novidade: agora, acha que o ideal é ter apenas um candidato a sucessor com seu apoio no Estado.

Um ou outro Ao sinalizar que prefere chancelar apenas um nome como sucessor, Alckmin dá uma guinada no cenário desenhado até aqui. Seu vice, Márcio França (PSB), será candidato em 2018. O PSDB também quer lançar um nome. Por isso, aliados diziam que o governador apoiaria as duas campanhas.

Dois coelhos Dentro do PSDB, o prefeito João Doria e o senador José Serra despontam como opções para o governo do Estado. Já França é dirigente do PSB. O partido avisou que o eventual apoio a Alckmin para a Presidência dependeria da reciprocidade em SP. Ou seja, se fechar com o vice, Alckmin pode levar o suporte do PSB de brinde.

Quem não arrisca… Doria convidou deputados estaduais do PSDB para um café no dia 16 de janeiro. Quem está à frente da articulação é o presidente da Alesp, Cauê Macris. Aliados do prefeito tentam criar a sensação de que há um clamor no partido a favor de sua candidatura ao governo do Estado.

Vigiai Analistas políticos tarimbados entre os maiores partidos do país começam a colocar em xeque a teoria de que Jair Bolsonaro derreteria ao longo da campanha ao expor suas ideias. Antonio Lavareda, por exemplo, tem dito que não subscreve a tese de que o deputado desidratará naturalmente.

Vai dar trabalho Com base em dados de pesquisas recentes, Lavareda afirma que há “uma piscina de 38% dos eleitores em que Bolsonaro pode navegar”. Ele diz que se os partidos de centro não se unirem em torno de um nome será difícil tirar o deputado do segundo turno.

Esse cara sou eu O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) irritou correligionários ao afirmar à Folha que é fiador de uma possível candidatura de Guilherme Boulos, líder do MTST, ao Planalto em 2018.

Feitiço e feiticeiro A suspensão de trechos do indulto natalino do presidente Michel Temer gerou apreensão em integrantes da Defensoria Pública da União. Eles temem uma onda de rebeliões em carceragens.

Recordar é viver O defensor público-geral, Carlos Eduardo Barbosa Paz, diz que, diante da decisão da presidente do STF, Cármen Lúcia, “não pode deixar de lembrar que há um ano vimos uma série de massacres nos presídios”.

Efeito dominó Paz afirma que, ao excluir uma parcela da população carcerária do indulto, “é preciso pensar na repercussão em massa que pode ser gerada”.


Para depois Temer vai deixar para o fim de janeiro ou início de fevereiro decisão sobre o Rota 2030, a nova política industrial para o setor automobilístico — a atual termina domingo (31). Com isso, frustra lobby da Anfavea e do Ministério do Desenvolvimento, que tinham pressa.

Queda de braço O projeto divide o governo. O MDIC é a favor, mas a Fazenda reluta. O principal ponto de divergência é a questão fiscal. O Desenvolvimento propõe incentivo de R$ 1,5 bilhão para o desenvolvimento do setor, mas quem cuida do Tesouro diz que não há recursos.

Sorriso amarelo Reunião sobre o assunto na semana passada terminou sem consenso. Em tom de brincadeira, diante do impasse, Temer disse que jogaria uma moeda para arbitrar o tema no “cara ou coroa”.

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