segunda-feira, 28 de maio de 2018

Protestos continuam em 24 estados e no DF mesmo após sindicatos de caminhoneiros recomendarem fim da greve

Rodovia Raposo Tavares é interditada por bloqueio com fogo no sentido São Paulo

- O Globo

SÃO PAULO — No oitavo dia da greve dos caminhoneiros, protestos continuam nas estradas, restringindo a passagem de veículos mesmo após o governo anunciar novas medidas e sindicatos de caminhoneiros recomendarem o fim do movimento. De acordo com o "G1", manifestantes continuavam a mobilização nesta manhã em 24 estados — Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins — e no Distrito Federal.

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse que desde a madrugada está fazendo apelos, por WhatsApp, à categoria para retomar suas atividades. Ele afirmou que muitos caminhoneiros ainda não estão informados sobre o novo acordo fechado na noite de domingo entre os líderes do movimento e o governo para acabar com a greve.

Em São Paulo, motociclistas bloqueiam o trecho da Rodovia Presidente Dutra que dá acesso à cidade de Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo, informou a "TV Globo". A população do município é de cem mil pessoas. Muitos relatam, em redes sociais, que não conseguem deixar o local.

Um bloqueio feito com fogo interditou completamente o trânsito da Rodovia Raposo Tavares, no sentido São Paulo, no início da manhã desta segunda-feira . A informação é da "TV Globo". O protesto aconteceu na altura do Km 29, na altura de Cotia, na Grande São Paulo, no trecho um pouco antes do Rodoanel. No sentido oposto, o trânsito seguiu sem qualquer impedimento.

Ainda em São Paulo, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) liberaram dois trechos da Rodovia Presidente Dutra que onde havia bloqueios, informou a "TV Globo". Um deles era na altura de Bonsucesso, em Guarulhos, na Região Metropolitana. Ou outro ficava perto da Rodovia Fernão Dias.

Na segunda semana dos protestos, os impactos nos serviços para a população se ampliaram. Universidades públicas e privadas suspenderam aulas, a Prefeitura do Rio.

No Rio, há protestos nas rodovias Presidente Dutra e Washington Luiz. Nesta última fica localizada a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, de onde saem já algumas carretas com combustível. Manifestantes se concentram no canteiro que divide as pistas. Às 9h30, uma faixa no sentido Região Serrana foi bloqueada por vans que fazem uma carretada e reduziram a velocidade ao passar pelo local. Equipes das Forlas Armadas, da PM e da PRF estão no trecho.

Na Dutra, na altura do Km 204, em Seropédica, na Região Metropolitana, caminhões continuam no acostamento e também concentrados num posto de gasolina. Não há bloqueio na pista.

No Rio Grande do Sul, ainda há manifestantes em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, nesta segunda-feira, informou o "G1". Policiais militares estão no local. Além disso, há um bloqueio feito pela polícia na BR-116 para evitar a chegada de mais caminhoneiros à refinaria.

Nesta segunda, 14 viaturas das Forças Armadas estão na Refap. Elas fazem a escolta de oito caminhões que vão para o Aeroporto Internacional Salgado Filho. Há abastecimento de veículos das forças de segurança e unidades de emergência, informou a "TV Globo".

No Distrito Federal, policiais militares estão em frente ao Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde ficam concentradas as distribuidoras de combustível. Sete caminhões-tanque haviam deixado o local até às 6h45, todos com escolta.

Em Pernambuco, caminhoneiros continuma na no acostamento da BR-101, na altura de Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife.

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