domingo, 5 de agosto de 2018

Jaques Wagner rejeita sondagem para ser vice da chapa presidencial do PT

Sem ex-governador, alternativas do PT são Haddad e Gleisi; anúncia deve ocorrer neste domingo

Catia Seabra/ Marina Dias | Folha de S. Paulo

SÃO PAULO - Consultado por emissários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a hipótese de assumir a vice na chapa petista, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner declinou.

Wagner já tinha dito a interlocutores que não pretendia ser o plano B petista para a disputa presidencial.

Na sexta-feira (3), durante reunião com o ex-presidente da Superintendência da PF, Lula citou, segundo petistas, três hipóteses para o posto de vice: Wagner, o ex-prefeito Fernando Haddad e a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).

Sem Wagner, os nomes cotados são de Haddad e Gleisi. Haddad tem ganhado adeptos no partido.

Mas o nome deverá ser anunciado no domingo (5).

No início da tarde deste sábado (4), Lula foi aprovado por militantes e dirigentes do PT como o candidato do partido ao Planalto. Uma carta dele foi lida no evento.

Há quatro meses, Lula está preso em Curitiba, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, mas tem coordenado as principais movimentações da pré-campanha para abrir espaço a uma candidatura competitiva de seu partido na disputa de outubro.

Durante a convenção nacional do PT, em São Paulo, a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PR), fez um discurso inflamado, em que repetiu que vai registrar o petista no dia 15 de agosto como uma afronta ao que chamou de "sistema podre".

Segundo Gleisi, não existe política no país hoje sem Lula ou sem o PT.

Cotado como plano B de Lula, caso a candidatura do ex-presidente seja impugnada, o ex-prefeito Fernando Haddad também discursou.

Afirmou que Lula "derrotou todos os golpistas" e que hoje está seguro de que o PT se encaminha para "o pentacampeonato eleitoral".

"Vamos ganhar a quinta eleição consecutiva com Luiz Inácio Lula da Silva", afirmou Haddad.

O ex-prefeito disse ainda que querem acabar com seu partido e com Lula, mas isso não vai acontecer, afirma, enquanto houver desigualdade, preconceito e intolerância.

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