segunda-feira, 28 de maio de 2018

Caminhoneiros seguem com protestos apesar de governo fazer concessões

- Valor Econômico

SÃO PAULO - As manifestações dos caminhoneiros entram no oitavo dia, embora o governo tenha feito novas concessões. Além de São Paulo, há protestos em Alagoas, na Bahia, no Ceará, no Distrito Federal, no Espírito Santo, em Goiás, no Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Representantes da categoria tinham dito que os as estradas estariam liberadas com a publicação das medidas no Diário Oficial da União.

Dentre as novas medidas anunciadas, o presidente Michel Temer acertou a redução de R$ 0,46 por litro de óleo diesel, que valerá por 60 dias. Depois desse período de dois meses, os preços serão reajustados a cada 30 dias, informou.

O governo federal concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões e estipular um valor mínimo para o frete rodoviário.

Segundo o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), as reivindicações dos caminhoneiros são justas, pois, na ponta do lápis, os custos com combustível, pedágio e manutenção acabam sendo maiores que a remuneração oferecida. "Não há manifestação que dure tanto tempo se não houver justeza", afirmou.

Efeitos dos protestos
Em razão da falta de combustíveis, continuam os transtornos no transporte público. No Rio de Janeiro, por exemplo, o consórcio Rio Ônibus, sindicato que representa todas as 41 empresas de ônibus que operam no município, informou que deve funcionar com 40% da frota hoje. O BRT Rio, que administra sistema de transporte público por meio de corredores de via rápida, anunciou que, a partir das 4h da segunda-feira, o sistema vai operar com 125 articulados. Esse número corresponde a apenas cerca de 35% da frota total.

Diante da restrição no transporte público, várias universidades cancelaram as aulas nesta segunda-feira. Entre elas, estão a Universidade de São Paulo (USP) e as cinco maiores universidades públicas no Rio — Uerj, UFRJ, UFF, UniRio e UFRRJ.

Também não haverá aula na rede municipal de educação no Rio Na cidade, são 1,537 mil unidades de ensino, com uma rede de 654.949 alunos, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Educação (SME).

A Infraero apontou ainda que hoje a falta querosene de aviação atinge oito dos 54 aeroportos sob sua administração, mas que, apesar disso, os terminais estão abertos e com condições de receber pousos e decolagens.

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