terça-feira, 10 de abril de 2018

Diretor do Viva Rio se filia ao PPS mirando governo do Rio

Antropólogo Rubem César Fernandes fundou a entidade que prega o combate à violência

Italo Nogueira | Folha de S. Paulo

RIO DE JANEIRO - O diretor-executivo da ONG Viva Rio, o antropólogo Rubem César Fernandes, se filiou na sexta-feira (6) ao PPS mirando uma candidatura ao governo do Rio. Há negociação para a formação de uma aliança com PSB e Rede.

Ele é fundador do Viva Rio, entidade criada há 25 anos como uma forma de mobilização da sociedade civil contra a crescente violência urbana da ocasião —situação semelhante à vivida pelo estado atualmente. A ONG teve forte atuação também no Haiti durante a ação do Exército brasileiro no país caribenho.

Próximo do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, Rubem César foi defensor da intervenção federal no estado do Rio. Ao longo do ano passado, buscou inclusive convencer o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) a nomear um general para a Secretaria de Segurança.

Ele afirmou que “abriu uma porta” para a se candidatar ao governo.

“É uma mudança enorme de perfil. Sempre fui da sociedade civil e é a primeira vez que me filio. É uma conversa preliminar”, afirmou Rubem César.

O antropólogo conversou também com o PSB sobre uma possível filiação, mas a sigla ainda tem posicionamento indefinido em razão das alianças nacionais, que dependem da eventual candidatura de Joaquim Barbosa.

Embora o PPS tenha dado maior garantia para a disputa, pode vir a trocar a indicação própria pelo apoio ao ex-prefeito Eduardo Paes, recém-filiado ao DEM.

A Rede tem como pré-candidato ao governo do Rio o deputado Miro Teixeira. Mas ele não se opõe a abrir mão do posto em favor de um nome de consenso.

O cenário eleitoral do Rio está fragmentado após a debacle do MDB-RJ, sigla que comanda o estado há quase duas décadas. Com a prisão do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), diversos partidos vêm se movimentando para apresentar um candidato.

De olho na disputa, o ex-governador Anthony Garotinho se filiou ao PRP. O deputado Índio da Costa (PSD) espera contar com o apoio do prefeito Marcelo Crivella (PRB). O senador Romário também ainda define se irá concorrer ou não, mesma situação de Bernardinho. O PT estuda lançar o ex-ministro Celso Amorim.

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